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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

[6600] - O EDEN-PARK NOVO...

Fonte - CAFÉ MARGOSO

[6599] - OUTRA VEZ...

A origem da burca
A burka, traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia.
Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem excepção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa.
Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu em protecção da sua identidade.
Com base nessa origem histórica, Mustapha Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923 – 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económicas e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar, de uma vez por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época.
Pôs definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte:

«Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».
No dia seguinte, ninguém mais viu a burka na Turquia.
Essa lei ainda se mantém em vigor.

Colabor. T.Azevedo

[6598] - ABRIU A CAÇA AO TORDO...

EMIGRANTE RICO EMIGRANTE POBRE... CONFESSO QUE JÁ CHOREI!
 
Com os amigos esta curiosa crónica
que nos deve merecer análise criteriosa
e ao mesmo tempo critíca..sobre um caso
tão falado nos midia recentemente..
Apenas recomendo leitura atenta...e mais não digo..
Leiam..leiam e façam o vosso juízo...tanto quanto possível, imparcial.
Recebam abs fraternos
do amigo
P.S. Ocorreu - me partilhar esta crónica
na sequência duma carta do filho de Fernando Tordo
de algum modo emocionante mas,
susceptível de algumas criticas ou reservas porque me parece ter - se
olhado ao aspecto sentimental do homem que se viu obrigado (?)
a procurar a emigração para sobreviver, ( com a provecta idade de
sessenta e tal anos) mas com um contrato assinado para actuar num
próximo espectáculo como abaixo é indicado, e a crónica aqui transcrita.
Surpreendente ,no mínimo,a análise das situações veiculadas
pela impressa escrita e falada.
Deixo ao vosso livre arbítrio fazerem o juízo
que entenderem por bem fazer.
O emigrante Fernando Tordo - O problema do capitalismo é caírem como tordos (hf)
20 FEVEREIRO, 2014
A Stardust Produções, Lda é uma empresa portuguesa com CAE 82300 – Organização de feiras, congressos e outros eventos similares. Foi constituída em 11/04/2008, conta com 1 empregado e tem como sócio-gerente Fernando Travassos Tordo.
À Stardust Produções, Lda foram adjudicados 207,100.00€ por ajuste directo, desde Setembro de 2008, para realização de espectáculos do artista Fernando Tordo. Só para municípios foram 159,600.00€ (Portimão, Montijo, Mangualde, Vila Nova de Cerveira, Covilhã, Ponte de Lima, Abrantes, Matosinhos, Almada, Lamego). Nada mau para quem editou o último disco há 13 anos.
Não sei exactamente quanto paga a Stardust Produções, Lda, empresa do senhor Fernando Tordo – que serve para fornecer o serviço de espectáculo com o artista Fernando Tordo – ao artista Fernando Tordo. Temo que o artista Fernando Tordo possa ter sido explorado pelo senhor Fernando Tordo, não efectuando descontos em nome do artista Fernando Tordo, que agora se limita a receber a pensão mínima, cujo valor é 259.40€, correspondentes a 0,125% do total adjudicado desde 2008 à empresa do senhor Fernando Tordo.
O que sei é que vou escrever uma carta pungente aos meus familiares emigrantes que, decerto, algum jornal publicará, com direito a publicação de resposta e tudo, poupando assim em selos. Isto está mau para todos (excepto para a Stardust Produções, Lda, que já assegurou um espectáculo de Primavera Abrilista no Centro Cultural do Alto Minho, em Viana do Castelo, no dia 25 de Abril, com o artista Fernando Tordo, prevendo-se que este traga a guitarra que levou na mão quando emigrou na passada terça-feira. Esperemos que o senhor Fernando Tordo pague, ao menos, a viagem ao artista Fernando Tordo).
Esta exploração do artista Fernando Tordo pelo senhor Fernando Tordo é o mal do capitalismo actual...
Colab. A.Mendes

[6597] - O REGRESSO DO TREM...

Fundado nos anos de 1940 sob o nome de "Grupo do Luar", foi em 1965, já com  a designação de "Os Demônios da Garoa", que o conjunto  gravou "O Trem das Onze", de Adoniran Barbosa... Foram vendidos milhões de discos e, durante anos, a musica esteve em arquivo até que, tempos atrás, reparaceu, em todo o seu esplendor, cantada por dezenas de vozes em dezenas de arranjos mas, felizmente, sempre com a mesma letra...Quáse 50 anos depois, não deixa de ser espectacular que um sambinha, mesmo saboroso como este, regresse às ribaltas de todo o Mundo com um êxito talvez mais marcante do que em 1965...Obrigado, Adoniran, obrigado, Demônios da Garoa... 
 
Quais, quais, quais, quais, quais, quais,
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito amor
Mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã

E além disso mulher
Tem outra coisa
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar

Sou filho único
Tenho minha casa pra olhar

Bam zam zam zam zam zam
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum
Quaiscalingudum

Quaisgudum, tchau!
 

