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sábado, 30 de novembro de 2013

(6205) - RESSURREIÇÃO ? ...

"O Governo e a própria Câmara Municipal de São Vicente têm nas mãos o poder de ressuscitar o ex-cinema Eden Park. Eis a manchete do caderno cultural Kriolidadi. Para tanto, segundo a jurista Eva Marques, basta usarem as competências que lhes são atribuídas pela Lei de Expropriação, no caso do Governo, e o Código de Postura Municipal por parte da edilidade."

(6204) - HUMOR...DE NEGRO...


No seu hábito negro, o padre toca à campaínha da casa dos pais do Luizinho, que abre a porta...
O padre olha o menino e diz: - Eu sou o portador da claridade e da luz!
Então, o Luizinho, chama: - Ó mãe! É da E.D.P.!
(Adaptado do francês, remetido por Valdemar Pereira).

(6203) - CONTRA A INÉRCIA...



SERÁ QUE O PELOURO DA CULTURA DA CAMARA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE TEM PROJECTOS CULTURAIS PARA DINAMIZAR MINDELO? QUANDO É QUE VÃO FAZER, PARA NACIONAIS E ESTRANGEIROS, VISITAS GUIADAS ÀS CASAS DOS SAUDOSOS ARTISTAS DESTA ILHA? QUANDO É QUE IRÃO COLOCAR PLACAS NESTAS REFERIDAS CASAS, OU MESMO BUSTOS, DESTES ESCRITORES E ARTISTAS? COMO DISSE UM AMIGO, MINDELO NÃO É SÓ CARNAVAL, MINDELACT E BAÍA DAS GATAS... É INCRÍVEL COMO A CÂMARA E O SEU PELOURO DA CULTURA NÃO MEXEM UMA PALHA... MAIS IDEIAS, MAIS DINÂMICA, MAIS INVESTIMENTO NA CULTURA!

(6202) - UM NOVO PARTIDO ?!


Badiolândia, África pura e dura....Sem ligar ao sentido conotado, este fórum "emailista" deverá ser urgentemente moderado pelo seu promotor primário... Não sou nada, mas muita coisa do que é dito aqui soa-me a bairrismo desenfreado, bastante perigoso para um simples leitor crioulo das ilhas, seja do Sal, S, Nicolas, Santiago ou S. Vicente. Se queremos criar uma nova força politica de tipo partidário em CV,  está na hora de o promover e assim pararmos com os rodeios. Rui M. Freitas.
...oooOooo...
 
Precisamente... É este o busílis da questão.
O caminho a seguir é este. Vamo-nos organizar e criar uma nova força politica e pararmos com estes rodeios. Está mais do que claro que não nos levarão a lado nenhum, a julgar pelos artigos publicados e emails trocados há mais de um ano. Está mais do que evidente que, ou mudamos os partidos que dominam actualmente a cena politica, ou entramos na "corrida" com "qualidades" estatutárias idênticas aos estereótipos instituídos que todos sabemos irão continuar a fazer escola até que "os" tenhamos bem grande entre as pernas para dizermos BASTA! Com actos e não com palavras!.
Abraço.Aldirley Gomes
...oooOooo..
Estou curioso para saber o que é que mais um ou  dois partidos, ou mesmo mil, nesta presente conjuntura, poderíam fazer para mudar as coisas em CV... Figurar mais um partido minoritário na AN não é solução... É pura perda de tempo. Para além disso, a cidadania não se resume a partidos, podem existir movimentos com força politica nas sociedades...
Perguntem à UCID! 
Onde quero chegar?
O que tem que ser feito é pressionar o governo e os partidos para criarem condições para debater seriamente a questões da Regionalização e das Reformas... Porque não a abertura de um livro branco sobre CV ou mesmo uma mesa redonda em que muitos poderíam participar. Só depois disso é que poderão aparecer outros partidos. O PAICV e o MPD fariam um grande favor a CV de se reconvertessem em  partidos renovados, decentes e civilizados.
O sistema cabo-verdiano no seu todo, incluindo as elites, tem um medo tremendo de mudar o actual status que é a mãe e de todas as misérias. Parece-me que o MPD e o PAICV não querem ouvir falar de reformas e há um ano que estão adiar o inevitável . Querem-se meter de acordo para UM PACTO DE REGIME... MAS QUAL?  IMAGINEM!
Porque razão vocês não se organizem em vários movimentos ou se associam aos já existente para se posicionem para o debate que o governo e a oposição prometeram para 2014?
O debate nas redes são importantíssimas no mundo de hoje para fazer circular a informação!!!
José Fortes Lopes
.

(6201) - POEMA NOSTÁLGICO...




Agora que me abriste a porta da rua

Escancara-se-me o olhar em direcção ao mar

Venham daí os navios, o velame e a estopa

Que o vento é a alma que falta

A substância da alma indecisa

Rua de Lisboa descaíndo para o mar

Silenciada na mordaça avulsa

Nem  o meu grito já estala e crepita

Sou uma página atirada à sarjeta

O barco de papel voando

De janela em janela

À procura da arte de navegação

Retida na mortalha de antigos marinheiros

Que ainda sem bússola viajo nostálgico

Bebendo o fôlego  perdido

Em cada uma destas imagens silenciosas

E no entanto tão puras na sua beleza

(29.Nov.2013 – 23:58)

 

 

(6200) - O PORTAL DA DENÚNCIA...


