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domingo, 29 de junho de 2014

[7100] - PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO CULTURAL...




 
 
 
O projecto enquadra-se no Programa Temático da União Europeia para Actores Não Estatais e Autoridades Locais no Desenvolvimento - Promoção da Cultura 2013, estando orçado em 275 mil euros, com Bruxelas a financiar 90% do total
A União Europeia (UE) e a Fundação Amílcar Cabral (FAC) vão lançar a 01 de julho o projeto "Memória sem Confins - A Descoberta de Cabo Verde ", destinado a valorizar os produtos turísticos e culturais cabo-verdianos.
 
Numa nota hoje distribuída à imprensa, a UE indica que o projeto enquadra-se no Programa Temático da União Europeia para Atores Não Estatais e Autoridades Locais no Desenvolvimento - Promoção da Cultura 2013, estando orçado em 275 mil euros, com Bruxelas a financiar 90% do total (243 mil euros).
O projeto, que abrange todo o arquipélago, destina-se a contribuir para o desenvolvimento socioeconómico de Cabo Verde através da "produção de produtos turísticos conexos à valorização dos bens culturais" do país.
Entre os principais beneficiários da ação, lê-se no documento, estão as associações de jovens, mulheres, universidades, operadores turísticos, estruturas dos Ministérios da Cultura e do Turismo, e autoridades locais.
O lançamento do projeto da UE e da FAC, que conta também com a parceria com a Fundação Lelio e Lisli Basso Issoco (ISSOCO), de Itália, decorrerá na Sala de Conferências da Biblioteca Nacional, na Cidade da Praia, na presença do delegado da Comissão Europeia em Cabo Verde, o diplomata português José Manuel Pinto Teixeira.
Ainda no âmbito do projeto, as fundações Amilcar Cabral e Lelio e Lisli Basso Issoco vão também apresentar um outro que prevê a criação de uma secção museológica sobre a memória, atividades de formação e realização de um itinerário turístico-cultural.
 
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa
 
 

[7099] - S.VICENTE - EVOLUÇÃO SOCIAL (2)...