Fotos - Google

[6596] - HISTÓRIA DAS COMUNICAÇÕES-RÁDIO EM C. VERDE - {4}...

 


Os primeiros Radiotelegrafistas em Cabo Verde
Durante a II Guerra Mundial
Lançamento de linhas telefónicas de campanha com cabos simples e duplo D-8, entre diversas unidades e comandos aquartelados na cidade do Mindelo e instalações dos telefones e centrais telefónicas.Foram necessários quase quatro meses para instalar as linhas, telefones e centrais telefónicas e ainda instruir os soldados cedidos pelas unidades e comandos para a sua operacionalidade.
Só em Dezembro de 1941 começaram a instalar e a operar o material TSF.
Quatro estações recetoras/transmissoras foram instaladas na cidade do Mindelo, ficando de reserva duas estações, para serem instaladas na ilhas do Sal e Santo Antão quando fosse possível o seu transporte.A Estação directora (P1) chefiada pelo 1º cabo Armindo de Carvalho foi guarnecida por um receptor/transmissor de 10 Watts, operando no comprimento de onda de 15 metros e instalada no quartel-general do comando militar.
As estações (P2) chefiada pelo 1º cabo António Freitas e a (P3) chefiada pelo 2º cabo Martins foram guarnecidas com receptotres/transmissores de 1,5 Watts, operando no comprimento de onda de 15 metros e instalada em posições da artilharia em João Ribeiro e Monte Branco.
 
A estação (P4) chefiada pelo 2º cabo Silva foi guarnecida com receptor/transmissor de 1,5 Watts e instalada numa viatura. Com as distâncias entre as estações eram curtas as comunicações revelam-se eficazes em todos os períodos do dia e da noite.
 
A grande decepção dos radiotelegrafistas era a falta de uma estação receptora/transmissora que permitisse fazer ligações com Lisboa (posto rádio da Ajuda).
 
Em Janeiro de 1942 como estava previsto, deu-se o embarque de duas estações de 2,5 Watts operando no comprimento de onda dos 15 metros destinadas às ilhas de Santo Antão e do Sal.
Para a ilha de Santo Antão seguiu a estação (P5) chefiada pelo 1º cabo Oliveira David e para a ilha do Sal a estação (P6) chefiada pelo 1º cabo Ferreira da Silva.
Ficava assim concluída a primeira rede de seis estações radiotelegráficas com um número reduzido de operadores.
TCor ManTM António Maria Viegas de Carvalho
Continua: Interferências… Prenuncio de espionagem.

Pesquiza - A.Mendes
 
 

[6595 - PRATO DO DIA...

MASSA COM FRUTOS DO MAR
Facebook - Gostos&Sabores

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

[6594] - LUZ AO FUNDO DO TUNEL...


Notícias fidedignas recebidas pelo amigo Adriano Lima, confirmam haver, neste momento, um conjunto de arquitectos e engenheiros a prepararem um ante-projecto do futuro Éden-Park...Esse projecto inicial será patenteado ao publico do Mindelo para discussão e sugestões, após o Carnaval...Posteriormente, será elaborado o projecto final a ser presente à Câmara Municipal para aprovação iniciando-se, depois, as obras de requalificação. Ao que se sabe, das obras a efectuar resultará um Centro Comercial com sala de cinema e outras valências...
Embora se reconheça que ainda há um longo caminho a percorrer, creio que estas são muito boas noticias e esperamos que sejam precursoras de novidades idênticas acerca de outras "ruínas" mindelenses à espera da atenção das autoridades!

[6593] - OS GRÁFICOS DE CHARUNG GOLLAR - {1}


     Colab. de Valdemar Pereira                             CONCEBIDOS EM 2005

[6592] - BIZARRIAS - {2}...

 


Para quem ainda se não deu conta, este é o título de um programa da RTP-1, onde umas criancinhas aprendem a estrelar ovos e a sujar as bancadas e que, por motivos que dificilmente alguém entenderá, se chama o que se vê em vez de se chamar ACADEMIA DOS CHEFES-COZINHEIROS / MIÚDOS...
Claro que, em inglês - ou americano - ou australiano - soa muito melhor pois cheira a produto importado, sempre muito melhor e mais consumível...Se calhar, se o programa tivesse o título em português não teria a mesma audiência - se é que tem alguma!
Até quando é que a televisão do Estado se vai envergonhar da sua própria língua?

[6591] - GATO ESCONDIDO?


Se há coisas que eu gostaria de ver esclarecidas, esta de se andar às voltas com a possível entrada da Guiné Equatorial na CPLP é a prioridade presente, quando o assunto se discute em Lisboa, na Assembleia da República...
Como seria de esperar, a esquerda portuguesa é contra, enquanto o Governo parece ser a favor, bem como os partidos que naquela Assembleia o suportam...
Nós desconfiamos que um país onde não se sabe se a pena de morte já foi ou não extinta, governado por um regime ditatorial onde a riqueza se restringe ao clã presidencial e pouco mais, onde as línguas já oficiais são o castelhano e o francês e o parentesco com o português se resume a uma espécie de crioulo falado na ilha do Ano Bom semelhante ao de S.Tomé e Príncipe, pouco ou nada tem  a oferecer à Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a não ser, claro, o petróleo!
Será este o rabo que o gato deixou de fora?