Se querem denunciar alguma coisa, não hesitem. Este site foi criado para isso. Para dar ao utilizador a oportunidade de decidir, de forma totalmente autónoma, sobre se deve, ou quer denunciar publicamente algum caso. O que é certo é que agora podemos dizer que toda a gente já pode denunciar, quando, onde, sobre o que quiser, contra quem entender. A decisão é sua, mas a justiça também o será. Pode ser que até tenha elementos de prova para juntar à sua denúncia. Pode ser que queira autorizar o website a expôr o caso na nossa primeira página. Tudo está nas suas mãos, desde que seja corajoso.
Venham daí e façamos uma lavagem (ou clister como disse o meu amigo APS) completo dessa nossa sociedade decadente e de outras socedades decadentes. Por detrás deste trabalho estão  pessoas em Cabo Verde que dariam, sem exitação, a sua própria vida para o proteger e para proteger o ideal. Não há vendidos nem comprados neste projeto que veio dar o poder total a todos e por todos. Nao há televisões, nem jornais a escolher o que publica e sobre quem. Tudo se publica neste website e ninguém está à salvo. A transparência é total, incondicional e inegociável!
Será que tem coragem para aceitar este desafio?
https://www.obufo.com
Visitem, registem-se gratuitamente, denunciem anonimamente !!!.
Abraços...
(Anónimo)

(6199) - PRIVATIZAR O ESTADO (?) ...

 


 
A igualdade dos cidadãos perante a lei é uma das grandes conquistas da democracia e do estado de direito. Segundo o artigo 24º da constituição, ninguém pode ser beneficiado ou prejudicado por razões designadamente de raça, género, origem, religião ou convicções políticas e ideológicas. A administração pública do Estado em particular deve tratar com isenção e imparcialidade os utentes. Em nenhuma situação os recursos públicos e o poder do Estado deverão ser colocados ao serviço de grupos. Não se pode privatizar o Estado.
Apesar dos 22 anos de democracia, persistem em Cabo verde sinais de uso ilegítimo dos recursos do Estado para benefício de alguns. Nos momentos eleitores chovem denúncias vindas das forças da oposição que dão conta desses abusos. Nas eleições presidenciais denúncias do mesmo teor vieram mesmo de dentro do partido no governo. Círculos próximos de uma das candidaturas não deixaram dúvidas quanto a casos de favorecimento da outra próxima do chefe do governo e quanto a ameaças de represálias dirigidas a seus apoiantes. A partidarização do Estado é assumida pelo próprio chefe governo com o discurso de há que acabar com os “jobs for the boys and girls”. Nos períodos eleitorais são notórios os casos de directores gerais, de presidentes de institutos e de administradores de empresas públicas que se candidatam a deputado pelo partido no governo.
A ideia da coisa pública e do interesse público parece não ter ainda criado raízes profundas. Razões para isso provavelmente serão encontradas no processo de criação do Estado logo após a independência. No regime de Partido/Estado não havia muitas distinções entre o Estado e o partido. O partido geria os recursos do Estado como lhe convinha. Era a força dirigente da sociedade e do Estado. Os funcionários prestavam provas de conhecimento do programa partidário e juravam fidelidade ao partido. Ultrapassar a cultura organizacional diligentemente construída durante esses quinze anos e induzir uma atitude de servidor público a milhares de funcionários não podiam ser tarefas fáceis nem rápidas. É evidente que, mesmo em democracia, ir-se-ia manter, por muito tempo, o risco de, face a estímulos bem precisos, se regressar aos maus costumes de favorecimento de correligionários e de punição de adversários políticos.
Sentiu-se o velho impulso de discriminação na discussão no parlamento dos estatutos dos combatentes da liberdade da pátria, uma proposta de lei do governo. Só foram considerados presos políticos os que foram presos durante o regime colonial. Os que também por razões políticas foram presos, torturados e condenados durante a ditadura do partido único não foram considerados merecedores, como os outros, da solidariedade da nação cabo-verdiana na forma de uma pensão mensal de 75 contos. A lei, em 2013, optou por seguir as restrições impostas originariamente em 1989 nos estatutos para uma pessoas se qualificar como combatente. Naturalmente que na época o partido único não ia reconhecer os adversários políticos que mandara prender. Estranho é que mais de vinte anos, e já na democracia, haja quem não os continua a reconhecer e, agora, com o poder do Estado nas mãos continue a privá-los de qualquer compensação pelos males sofridos.
Na lei de nacionalidade, ainda em discussão no parlamento, pode-se notar a canalização de recursos públicos para alguns seguindo critérios não conformes com o princípio constitucional da igualdade. Da leitura da proposta fica-se a saber que no estrangeiro há detentores de passaportes cabo-verdianos que não têm nacionalidade e não estão inscritos na Conservatória dos Registos Centrais. Em nenhum momento o governo explica como nas embaixadas e consulados se deixou a administração do Estado contornar a lei e emitir passaportes a quem não tinha preenchido todos os requisitos legais. Nem dá a conhecer qual foi a motivação para um acto tão grave e se realizaram inquéritos para apurar responsabilidades. Limita-se a propor que se passe uma esponja como se nada tivesse acontecido. A gravidade do acto, porém, mantém-se. Não se pode esconder que a posse de passaportes nacionais, entre outras regalias, habilita ao voto nas eleições legislativas e nas eleições presidenciais. Em mãos erradas ou comprometidas podem ser instrumentos de fraude eleitoral e de fragilização da legitimidade democrático do poder político no país. É algo muito sério.
A forma como se faz política em Cabo Verde dá a impressão que nem os princípios e valores da constituição são definitivos e que tudo continua em conflito permanente. Justifica-se o partido único, diminui-se a democracia, lança-se a década de noventa contra décadas anteriores e posteriores e evocam-se adversários antigos para melhor apresentar-se como vítima e impedir compromissos e normalidade democrática. Em tal ambiente é difícil o Estado,a administração pública e seus funcionários manterem-se isentos e imparciais e virados essencialmente para a consecução do interesse público. Romper o ciclo vicioso é fundamental para que o Estado deixe de servir interesses específicos, privados, em detrimento do interesse público.
Editorial da Direcção
30.11.2012 - 00:01
Sugerido por José F. Lopes