 
…” É interessante observar que tanto as preocupações com a saúde quanto o estímulo à prática de actividades físicas já constavam de algum modo da pauta das lideranças intelectuais de Cabo Verde desde o século XIX. Por exemplo, naquela altura, eram comuns actividades como conferencias e cursos sobre higiene popular, promovidos no Teatro Africano, pelo militar e médico Frederico Hopffer, importante personagem da história cabo-verdiana.
Em 1904, foi fundada a primeira agremiação cabo-verdiana a conceder mais atenção às actividades físicas: o Clube Mindelo. Apesar de se apresentar como uma “associação literária e de instrução”, os seus estatutos previam no artigo 2º. : “proporcionar o desenvolvimento físico por meio da ginástica” (Oliveira, 1998,p.42).Tratava-se claramente de uma influência dos europeus que habitavam a região do Mindelo e/ ou que atracavam em seu movimentado porto. Lembremos que, no século XIX, a prática já era incentivada em muitos países, entre os quais a Suécia, a Dinamarca, a França e a Alemanha.
…” Devemos considerar ainda as acções do relevante Liceu Infante D. Henrique, de Mindelo que, criado em 1917, previa desde o início a obrigatoriedade da disciplina “ciências físicas, naturais, higiene e educação física”. Muitos de seus professores envolveram-se em iniciativas ligadas a preocupações com a saúde da população. Por exemplo, Adriano Duarte Silva (1942) chamava a atenção para a necessidade de maior valorização das actividades físicas, a seu ver de grande importância para o  “aperfeiçoamento da raça” e para a educação da juventude. De acordo com a sua perspectiva, os exercícios constituíam um aspecto fundamental para um projecto pedagógico mais atualizado, atraente e completo.
…” Outro indicador importante foi o paulatino crescimento do número de artigos publicados nos periódicos locais que tinham como tema central a questão da saúde, não poucas vezes relacionando-a à prática de exercícios físicos. Um exemplo é o de Augusto Miranda (11 ago. 1933) que tinha em mente o grande número de problemas com os quais a população de Mindelo sempre convivera, mas dialogando igualmente com experiências internacionais:
A saúde pública liga-se, portanto,  aos assuntos principais da administração do Estado … Assim o reconheceram estadistas do Brasil, não poupando à sua nação as despesas enormes para sanear a sua grande capital. O aformosamento do Rio de Janeiro resultou das obras importantes ali realizadas, maior riqueza pública consequente do aumento do vigor físico da população.
“ Essa preocupação com a saúde das colónias não era incomum desde o final do século XIX, quando cresceram as iniciativas portuguesas de melhor ocupar e controlar seus territórios na África. Aliás, segundo conclui Iliffe (1999), tratava-se de algo observável em todo o continente africano. No caso cabo-verdiano, percebe-se uma boa acolhida dessas iniciativas e até mesmo reivindicações de maior acção por parte da metrópole.
Nesse quadro em que aumentaram as preocupações com a saúde e o estimulo à prática de actividades físicas, dois movimentos juvenis se estruturaram em Cabo Verde nas décadas de 1910-1930. Pra melhor entender o contexto social no qual se desenvolveram, tracemos um panorama da vida pública na cidade de Mindelo naquele momento.
…” Em Cabo Verde, as décadas de 1910 e 1930 foram marcadas por uma decepção com os caminhos da República Portuguesa (iniciada em 1910), que não trouxe as esperadas mudanças para o arquipélago. Na verdade, a instabilidade de Portugal e a sua incapacidade de resolver os seus problemas, além do quadro contextual europeu, levaram, em 1926, à queda da Primeira República e à instauração de um dos mais longos regimes autoritários da história. O impacto sobre as colónias foi bastante sensível. “ A ditadura restringiu a autonomia das colónias mediante a promulgação das “Bases Orgânicas da Administração Colonial” (Pimenta,2010, p.59). Com a ascensão definitiva de António Salazar à liderança do novo regime (1933), o Estado Novo, o quadro tornar-se-ia ainda mais complicado.
…” Nesse cenário, em Cabo Verde, novas posturas foram entabuladas, ainda que, em linhas gerais, continuassem e aprofundassem a estratégia anterior de construção identitária. È possível afirmar que o discurso lusitano-crioulo conformou-se “ ...não pela via de rompimento, mas sim de reiteração da lealdade dos filhos da terra à grande Pátria Lusitana. É o desejo de plena inclusão nacional que impulsiona a luta contra seu braço colonial” (Fernandes,2006, p.20). Ao reivindicarem o seu reconhecimento como lusitanos de facto e de direito, os crioulos visavam daí extrair elementos para a disputa mais equânime.
Nesse contexto, o âmbito cultural apresentou-se como um dos principais cenários de luta, lócus privilegiado para a construção de representações que articulavam às reivindicações locais, no sentido de expressar os limites de certas construções coloniais. O momento foi marcado pela “consistência do campo cultural, testemunhada pelo protagonismo cada vez maior dos novéis filhos da terra, seja nas instituições de educação, seja nas variadas produções culturais (Fernandes,2006, p.112).
…” Na década de 1930, mesmo com muitos problemas desencadeados por crises de abastecimento, observa-se em Mindelo uma vida pública já bem estruturada. Segundo Maria Acher (1950 p.35) de forma um pouco exagerada, mas de maneira alguma equivocada, os cabo-verdianos:
…” Vestem-se pelos figurinos franceses, recebem elegantemente em suas casas, compram automóveis de boa marca, viajam em primeira classe, interessam-se por assuntos de arte e de cultura. As cidades são iluminadas a electricidade, dispõem de água canalizada, esgotos, pavimentos modernos, jardins, diversões. Muitas cidades da província, em Portugal, são mais monótonas e rotineiras do que estas. Praticam largamente o desporto, quer náutico, quer terrestre, com animadas competições. Brancos e crioulos frequentam os clubes de natação, remo, vela, ténis, futebol, etc. Evidentemente que a bola é o desporto preferido…”
In: U. Rio janeiro- Estudos socias

Pesquisa de A.Mendes

[7098] - HUMOR NEGRO...

(Colabor. de Tuta Azevedo)

[7097] - PROGRESSO ?!

S.VICENTE - PELO ASFALTO ATÉ À PRAIA GRANDE...
(Foto remetida por José F.Lopes)

[7096] - A DESCOLONIZAÇÃO "EXEMPLAR"...

 
TODA A HISTÓRIA EM
 
 
Pesquisa de A.Mendes

[7095] - "FALECIDOS" POR FUZILAMENTO...

 
O PAICG prometeu tratá-los com humanidade. Portugal acreditou, pagou-lhes seis meses de ordenado e pediu-lhes que entregassem as armas. Ainda que renitentes, os 27 mil militares guineenses do Exército português aceitaram. Mal as autoridades portuguesas abandonaram o país, logo o novo poder executou os primeiros.. Mortes reconhecidas na sinceridade das certidões de óbito: “faleceu por fuzilamento”, diziam. As autoridades guineenses pós-Luís Cabral falam em 500 mortos. O jornal “Nô Pintcha” chegou a publicar uma lista de nomes. Mas os sobreviventes calculam que pelo menos um milhar terá comparecido diante do pelotão de fuzilamento - alguns em aeroportos e campos de futebol, diante das populações.
Saiba mais em

[7094] - CABO VERDE - OS CAMINHOS DA REGIONALIZAÇÃO...