[6590] - O PORTO EM ALTA...


[6589] - GENTE A MAIS...


Dois anos depois de, em Janeiro de 2012, ter encalhado, foi feita uma peritagem ao paquete Costa Concordia que, segundo a TVI24, num dos seus serviços noticiosos desta tarde, levada  bordo 400.000 pessoas aquando do acidente...Não admira que tenha encalhado...com peso a mais!
Pelos vistos, na TVI24 o tempo das noticias pode ser "real" mas a qualidade delas, nem por isso!

[6588] - CONVITE...


[6587] - PRATO DO DIA...

ERVILHAS C/ PRESUNTO E OVOS ESCALFADOS
Facebook - Gostos&Sabores

[6586]- BIZZARIAS ...


Porque será que este programa da TVI tem o nome que tem? Será que não existe, em português, uma palavra para traduzir o termo "kids"? Será que é para captar espectadores de língua inglesa/americana? Ou será por puro snobismo?

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

[6585] - A VOZ DA CONTRA-REGIONALIZAÇÃO...


 

26 de Fevereiro de 201415:16
SOBRE A REGIONALIZAÇAO E O FIM DA PARTIDOCRACIA
A DESCENTRALIZAÇAO
Porque é que ninguem assume que , com a regionalizaçao desaparecem os Partidos nacionais ou serao os mesmos reduzidos grandemente nas suas influencias locais?
Quando se fala de descentralizaçao e de desconcentraçao estamos a falar de autonomia total , na universalidade do local?.
Descentralizar significa tirar do centro e tirar do centro pode ser entendido como dispersar pela periferia ou criar novos mini centros. Nesta ultima referencia os mini-centros ou centros locais haveria sempre a periferia.
Pela conclusao do raciocinio havera´sempre pereferia sempre que se constitua um centro.
No caso concreto de Cabo Verde, a descentralizaçao implicaria transferir para as periferias ou concentrar em mini- centros, o poder regional permanecendo sempre o fantoche da centralidade do Poder - quer quieramos ou não , visto que não se trata de independencia politica!
Já temos as camaras municipais... que sao na verdade a descentralizaçao do Poder Administrativo. Em verdade, os municipio precisam de “autonomia” que estao concentrados no ministerio do planeamento territorial .
A DESCONCENTRAÇAO
A desconcentraçao implica naturalmente diluir do centro o que esta acumulado ou que chama a si a maior atençao.
Ao fim e ao cabo a concentraçao e a centralizaçao sao a mesma coisa e o que se quer é regionalizaçao ou seja autonomia.
A REGIONALIZAÇAO/AUTONOMIA REGIONAL
Cabo Verde é um espaço exiguo que não pode ser comparado a Estados onde exista uma regionalizaçao. Comparar Cabo Verde com os EUA (considerando os estados como regioes) ou comparar com portugal ( onde existe duas regioes politico-administrativas)é descabido.
Entendo que poderiamos ser comparados ao arqupelago dos Açores ou da Madeira mas, apesar de opinioes positivas proferidas por politicos portugueses nas suas visitas a cabo verde, na verdade não defendem a mesma regionalizaçao nos açores ou na madeira.(sub-regionalizaçao caso assim entendam)
Se por um lado a regionalizaçao dilui o Poder ou seja reparte o Poder,
a descentralizaçao politica ou administrativa não esvazia o poder central. As camaras deixarao de ser e de estar sob a tutela do poder central?
Sendo o poder local uma extençao administrativa do poder central, podera assumir parte da soberania nacional dispersa.? Temo que ao dispersar politicamente as localidades estaremos a criar um estado e dois sistemas.