 

(6198) - AFINAL...

 
 
Afinal Mindelo é ou não  Património Nacional desde Janeiro de 2012, ou é só BLA-BLA-BLA?  Leiam com atenção o discurso proferido , então, pelo ministro:
 
Com esta classificação de Património Nacional do Centro Histórico do Mindelo feita através da lei de Base do Património Cultural (lei 102/III/90 de 29 de Dezembro), o Estado será obrigado, legalmente, a preservar e valorizar o seu património cultural. Por outro lado a Autarquia terá o dever de cuidar desse legado na sua área de jurisdição enquanto aos cidadãos é requerido que velem por essa herança cultural.
O Ministério da Cultura justifica esta distinção para "Morada" pelo seu “conjunto arquitectónico de interesse histórico, arqueológico, artístico, científico e social”. Defende ainda que “o seu valor justifica a conservação, o restauro e a valorização de um conjunto de imóveis”, por isso a zona histórica será delimitada e protegida."

Então senhores do governo o que é que esperam para tomar medidas? Ou as palavras leva-as o vento?
Senhores da CMSV, existe alguma disposição camarária no sentido de implementar medida tendentes a pôr em prática esta directiva no que concerne a valores considerados patrimoniais, imateriais ou materiais?
Porque as declarações da câmara, recentemente, sobre Eden Park e Fortim não coadunam...
Por outro lado, chamo a vossa atenção para o facto de, com esta disposição, a cidade do Mindelo poder habilitar-se no futuro a pedir indemnização pelo  prejuízo cultural e patrimonial associado à destruição da Casa Adriana,  para além de outros mecanismos legais a serem acionados.
José Fortes Lopes

(6197) - SAL LIQUIDO...


DE SAIS MINERAIS, SABOROSO, FÁCIL DE USAR E
SEGUNDO DIZEM, MENOS PREJUDICIAL À
SAUDE DO QUE O SAL VULGAR...

(6196) - Á ATN. DO SNR. MINISTRO M. MACEDO...

Remetida por Amendes

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

(6195) - CURIOSIDADES HISTÓRICAS...



VOCÊ SABÍA QUE A

BATALHA DE ALJUBARROTA

(14 DE AGOSTO DE 1385)

DUROU,  APENAS,  30 MINUTOS ?!

(6194) - CONTRA A FOME - (2) ...

ADITAMENTO AO POST Nº 6181
 
Este é um assunto que me é caro por razões óbvias e pessoais, a primeira das quais o tratar-se de medidas importantes que foram tomadas para resolver o grave problema das carências alimentares nas nossas ilhas. Em segundo lugar, porque as pessoas fotografadas me dizem alguma coisa, todas merecendo a minha consideração e algumas da minha amizade pessoal, uma da minha família. Começo pelo meu tio Carlos Soulé (irmão da minha mãe Isabel Soulé). É o tio mais verdadeiro e mais completo que tive, e felizmente ainda tenho. Deus o conserve por muitos anos. Depois segue-se o Dr. Teixeira de Sousa, de quem me tornei amigo uns 12 anos antes de ele falecer e com quem troquei muita correspondência pessoal sobre literatura e coisas da vida. Vêm a seguir o Dr. Júlio Monteiro e o senhor Albertino Martins, cidadãos que exerceram com competência e sabedoria os cargos que tiveram. Por último, mas não por menor motivo, o oficial do exército presente na fotografia. Era então capitão do CEM (Corpo de Estado Maior) e chama-se Arménio Nuno Ramires de Oliveira. É general reformado e fez 88 anos em 7 de Setembro passado. É outro amigo e correspondente que eu tenho, beneficiando dos seus conhecimentos e da sua vasta experiência da vida. Quando escrevi sobre as Forças Expedicionárias a Cabo Verde durante a II Guerra Mundial, prestou-me úteis informações sobre o assunto. Além disso, está sempre disponível, apesar do seu estado de saúde não ser o que já foi. É daqueles homens de grande integridade de carácter e foi e é um oficial de alta estirpe. Uma das suas filhas nasceu em S. Vicente e por sinal foi um tio-avô meu (Dr. António Miranda) que assistiu a esposa no parto, facto que fez questão de me referir. É mais um que tem Cabo Verde no seu coração. Para ele, Cabo Verde não era colónia, era algo de muito especial. Que Deus o conserve também por muitos anos.
Quanto ao livro que foi produzido, tenho um exemplar que me foi oferecido pelo Dr. Teixeira de Sousa. Qualquer dia, começarei a fazer excertos para o ARROZCATUM e o Praia de Bote.