A questao que ninguem coloca é , o sentido dos fluxos financeiros .
A direcçao do fluxo todos já sabemos. Coloca-se uma linha recta entre o governo central e o governo local e temos a direcçao ou o canal do fluxo.
O sentido é saber se a localidade irá contribuir financeiramente para o governo central ou se é o governo central a disponibilizar financiamentos para a localidade.
Se por um lado o fluxo poderá ser nos dois sentidos, há sempre uma localidade que produz mais riqueza que outra localidade e , nesse pressuposto ,exige que a riqueza seja aplicada nessa regiao onde a riqueza foi criada!
É obvio que atendendo essas exigencias estaremos a criar um desiquilibrio entre os cidadaos de uma localidade em relaçao ao cidadao de outra localidade. Afinal, a exigencia da regionalizaçao surge no sentido de uma determinada localidade ter o poder e a autonomia administrativa e finaceira de produzir e gerir a riqueza produzida nessa localidade e desenvolver a localidade para o bem dos cidadaos dessa localidade.
Reparem que utilizei a palavra local/localidade e não ilha , parte da ilha ou um conjunto de ilhas.
Imaginemos que se cria duas regioes : sotavento e barlavento.
A regiao de barlavento a capital da regiao seria... em que ilha? Qual é a ilha /cidade da regiao do barlavento que seria a capital da regiao?
Como todos sabemos a historia premiou a ilha de sao vicente como a ilha de eleiçao alvo de desenvolvimento na regiao norte. A pergunta é simples:
1- colocar-se-ia a capital da regiao norte numa ilha que necessita de rapido desenvolvimento visto que a ilha de SV e a cidade do Mindelo já possui infraetruturas que as outras ilhas ainda não possuem?
2 – caso a escolha recaia sobre uma ilha as restantes não irao reclamar do subdesenvolvimento?
3- far-se-ia uma rotaçao da capital da regiao de 10 em 10 anos em cada ilha ate o desenvolvimento dessas restante ilhas atinjam a capacidade de produzirem riqueza e conforto comparativamente a S.Vicente?
4 -Ou iremos egoisticamente permitir que S.Vicente seja o polo do desenvolvimento da regiao norte e criar uma dependencia das outras ilhas em relaçao a S. Vicente?
Mas há outra possibilidade : cada ilha ser uma regiao!
É uma alternativa igualmente egoista visto que as outras ilhas não possuem infraestruturas adequadas para o normal desenvolvimento que a historia ou caso assim entendam, o passado atribuiu aos polos urbanos pricipais em deterimento aos perfifericos e, assim impossibilitar aos ilheus (cidadaos dessas ilhas “ desprezadas”) beneficiarem assim do conforto pela qual todos os cabo-verdiano solidadriamente trabalhamos.
As regioes não podem assim de animo leve serem pensados procurando concentraçao de uma localidade e condenar outra ao esquecimento e reduzi-los, apenas a polos de produçao enquanto uma capital seja um polo meramente administrativo.

A minha maior duvida é, se S.Vicente caso haja regionalizaçao cada ilha uma regiao , se irá ter a capacidade de sobreviver como regiao.
Se sim, pergunto : porque é que não participam do desenvolvimento de todas as localidades do país?
Se não, assistiremos no futuro de uma “ colonizaçao” das outras ilhas?
Cabo Verde necessita da convergencia de esforço de todos.
Existe uma ditadura neste momento em Cabo Verde e como acontece em todas as ditaduras, os autocratas nunca aceitam que se trata de uma ditadura. Para os que não concordam com esta observaçao minha peço apenas que enumerem as caracteristicas de uma ditadura e depois procurarem as diferenças , isso se encontrarem.
A ditadura não impede a consulta popular, a consulta popular “ eleiçoes” quando condicionadas a escolhas pre-direccionadas não configuram a liberdade de escolha como esta previsto no preambilo da nossa constituição.

Alias , o amigo Jose Fortes Lopes fala da abertura de dialogo por parte do Primeiro Ministro com acessos à abertura previamente encerrados ou condicionados.
Na politica cabo-veriana, a liberdade de escolha actualmente é igualmente limitada!
1º - Os partidos não tem limites ao orçamento das campanhas eleitorais... não estao limitados, a um valor equalitario entre as forças politicas no terreno.
2º- Nao há uma clara limitaçao de poderes dos membros de destaque do partido nas instituiçoes do país que impeça a influencia na decisao dos votos/escolhas populares
3º -Nao há liberdade de expressao e de manifestaçao. Caso mais flagrante a recente sintonia entre o governo e o patronato em que este ultimo, fazendo a vez do porta voz do governo vem publicamente ameaçar , coagir os trabalhadores/cidadaos no seu direito constitucional de liberdade pessoal e do direito ao trabalho. Claro que não vi nem ouvi, os partidos politicos, o Presidente da Republica, o Governo ou o Ministerio Publico a reagirem a esta ofensa colectiva, e espero que o sindicato ajude os trabalhadores a evitar estes, e possiveis outros criminosos que atentem contra a liberdade individual ou colectiva do cidadao..
Mas compreende-se que os POLITICOS DA DITADURA MULTIPARTIDARIA que na verdade de multipartidaria nada tem mas de facçoes tudo tem, permeneçam em silencio quando o POVO SOFRE, quando o povo mais precisa das suas intervençoes.
BASTA VER o vazio não só da elite ,mas tambem dos que seguem cegamente os seus lideres.
Reparemos na comunicaçao social, e observamos e registamos a ausencia do “povo” que suporta os partidos e dos seus lideres internautas, na comunicaçao social e nas redes sociais.
Em resumo não sao partidos mas alas de um partido TRAIDOR DO SEU PROPRIO POVO e que na hora da afliçao hibernam uns e outro ostracizam-se nas suas conchas a espera que um mergulhador abra a concha e retira essa perola que é o verdadeiro povo
DISPERSAO PARTIDARIA VERSUS DILUIÇAO PARTIDARIA
Ao que parece ninguem assume que ao haver regioes, os partidos serao outros. Podem ter o mesmo nome , as mesmas ideias E e ou ideologias mas serao autonomas em relaçao ao partido nacional/central.
Partidos socialistas, comunistas, sociais democratas liberais etc há em toda a parte do mundo . Sendo cada país autonomo, soberano, o partido socialista do país A não tem absolutamente nada a ver com o partido socialista do país B assim acontecerá na regionalizaçao caso aconteça. O P.A.I.C.V. , o M.p.D., ou U.C.I.D. , nacional não terá influencias sobre os regionais.
Aqui reside o medo !!! o medo de haver partidos regionais que podem não seguir orientaçoes do partido central.
Apesar de actualmente haver essa divisao regional/local, caso haja regionalizaçao institucionalizada deixarao de ter maos sobre os partidos locais. Isso porque a propria autonomia regional assim impoe.
ESTAREMOS A LUTAR PARA O MESMO FIM COM ARGUMENTOS DIFERENTES ou estaremos a tentar o impossivel sabendo a partida que o fim esta a ser ignorado no inicio?
Eis a minha razao porque sou contra o regionalismo. Entendo que todos podemos contribuir para o desenvolvimento homogeneo no País sem … separa-los. Basta que os partidos permitam que os cidadaos possa escolher outros lideres que não estejam nem queiram estar nos partidos a “semelhança” do que acontece nas eleiçoes autarquicas.
À “semelhança” visto que os movimentos independentes sao grupos e não independentes de gema!!!
 
Fonte - FACEBOOK
 
  Uma primeira resposta ao José Alem· https://fbcdn-profile-a.akamaihd.net/hprofile-ak-prn1/t5/s32x32/23066_100001168121619_2232_q.jpg
José Fortes Lopes Excelente reflexão sobre a Regionalização embora do contra. Depois te responderei às tuas objecções levantadas e que foram feitas com total seriedade e não numa do bota abaixo. Se um dia a Regionalização for a frente é claro que será uma machadada na partidocracia que vive do centralismo. A minha ilha de S. Vicente por exemplo é uma vítima da partidocracia. Se alguém tiver outra solução para a abolição deste iníquo sistema que é o centralismo para além da Regionalização pode expor a sua tese. As vítimas do centralismo são reais, ilhas pujantes hoje são autênticas zombies e o centro cresce como um cancro na abstracção total da periferia não deixando nada viver. Como não se inventa a roda as soluções para contornar o problema do centralismo são bem conhecidas e até em S. Tomé testadas: são variados os modelos de Regionalização. Cabo Verde é o país mais conservador do mundo e este conservadorismo é das piores heranças do paicv. Este partido achou que devi construir tudo no centro e apagar com a esponja o resto e o MPD não fica atrás. Agora o que o PM está a tentar passar é uma regionalização administrativa que corresponde a nomear boys ao cargo de Governadores e rejeitamos categoricamente esta via pois seria o pior retrocesso para CV que ficaria mergulhado em capelinhas. A Regionalização será nível local de democracia com órgãos eleitos. Como dizes não tenho duvidas isto vai afectar o centro nevrálgico do sistema. terão que acabar muitas regalias decorrentes do centralismo.
 
Rec. por E-mail


[6584] - TESTEMUNHO...

 
Caros compatriotas :
Num dos momentos mais tristes da história do Povo de s.vicente , pós a independência , um momento em que muitos chefes de família não têmtrabalho, muita gente passa fome de boca calada , muitos dormem no escuro porque a Electra os desligou a energia por falta de pagamento e não tinham dinheiro para o pagar da maldita caução , (hoje visitei uma senhora que se encontrava arrasquinha , pois ela sofre de diabetes e estava sem ter como guardar o medicamento ) Muitos jovens formados a Deus dará , num momento em que a Ilha de s.vicente lidera em tudo o que é mau , Droga , álcool , desemprego, prostituição infantil etc etc . , Num momento em que temos uma classe de militantes que já viraram a costa ao seu povo , Chegando mesmo a interiorizar o discurso de que a culpa não é deste governo mas sim do próprio povo de s.vicente que não gosta de trabalhar , esquecendo eles do cosmopolitismo dessa ilha amável e hospedeira . (como se fosse este pobre povo que contraiu as dividas sem perspectivas ou se fosse o beneficiário dessa mesma divida ) num momento em que este governo após andar a caça dos nossos votos ludibriando-nos com promessas de Porto de aguas profundas , casa para todos , décimo terceiro mês , computadores para os nossos filhos etc etc . Chegamos a conclusão que é chegado a hora de : Levantar a bandeira do Ambrósio Do Serafim mudar de vida em vez de estar a morrer de puntinha , morrê duma vez ta lutá pa vida . Estamos juntos Lutando e lutando por vitórias que tardarão mas chegarão de certeza.
 
Fonte - FACEBOOK

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

[6583] - PRATO DO DIA...


PATANISCAS DE BACALHAU C/ ARROZ DE FEIJÃO
Facebook - Gostos&Sabores

[6582] - IMAGENS DO CANADÁ...