(6193) - FEIRA POLULAR DE LISBOA 2013...



DE HOJE, 29-11-2013...
ATÉ
26-01-2014 !!!

(6192) - PERSPECTIVAS DO MINDELO...



Remetidas por José Fortes Lopes

(6191) - O SONHO (MAU) DOS PROGRESSOCRATAS...


Remetida por Amendes

(6190) - O CENTRO DO MUNDO - (3) ...

 
A historia funciona em termos de naçao: ja' foi dito em varios lugares  que a naçao caboverdiana precede o estado de Cabo Verde. Qual a data do seu nascimento ? Teria a Naçao Caboverdina nascida em Cabo Verde ou na diàspora? Ja' defendi a hipotése de que a Naçao Caboverdiana nasceu na diàspora, nos Estados Unidos no século XIX. Tudo o que seja anterior a esta data pertence a naçao portuguesa. Assim a historia da Cidade Velha pertence aos portugueses e a Portugal que a inventaram no oceano atlantico. E com razao diz o Adriano Miranda Lima  que as estorias anteriores ao nascimento da Naçao Caboverdiana no século XIX pertencem a Portugal e compreendo o apoio de Portugal a candidatura da Cidade Velha a patrimonio da humanidade porque pertence a historia das aventuras maritimas portuguesas. A historia é feita de documentos: quais foram as instituiçoes criadas em Cabo Verde para pensar as descobertas? Nada disso e ainda os arquivos nada revelaram neste aspecto. Dizia Eugénio Tavares que falar de musica sem conhecer solfejo faz fivia. E' o que acontece com esse falhado historiador americano...
Luis Silva...
...oooOooo...

Acho que o Luiz tens razão no que diz. Como este assunto pode e deve ser motivo de mais reacções, dando razão aos que dizem que as conversas são como as cerejas, vou fazer retorno de palavras de um comentário que meti no ARROZCATUM.
Esta conclusão histórica do senhor Marcel Balla não deve ser motivo para deslumbramentos porque tal não faz qualquer sentido. Em primeiro lugar, porque se alguém poderia colher dividendos desta conclusão seria Portugal (reportando-se ao seu papel histórico na era quinhentista), que descobriu, povoou e explorou as ilhas enquanto pôde e como pôde, especialmente tornando-as importante entreposto do comércio de escravos, comércio que encaixava com a lógica e os princípios morais então dominantes, porque até a Igreja Católica a aceitava e aproveitava. Mas seria paradoxal que o Cabo Verde independente se ufanasse com esta sábia descoberta do senhor Balla, sabendo-se como se sabe que as motivações nacionalistas em que se fundou o ideário da independência têm na escravatura, e indiscutivelmente, uma página negativa da história do território. Mas os paradoxos não nos largam, nem a tessitura da história deles se livra. É que sem a escravatura provavelmente o povo cabo-verdiano não existiria, como é fácil de perceber. De facto, não fossem os chorudos lucros daquele comércio, provavelmente o arquipélago teria sido abandonado ou pelo menos não beneficiaria de uma continuada atenção. Portanto, duvido que a conclusão do historiador Balla concite algum interesse no meio académico ou que encontre sequer bom acolhimento entre os cabo-verdianos que tenham cabeça para pensar, quando supõe engrandecidos os cabo-verdianos com a sua tirada.
Abraço,
Adriano

(6189) - O CENTRO DO MUNDO - (2)...

 
ÀCERCA DO ASSUNTO DO NOSSO POST Nº 6184, DAMOS CONTA DA
OPINIÃO DO NOSSO AMIGO ADRIANO MIRANDA LIMA...
 
Por acaso, conheci o Marcel Balla há uns 2 ou 3 anos em Tavira, durante uma exposição da sua arte pictórica.
Quanto ao centro do mundo, depende da perspectiva. Julgo que o Marcel Balla se quer referir ao entreposto que Cabo Verde foi na época quinhentista, ponto de escala obrigatória nas rotas entre a Europa, a Índia, a África e as Américas. Portanto, aceita-se dentro de um conceito naturalmente reducionista.
 Abraço
 Adriano

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

(6186) - PESCA "ELECTRÓNICA" EM ANGOLA,,,

Apanhado por Valdemar P*ereira

(6185) - "COMBATENTES" JÁ TÊM PENSÃO...


DE - "A SEMANA"
 

Os Combatentes da Liberdade da Pátria contam desde esta segunda-feira, 25, com o seu próprio Estatuto. O diploma foi aprovado na generalidade com o voto favorável de todos os Parlamentares presentes na sala, excepto do deputado do MpD, Humberto Cardoso, que votou contra. A partir de 1 de Janeiro de 2014, os cerca de 150 ex-combatentes da Liberdade da Pátria e 23 antigos presos políticos vão receber uma pensão vitalícia do Estado no valor mínimo mensal de 75 mil escudos.

O Diploma, que agora vai descer à Comissão Especializada, pretende dignificar o estatuto combatentes na sociedade cabo-verdiana, reconhecendo o seu contributo na libertação do país e na afirmação de Cabo Verde como uma Nação soberana e independente.
O estatuto visa ainda garantir um conjunto de direitos aos Combatentes da Liberdade da Pátria, nomeadamente as melhores condições de vida na sociedade, assim como garantir um patamar de tratamento igualitário e com garantias de assistência médica e medicamentosa, inscrição na previdência social e condições de aposentação.
Recorde-se que a Lei que estabelece o Estatuto dos Combatentes da Liberdade da Pátria foi aprovada pelo Governo na sessão ordinária do Conselho de Ministro de Julho deste ano. Entretanto, os 75 contos de pensão ficam longe dos 110 contos reclamados pelos Combatentes
.......................................................................................................................................
Amigos, leiam isto na "Semana" (sobretudo os comentários), para verem que este maná que vai cair em cima do regaço de uns tantos num período de crise é no mínimo indecente e indecoroso... Eu tenho sérias dúvidas sobre este assunto, sobretudo que a história dos combatentes (tirando os que foram guerrilheiros e os verdadeiros militantes do PAIGC, nos quais incluo, por exemplo, o Luiz e tantos outros, há muitos oportunistas ‘soit disant’ combatentes depois do 5 de Julho ) é polémica e está mal contada. Para estes que verdadeira e efectivamente lutaram de armas na mão ou clandestinamente, não tenho nada contra pois é a lógica do sistema: ganharam devem ser recompensados;  agora os outros, qualquer um que invente uma história heroica, é discutível…. Mas podia-se encontrar uma solução pontual para as pessoas em dificuldades. Parece que o único deputado a votar contra foi o nosso deputado mindelense Humberto Cardoso. ISTO CAI MUITO MAL, não contribui para moralizar o país.
José Fortes Lopes

(6184) - O CENTRO DO MUNDO...



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SEGUNDO HISTORIADOR: Cabo Verde já foi o "centro do mundo"

28 novembro 2013. Publicado em Cultura
http://www.jsn.com.cv/images/cidade-velha_cv_470x240.jpg
 
O historiador norte-americano é filho de um cabo-verdiano e desde há vários anos que investiga a história do nosso país, sendo considerado uma referência internacional na matéria. Marcel Balla é também pintor e tem patente no Centro Cultural Português uma exposição subordinada ao tema “550 Anos da História de Cabo Verde em pintura”

O nosso país esteve na "génese do Novo Mundo" e já foi o “centro do mundo”, defendeu ontem, 28, o historiador norte-americano Marcel Balla, aludindo ao facto de ter sido através do arquipélago que, no século XV, se iniciou a epopeia do “achamento” das Américas. Segundo ele, ao longo da História o antigo território português teve um importante papel nos descobrimentos e povoamento de “novos mundos”
O historiador falava num debate, que teve por palco o Arquivo Histórico Nacional, na Praia, subordinado ao tema "Cabo Verde - O Amanhecer da Civilização Ocidental", que juntou durante dois dias (terça e quarta-feira) historiadores e investigadores de Cabo Verde, Estados Unidos da América, Jamaica e Portugal.
De seu nome completo Marcel Gomes Balla, o historiador nasceu em Boston (EUA), é filho de um cabo-verdiano natural da Brava, e tem várias deslocações a Cabo Verde, particularmente à cidade da Praia, onde estão ainda preservados importantes documentos que têm ajudado Balla a investigar a história do nosso país.
Para além do estudo e investigação da História, Marcel Balla é também pintor, e tem patente, desde a última terça-feira, uma exposição no centro Cultural Português, na Praia, subordinada ao tema “550 Anos da História de Cabo Verde em pintura”.
com Lusa
...oooOooo...
 

Não sei se é verdade... Só os portugueses daquele tempo é que saberão mas, se fosse, seria uma grande notícia para Cabo Verde! Tirando o facto de que Cabo Verde já foi importante nas rotas e no povoamento dos novos mundos, não deixaram nada escrito para suportar esta tese ousada, ‘du nombril du monde’ pelo que temos que moderar a nossa bazofaria, pois há muitos candidatos e é uma tese que tinha que ser demonstrada e aceite pelos outros o que é ‘une autre paire de manche’.

Mas a ideia é boa e muito patriótica para os amantes do CV eterno, aquele CV que perdura depois da agitação e do pó assentar.

JOSÉ fORTES lOPES

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(6183) - CRISTO REDENTOR...



CRISTO REDENTOR DE BRAÇOS FECHADOS, ESPECTACULAR !!!!