[6581] - ADEUS, COLUNA...

 

MORREU MÁRIO COLUNA, UM MOÇAMBICANO
QUE FOI UM ÍCONE INDISCUTIVEL DO
FUTEBOL PORTUGUÊS...
 

 

[6580] - A FREIRA PIEDOSA...


Um soldado americano chega, correndo, a uma encruzilhada na estrada e encontrou uma freira. Sem fôlego, ele pediu:
- Por favor, irmã, posso esconder-me por baixo das suas saias, por um momento? Eu explico-lhe o motivo mais tarde...
Um instante depois, dois soldados da Polícia do Exército chegam, correndo, e perguntam à freira:
- Irmã, a senhora viu um soldado passar por aqui a correr?
A freira respondeu:
- Sim...Ele foi por ali...
  Os dois policiais desapareceram na curva da estrada; o soldado saiu debaixo do hábito da Freira e disse:
- Sei que não lhe posso agradecer o suficiente, irmã, mas é que eu não quero ir para o Iraque...
A irmã responde:
- Acho que posso compreender inteiramente o seu temor, meu filho...
O soldado, então, disse:
- Espero que a senhora não me ache impertinente ou rude, mas a senhora tem um belo par de pernas...
Ao que a freira respondeu:
- Se você tivesse olhado um pouco mais para cima, teria visto que eu também não quero ir para o Iraque !

Contada por
Valdemar Pereira

[6579] - CURIOSIDADES DA HISTÓRIA...


Quem, na frequência do chamado Ensino Médio, tenha tido contactos com a História Universal, não terá dificuldades em concluír que a imagem acima reproduz um "Papiro Egípcio", sendo que, o "papiro" foi o percursor do papel e era produzido  num intrincado processo de secagem de folhas de uma planta da família das Ciperácias, cujo nome científico é Cyperus Papyrus...
Este "papel" foi muito usado no Egipto Antigo, no Médio Oriente (hebreus e babilónicos) e no mundo greco-romano...
Até aqui, porventura, nada de novo mas acontece que, quando muita gente identifica o papiro, de imediato, com o Egipto Antigo, a palavra, essa, tem origem no grego antigo através do latim "papyrus"...
Acredito que este pormenor seja novidade para alguns dos nossos visitantes,,,

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

[6578] - A FALAR É QUE A GENTE SE ENTENDE...

Pessoalmente, já nem sei o que pensar ao ver tanta quantidade bem farta de desentendimentos em torno daquilo que exatamente devia unir os Caboverdianos: a sua língua, seja ela a expressão que tiver. Afinal, Santiago tem mais dialetos e formas. O dito arranjo, não tem validade técnica. O Alupek, feito à pressa, é apenas uma amostra da doença nacionalista e não o aspeto sério da necessidade identificadora dessa mesma nacionalidade.
Continuo a dizer que a preparação duma forma de Crioulo, como idioma expressivo de todos, vai ser complicado criar devido a posições mais políticas do que de causa semântica. Mais: são necessários linguistas, acima de tudo, especialistas na evolução  dialética, como tem acontecido nas Antilhas Holandesas com o Papiamento ou aconteceu na Tanzânia, quando Julius Nyerere, declarou o Suaili, língua oficial do país, indo contra a lógica da implementação do Inglês, imposta pelo Commonwealth ou, ainda, na Espanha, depois da morte de Franco, o Basco, Catalão, Asturiano, Galego, Maiorqui... e tantos outros exemplos... e sem nunca deixarem de falar o seu original!
É um tempo perdido, este de se guerrear uma partícula da expressão crioula, seja ela de origem badia ou não! Afinal, o Caboverdiano esmera-se em falar outros idiomas e até acultura-se; como acontece no Brasil e Argentina, sem falar nos EUA. Mas depois, nega o seu natural habitat com base duma discriminação que pode até ser considerada de posição «racista»! Se aprendemos Inglês, Francês, Alemão e até Latim (uma língua morta); porquea só tambm aprende quem quer, não será obrigatório. Sendo assim, que cada um fique com o seu. Afinal, porquê  ter uma língua oficial se a maioria se identifica pelo Português. Não vejo nenhum escritor de CV preocupado em escrever romances, novelas, ensaios, textos científicos, enciclopédias e etc., en Crioulo, quando já tem a sua possibilidade expressiva numa língua universal que no final tambem é a sua e desdobrada por continentes.
Que se faça uma gracinha na poesia, entre uma ou outra frase e na lírica musical, tudo bem! Aqui, certamente há a liberdade criativa individual e o sentimento caboverdiano em cada um, sem crítica nem riola, escrever e usar aquilo que lhe der na melhor das ganas.
Forte abraço e uma boa semana a todos!
Veladimiro Cruz

[6577] - SEM PAPAS NA LINGUA...