RIO - O Cristo Redentor "fechou" os braços, num abraço simbólico ao Rio de Janeiro, na noite da última terça-feira.
O efeito - uma ilusão de óptica provocada por projecção de luzes e imagens faz parte da campanha "Carinho de Verdade", de combate à violência e
exploração sexual de crianças.
Para simular o abraço, o cineasta Fernando Salis usou oito proje
ctores, que cobriram a estátua com imagens do Rio, como sobrevoos de asa-delta, as
florestas e até mesmo o trânsito.
Ao som de Bachianas Brasileiras n.º 7, de Villa Lobos, e com animação em 3D, a estátua parece fechar os braços em afe
ctuoso abraço....
 
Remetido por Valdemar Pereira
 

(6182) - A BICICLETA VEGETARIANA...

Remetida por T.Azevedo

(6181) - CONTRA A FOME...

CREIO QUE O DJO MARTINS, FILHO DO MEU GRANDE E SAUDOSO AM IGO ALBERTINO,, NÃO SE IMPORTARÁ QUE LHE TENHA SURRIPIADO A FOTO E
O TEXTO QUE SE SEGUEM, DO SEU FOTOLOG, E QUE FOCAM UM MOMENTO
DA VIDA DE CABO VERDE QUE SE PODE CONSIDERAR HISTÓRICO...



Avatar djomartins
Fotografia de autoria de Foto Melo - Anos 60.

Seria uma fotografia trivial de um grupo de senhores, sentados à volta de uma secretária, não tivesse a mesma sido tirada, numa das muitas reuniões desse mesmo grupo, que acabou na edição de um livro, sobre o abastecimento do Arquipélago de Cabo Verde, em épocas de crise.

Da Esq. para a Dir: Dr. Henrique Teixeira de Sousa, um Oficial do Exército Colonial Português(desconheço o nome e patente), Albertino Martins(meu Pai) que secretariou o grupo, Carlos Soulé, foi o dactilógrafo, que registou tudo o que foi tratado nessas reuniões e, o Dr. Júlio Monteiro.

As conclusões dessas reuniões, editadas em livro, teoricamente, ajudaram a acabar com as fomes cíclicas em CV.

Fica aqui uma homenagem a um dos maiores especialistas em medicina tropical e o grande responsável pelo suporte técnico das conclusões.

Teixeira de Sousa foi, a par de um grande escritor, um reconhecido médico que bastas vezes representou Portugal em simpósios internacionais sobre nutrição e medicina tropical.

Mantenhas

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

(6180) - CASAS BIZARRAS...


Remetidas por T. Azevedo

(6178) - CÂMARA DE S. VICENTE SEM SOLUÇÕES...

.O Fortim Del Rey e o Éden Park são edifícios históricos da ilha que hoje se encontram num total abandono. Os dois edifícios encontram-se em estado de degradação e o sentimento de perda de uma parte da história da ilha é compartilhada pelos dois.

O Vereador da área do património da CMSV, Rodrigo Rendall reconhece que a edilidade não soluções para resolver os casos do Fortym e do Éden Park sozinha . Mas temos que nos sentar à mesa e conversar com os empreendedores e os empresários e fazer o melhor para São Vicente e esperar que os projectos se concretizem”.

Sobre o Fortim diz que se o projecto avançar seria “muito interessante para a ilha”. A obra há muito que está parada e não há sinais de retoma por agora. Esta conclusão surge depois da visita ao local realizada pelo NN.

Mas sobre a questão afirma: “Eu não gostaria de entrar em muitas questões, mas é algo que deve ser discutido pela Câmara. Nós sabemos que a situação actual e mundial é de crise e que esta se repercute nos projectos em curso e a Câmara terá que se sentar juntamente com os empreendedores e ver o que fazer na medida que o cenário não é agradável”.

Éden Park

Sobre o Éden Park, o vereador exprime o desejo pessoal de o ver como “uma grande sala de espectáculos”. Mas sublinha que a propriedade é “privada” e pertence a terceiros.
Quanto às vias para viabilizar um projecto para o local, acrescenta que “os constrangimentos são muitos”
...oooOooo...
  

CMSV não tem solução para os problemas do Fortim e do Éden Park !

As batatas quentes passam-se. Lembra-me o logotipo antigo da UPS, empresa postal americana: To this man , To that man!...

Meus senhores, solução há sempre, o impossível não existe! Deixem-se da preguiça mental e trabalhem as meninges... São pagos para encontrar solução para a Cidade do Mindelo... Se não  conseguem encontrar soluções, perguntem a outros. Muitas cabeças é bem melhor do que poucas!

José Fortes Lopes

(6177) - HUMOR NEGRO...


Comentava um amigo meu, não sei se a sério se a gozar com a minha cara, que a CGTP-IN  jámais conseguiria fazer grandes manifs de cunho laboral (?) na URSS, em virtude da política de "pleno emprego" inventada por Estaline...A malta estaria toda a trabalhar e, portanto, não haveria milhares de desempregados disponíveis para engrossarem as manifs...Sería um fiasco!


(6176) - NO ÂMAGO DA QUESTÃO...



Amigos
Vou fazer uma pergunta politicamente incorrecta, sabendo que vai enervar muitos amigos meus que não perceberão bem as minhas perguntas e onde quero chegar, (perceberão mais a frente) mas tenho que a fazer pois o nível de dúvidas e de questões começa a avolumar-se...
Com o estado actual da ilha e projectando-o no passado, alguém pode indicar quais foram os ganhos palpáveis obtidos para S. Vicente desde o hastear da bandeira?  Eu só vejo elefantes brancos, projectos falidos e uma ilha desertada e perdida no oceano, desânimo por toda a ilha? Os "Eden Park" são as pontas dos icebergs dos males profundos que afetam a nossa ilha e o resto de CV.
Resultante da independência só vejo uma ilha vencedora: Santiago!(embora saiba que muitos vão dizer que as coisas não são bem assim). A ilha onde o regime investiu tudo, apostou tudo, construiu os seus palácios e castelos, digues,  muralhas e barragens e onde correm todos os dinheiros de CV, oferecidos pelo mundo para todo o CV e onde uma elite em minoria beneficia quase que exclusivamente. Hoje, a ilha transformada em república de santiago, defende exclusivamente as suas gentes em detrimento do resto de Cabo Verde, propões sujeitar o resto de cabo Verde à língua desta ilha e aos modos culturais dela. Onde está o Estado de Cabo Verde independente em S. Vicente, esta ilha desértica e desertada, ou no resto de CV, uma marca sua desde 1975: o estaleiro vendido aos chineses ou o famigerado Centro de Saúde.
Meus senhores a independência foi para a ilha de Santiago, em 5 de Julho de 1975 foi proclamada a República de Santiago e todos os anos ela comemora esse feito: politicamente incorrecto? Não !!!
Para quem tenha duvidas sobre o meu passado, participei em todas as manifestações pró-independência, fiz vigilância, participei na associação dos estudantes pró jacv, fui as festas populares e  saraus, festejei efusivamente como todos os jovens mindelenses a independência, defendi as ideias do paigc face aos opositores e fui simpatizante do paigc até 1981. Ou seja era um jovem modelo, daqueles que o paigc gostava. Acreditei nas ilusões que nos venderam e sonhei com a minha ilha em franco progresso não o estado que vejo, 40 anos passados (de acordo com as promessas à população da ilha. Deve-se recordar que o Paigc tomou o poder graças aos jovens e pela tremendo pressing exercido pela população mais jovem de SV. Sem essa adesão as coisas teriam-se processado de outra forma. Quem tenta convencer-nos do contrário está a mentir. Basta consultar os arquivos e informação da época ). Hoje, li no Semana Online que qualquer pessoa, mesmo oportunista ou agente da PIDE, que se aparente alegando ter estado detido,  alegadamente,  em actos de resistência anti-colonial é automaticamente considerado Combatente da Liberdade da Pátria, acrescentando-se, assim,  à enorme legião do falsos combatentes. Que eu saiba,  havia os guerrilheiros na Guiné Conacri, alguns militantes do Paigc em Portugal,  França, Hollanda e alguns em C verde. Isto tudo não fazia tanta gente. Eu acho isso indecente em plena crise e uma manobra eleitoralista e mais uma mentira a acrescentar ao conjunto de inverdades que temos ouvido sobre esta fase. Mas o que é que JMn e os seus amigos de Santa Catarina sabem sobre a luta pela Independência protagonizada no chão de S. Vicente depois de 25 de Abril, a não ser as baboseiras que temos ouvido sobre falsos actos de heroísmo?  Tendo em conta o contributo que S. Vicente deu para a independência podia-se propor S. Vicente como Ilha Combatente da Liberdade da Pátria e que está hoje como está. A república de Santiago deixaria?
Uma nota de ressalva: conturbado,  graças a Deus nunca participei em nenhum desacato, nunca ofendi nem ameacei ninguém, coisa que podia acontecer a qualquer um durante este período.
Onde quero chegar, como René Dumond disse uma vez, ‘L’Afrique est mal parti,’ S. Vicente "est mal parti", em 1974 e é preciso corrigir o tiro. Para sair da cepa torta e das cadeias que a impedem de desenvolver,   SV tem que ter autonomia total, um governo regional autónomo com orçamento próprio e possibilidade de fazer diplomacia económica e ir buscar investimentos lá onde existem para o seu desenvolvimento. Da Praia não virão bons ventos, mas sim formas diversas e camufladas de opressão socio-económica. Não é por acaso que temos património a cair de podre outros demolidos, a bandalheira reinante na ilha, valores culturais e históricos a desaparecer.
Creio que a solução para CV é um estrutura federativa de Regiões que podem ser ilhas ou grupos de ilhas. O dia em que SV e o resto de CV se libertarem da tutelas talvez possamos dizer que S. Vicente e o resto de CV participam de um CV independente. Por enquanto  esta realidade não existe, todo o jogo se concentra em Santiago. Estou convencido que uma estrutura descentralizada de CV fará também faria  Santiago desconcentrar-se e viver de outra maneira mais criativa, em vez de lapada ao estado. Não vejo outra solução para um C Verde viável,  pois no dia em que acabarem as ajudas aquilo estoira na Praia. O desnorte de CV tem a ver com a falência de S. Vicente. Sei que os estados–maiores já têm os seus projectos de Regionalização. Não acredito nos partidos centralistas. Vai haver muitas manobras de desinformação do que é a regionalização para tentar vender o municipalismo ou a ideia dos governadores. Sei que há muitos mindelenses e nortenhos afiliados aos partidos que deles têm de deixar de ter medo e de serem puros "apparatchiks" e zelarem por aquilo que é melhor para o país e não agradarem os seus chefes da Praia. Tem que acabar o medo em CV!
E eu, agora, estaria curioso por saber o verdadeiro estado (as contas verdadeiras) de Cabo Verde, pois estou convencido que tudo não passa de um grande "bloeuf"!...
 