Victor Hugo Rodrigues
CABO VERDE - Anteriormente, ao abordar a problemática da imposição do crioulo da Ilha de Santiago como língua oficial do arquipélago em detrimento, no futuro, da língua portuguesa, não me lembrei de aconselhar os africanistas a exigirem a retirada de Cabo Verde da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa mas, também, pedir ao Governo da Praia para rejeitar os 50 e tal milhoes de euros de auxílio concedidos, anualmente, por Portugal a Cabo Verde, auxílio esse que, pela esperteza dos mesmos africanistas, é investido, quase todo, na Ilha de Santiago. Desse modo, seriam mais coerentes...

[6576] - PRATO DO DIA...




ARROZ DE PATO À ANTIGA
Foto Facebook - Gostos & Sabores

[6575] - FAZ-SE O QUE SE QUER OU O QUE SE PODE?


Sempre que ouço os socialistas portugueses arengar contra as politicas de austeridade e sobre o que farão quando (se) forem Governo, não deixo de sentir uma certa perplexidade por verificar que as mulheres e os homens do partido da rosa não ligaram nenhuma ao percurso do seu irmão de armas François (Luís XVI) Hollande desde a sua campanha eleitoral até à chegada triunfal ao Eliseu onde, antes ainda de aquecer o trono do poder, já estava a fazer TUDO QUANTO AFIRMARA QUE JAMAIS FARIA...
Porque razão é que a Criação não dotou os políticos de um pouco de dignidade intelectual?

[6574] - MEMÓRIA DO TERROR NAZI...

Sobrevivente mais velha do Holocausto morre aos 110 anos

Da AP



Alice Herz-Sommer em foto de julho de 2010  (Foto: AP Photo)Alice Herz-Sommer em foto de julho de 2010 (Foto: AP Photo)
 
Alice Herz-Sommer, que acredita-se ser a mais velha sobrevivente do Holocausto, morreu aos 110 anos neste domingo (23), segundo um membro de sua família. A morte da talentosa pianista aconteceu apenas uma semana antes de sua extraordinária história de sobrevivência durante dois anos em um campo de concentração nazista através da devoção à música e ao filho concorrer a um Oscar.
Herz-Sommer morreu em um hospital após ser internada na última sexta-feira, disse sua nora, Genevieve Sommer.
“Todos chegamos a acreditar que ela simplesmente nunca morreria”, disse Frederic Bohbot, produtor do documentário “The lady in number 6: Music saved my life”. “Nunca tive dúvidas de que ela iria assistir ao Oscar”. O filme, dirigido por Malcolm Clarke, é um dos indicados na categoria melhor documentário de curta-metragem na cerimônia que acontece no próximo dia 2.
Herz-Sommer, seu marido e seu filho foram enviados em 1943 de Praga a um campo de concentração na cidade tcheca de Terezin (Theresienstadt, em alemão), no qual os prisioneiros tinham permissão para apresentar espetáculos dos quais ela participava com frequência.
Cerca de 140 mil judeus foram enviados a Terezin e 33.430 morreram ali. Aproximadamente 88 mil foram transferidos para Auschwitz e outros campos, onde a maioria foi morta. Herz-Sommer e seu filho, Stephan, estavam entre os menos de 20 mil a serem libertados quando o famoso campo foi liberado pelo exército soviético em maio de 1945.
Ainda assim, ela se lembrava de “sempre rir” durante sua passagem por Terezin, onde a alegria por continuar tocando a fazia seguir adiante. “As pessoas ficavam sentadas lá, idosos, desolados e doentes, e elas vinham a esses concertos e a aquela música era para eles nosso alimento. A música era realmente nosso alimento. Através da música nós fomos mantidos vivos”, disse ela certa ocasião.
Embora nunca tenha descoberto onde sua mãe morreu após ser aprisionada e seu marido ter morrido de tifo em Dachau, na velhice ela não expressava amargura. “Somos todos iguais. Bons e ruins”, dizia.
Herz-Sommer nasceu em 26 de novembro de 1903, em Praga, e começou a aprender a tocar piano aos cinco anos, com sua irmã. Quando criança, conheceu o escritor Franz Kafka, amigo de seu cunhado, e adorava ouvir as histórias do autor.Alice se casou com Leopold Sommer em 1931. O filho deles nasceu em 1937, dois anos antes da invasão nazista à Tchecoslováquia. “Essa foi uma época muito, muito difícil, especialmente para os judeus. Eu não me importo, porque adorava ser mãe e estava cheia de entusiasmo por causa disso, então não me importei tanto”, contou.
Em 1949, ela deixou a Tchecoslováquia para se encontrar com sua irmã gêmea Mizzi em Jerusalém. Ela lecionou no Conservatório de Jerusalém até 1986, quando se mudou para Londres. Seu filho, que alterou o primeiro nome para Raphael após a guerra, fez carreira como violoncelista. Ele morreu em 2001.
Anita Lasker-Wallfish, uma amiga que também esteve no campo de concentração, disse que Herz-Sommer ainda estava animada durante uma visita na semana passada. “Ela era realmente otimista”, disse, acrescentando que a dupla costumava jogar palavras cruzadas em um jogo de tabuleiro frequentemente, até que as vistas de Herz-Sommer começaram a falhar. “Ela começou a se sentir muito desconfortável e foi para o hospital na última sexta. Acho que chegou ao limite”.
A amiga revelou ainda que Herz-Sommer tinha uma vida modesta, e que provavelmente recusaria toda a atenção da imprensa direcionada à sua morte. “Ela não se achava alguém muito especial. Ela odiaria qualquer estardalhaço”, disse.
 