 
 
José, este desabafo que aqui fazes remete-nos necessariamente aos textos que já escreveste sobre a situação da nossa terra, com opiniões e argumentos que todos subscrevemos e até respaldámos nos nossos próprios textos. Concordo com o emprego da palavra bluff quando pretendes demonstrar, e com acerto, que existe uma certa mistificação relativamente às estatísticas que apresentam o país como um caso de sucesso em África. Virtualmente, é um facto que Cabo Verde tinha e tem especiais condições para se diferenciar pela positiva em África, desde logo a homogeneidade étnica, a religião predominantemente católica, a índole tolerante do povo, a escolaridade, etc. Como contraponto, claro está, a sua pobreza e escassez de recursos. Mas o problema foi que a noção de Estado que os detentores do poder traziam na mochila estava desvirtuada à nascença pela ideia de que ele tinha de ser erigido numa única ilha, dando razão aos que no futuro haveriam de denunciar o percurso ínvio que conduziu à "República de Santiago". Hoje parece claro que, mais do que a mera intenção de tudo concentrar para melhor controlar e racionalizar recursos, houve um propósito de cariz marcadamente ideológico e de hegemonização de uma ilha sobre as outras. Não foi só o factor demográfico que pesou, houve intenção de, em coerência com a linha política então dominante, alienar a ilha de S. Vicente do processo de construção do novo país, castrando-lhe a importância política e social que no passado teve e com largo proveito para todo o território. Uma análise desapaixonada feita por alguns pensadores, e que partilhamos, hoje desfaz qualquer dúvida de que a ilha foi punida por aquilo que, na estreita e mesquinha interpretação dos seus adversários, ela fizera no passado: maior abertura e ductilidade na relação com administração colonial. O que é uma autêntica falácia e uma perversa mentira, pois foi precisamente a ilha de S. Vicente que arejou a consciência cívica do povo cabo-verdiano e abriu as vias que haveriam de conduzir à sua autonomia política. Todos sabem que é assim e tu, José, não te cansas de o lembrar.
Mas convenço-me também de que a redução de Cabo Verde àquilo que hoje é corrente chamar-se "República de Santiago" foi uma estratégia congeminada com outro fim. A concentração do país praticamente numa só ilha viria a facilitar a manipulação da realidade nacional e entronca aqui a legítima suspeição do bluff a que o José se refere.
Mas o grave revés de todo um percurso errado conduziu ao esvaziamento de S.Vicente de todo o alforge das suas possibilidades. Não se iluda com o apregoado investimento de que foi objecto e que o José bem caracteriza como elefantes brancos. Eu diria que foi uma maneira de tentar desviar a atenção sobre a castração política de que a ilha foi vítima. Desde o consentimento na destruição do património material que lhe era mais caro até aos níveis preocupantes de desemprego que assolam os seus filhos, S. Vicente foi, na verdade, arredado da história do país. Não fosse algum ânimo remanescente das suas gentes (festivais de música, Carnaval, teatro, passagem do ano), a ilha estaria no mais deplorável estado de inanição. Não será de todo assim, mas tem de se perguntar sobre o estado de saúde de uma população que não se indigna e não se revolta com a destruição consentida ou programada do seu património material.
Abraço...

(6175) - O DIAGNÓSTICO...

A empregada, chorando, pega sua mala e se despede da patroa que lhe pergunta:

Ué, onde você vai?

- Para minha terra Dona Fro, morrer junto dos meus.

- Mas o que aconteceu, querida?

- Óh Dona Fro, a senhora mesmo fala que o seu marido é um excelente médico e nunca errou um diagnóstico.

- Pois é, é verdade, ele nunca se engana no diagnóstico... Mas, o que tem isso a ver com a sua saída de casa?

- Então Dona Fro, é que o Dr. hoje pela manhã, antes de ir embora, me disse, apertando minha bunda com as duas mãos:

- DESTA NOITE NÃO PASSAS !!!
 
Contada por Tuta Azevedo

(6174) - A PURIFICAÇÃO PELO FOGO...


COM A DEVIDA VÉNIA, TRANSCREVEMOS O PARÁGRAFO FINAL
DE UMA CRÓNICA ONTEM PUBLICADA POR JOÃO BRANCO
NO SEU MAGNIFICO BLOG "CAFÉ MARGOSO"...
 
...oooOooo...
 
 
10. O Éden Park corre o risco de arder? Que arda! Duma vez por todas. Quem sabe assim o nosso Primeiro Ministro possa finalmente cumprir a promessa que fez nessa distante FIC e aproveitar o choque nacional, a tragédia patrimonial de um desastre tão tremendo quanto previsível, para em vez de mais uma barragem, um campo de futebol relvado ou uma estrada alcatroada, avançar para a construção de uma infra-estrutura cultural para a cidade que sirva realmente quem precisa e que honre a memória do edifício que de forma tão irresponsável todos deixamos ruir.