Fonte - G1 Mundo

(6573) - CRIOULOS EUROPEUS FAMOSOS...[3]

 
Porquê mouros e não negros?
É comum em Portugal chamar “mouros” aos habitantes do sul do país, recordando a ocupação moura do país entre os anos de 711 e 1492. Sabe-se que houve uma grande miscegenação nessa altura entre os habitantes da península ibérica e os mouros invasores, que por vez já eram resultado de misturas raciais entre povos berberes, árabes e negros subsarianos.
E a intensa misceginação entre portugueses (já com sangue mouro) e os negros que foram trazidos aos milhares entre os séculos XV e XIX? Porque razão não se fala disso? Porque razão esta história mais recente foi abafada e se prefira falar na outra mais antiga em que os povos ibéricos foram subjugados e humilhados pelos invasores mouros durante quase 800 anos?!
As mesmas perguntas poderiam ser colocadas em relação a Espanha. Ou em relação a mais países europeus. Quantos europeus sabem que a esposa de Napoleão era uma crioula branca vinda da Martinique (ilha dos Kassav)? Ou que o grande escritor francês Alexandre Dumas, autor de “Os Três Mosqueteiros”, entre outras obras, era neto de um marquês e de uma escrava negra vinda do Haiti?
Alexander Pushkin, um russo mestiço com ascendência africana é reconhecido como o pai da moderna literatura russa e o maior poeta russo, e foi considerado o homem mais inteligente da Rússia pelo Czar Nicolau. Pushkin tem descendentes vivos na aristocracia inglesa.
Somos todos africanos (The Empire strikes back!)
Meu caro irmão lusitano, não te apoquentes com a tua mais que provável origem africana recente, seja ela moura ou negra. Os marinheiros são assim, aventureiros, e as aventuras têm consequências, deixam rastos. E os ingleses têm razão, “the Empire strikes back”!
Ao que parece somos irmãos ou primos (como preferires) duas vezes. Somos ambos descendentes do senhor e dos seus escravos. Mas não deixes que isso te tire o sono, porque no final, e espero que isto te alivie, todos viemos de África, mais cedo ou mais tarde. Afinal não foi da Mãe África que veio a espécie humana? É uma questão de relativização temporal. O planeta Terra tem 4,5 bilhões de anos. Segundo os cientistas, o homo sapiens emigrou da África para a Europa e Ásia há 60.000 anos, apesar de alguns hominídeos terem saído do continente africano há cerca de 200-400 mil anos.
Perante desta grandeza de números, o que significam cerca de 400 anos de convivência recente? E essa história das raças? Mesmo o mais lourinho dos suecos veio de África. Só existe uma raça, a humana. E no final, o que foram os Descobrimentos a não ser um regresso recente à Mãe África?!
Crioulos europeus menos famosos
Curvo-me perante a memória (injustamente esquecida) dos milhões de escravos anónimos e seus descendentes que ajudaram a construir o mundo lusófono em que hoje vivemos. Dos negros das touradas que desafiavam os touros a pé, da corajosa Preta da Cartuxa e da preta Fernanda que toureava a cavalo em Algés, dos trabalhadores anónimos nos campos do Alentejo, Algarve e Andaluzia, aos das docas de Lisboa, Porto, Sevilha e Málaga, dos músicos que acompanhavam as procissões religiosas, dos negros e seus descendentes que integravam e até fundaram e geriram algumas confrarias religiosas, dos guitaristas, poetas populares e cantores que fizeram o fado, enfim, dos milhares que entre os séculos XV e XIX trabalharam arduamente lado a lado com os restantes portugueses e espanhóis na construção do que são hoje essas duas nações europeias.
Com esta sequência de 5 crónicas dedicadas aos Crioulos Europeus, iniciamos uma viagem pelo complexo mundo da escravatura e dos povos crioulos daí resultantes, começando pela própria Península Ibérica. Tentamos igualmente demonstrar que todos os povos em alguma parte da sua história foram escravizados e escravizaram, que foram escravos e senhores e que por isso mesmo apontar o dedo a quem quer que seja não só não nos ajuda a construir um mundo melhor, como pode ainda ser um bomba que nos pode explodir nas mãos (leia-se na família).
Tudo na vida tem o seu lado positivo e não fosse a epopeia dos Descobrimentos eu não seria hoje, um assumido crioulo com duas pátrias: a língua portuguesa e a língua crioula cabo-verdiana.
Caboverdianamente (e inté que por cá o Carnaval, a festa crioula, já chegou!)
José Almada Dias