 
Um grupo de cidadãos cabo-verdianos na Diáspora apelou esta sexta-feira, em Lisboa, à urgência do governo de Cabo Verde constituir uma Comissão de estudo para discutir a regionalização do país, para a qual é imprescindível o envolvimento da sociedade civil. Denunciaram a asfixia da ilha de S. Vicente pelo”excessivo centralismo do Estado.
Equacionam a descentralização/regionalização gradual,em grupos de quatro, três ilhas, ou mesmo ilha a ilha, com redução dos custos do Estado e apelam ao envolvimento de todos os cidadãos.
O estudo, referiram, deverá analisar outras regionalizações de países que “encontraram modelos modernos para minimizar as suas assimetrias” e citam França, Espanha, Marrocos, Itália, Portugal (Açores e Madeira). Discordam de um Estatuto Especial para a Cidade da Praia, perante a “crescente degradação da periferia do país” e afirmam que tal facto só vem acentuar a preponderância de apagamento de políticos locais, divididos em querelas de baixa política.
Foi no centro “InterculturaCidade” que o médico Arsénio de Pina, residente em S. Vicente, o sociólogo Luíz Andrade Silva a viver em Paris e o físico da Universidade de Aveiro, José Fortes apresentaram sábado, o livro “Cabo Verde - Os caminhos da regionalização”, uma compilação de artigos de vários autores que têm discorrido sobre a temática nos jornais blogues do país.
O grupo que integra o Movimento para a Regionalização de Cabo Verde , centra as suas atenções na ilha de S. Vicente, como ponto de partida.
Na conferência afirmaram-se ”sem qualquer filiação partidária” mas como um grupo que pretende suscitar o debate opinativo “num momento em que urge repensar o actual modelo político-administrativo de Cabo Verde”.
Consideram existir “um excessivo centralismo do governo” que está a deixar a Ilha de S. Vicente como “um fantasma” bem como outras ilhas que “serão apenas zombies à volta de Santiago”.
Referiram que a regionalização permitirá aos imigrantes resolver os seus problemas com menos burocracia, mais confiança nos investimentos e maior participação nas suas terras de origem.
O grupo afirma pretender “contribuir para o despertar do activismo cívico e a revalorização da Democracia” como “estratégia para a saída do marasmo social e económico em que o país está mergulhado”.
Consideram ,no entanto, que o único estudo até agora apresentado não tem credibilidade e referiram ser urgente a constituição de uma comissão multidisciplinar para efetuar uma análise aprofundada que depois deve ser discutida por todos os cabo-verdianos
Admitiram na conferência, que se poderia estabelecer ilhas piloto. As outras, perante os resultados, adeririam naturalmente aos seus grupos: “A regionalização é uma coisa que demora tempo. Podia-se começar por ir descentralizando… até à regionalização plena”.
Os autores dos vários artigos fazem análises históricas, sociológicas e económicas, equacionam instituições e serviços, bem como os benefícios de um regionalização.
O livro será também apresentado no próximo dia 4 de Julho na Associação Caboverdiana de Lisboa.
(OL)
in A Semana

sábado, 28 de junho de 2014

[7093] - HÁ 100 ANOS, EM SARAJEVO...

Arquiduque Francisco Fernando
 
O assassinato deste personagem em 28 de Junho de 1914, deu origem a uma guerra de quatro anos, na Europa, no decurso da qual pereceram mais de dez milhões de soldados e civis...

[7092] - CRÓNICA EVENTUAL...


1 - 1
(3-2 g.p.)
 
Na lotaria dos pontapés da marca da grande penalidade, Deus foi, mais uma vez, brasileiro... E foi necessário esperar 90 mais 30 minutos e mais 10 pontapés à baliza, pois só o 10º, falhado pelo Chile, abriu as portas dos quatros-de-final ao Brasil que, uma vez mais, fez jus ao que da sua equipa se diz: Neymar mais 10... Se, sob o ponto de vista meramente desportivo a estreita margem do favoritismo brasileiro acabou por prevalecer, não é menos certo que, sob a mira de uma nuance politico-social, ninguém poderá calcular o que poderia ter acontecido, caso a equipa brasileira tivesse sido eliminada...Aliás, creio estar por contabilizar em que medida é que a explosiva situação pré-campeonato interfere no comportamento das equipas em prova, no meio de um receio real de que a violência se instale em resposta a um eventual mau resultado da selecção canarinha, aproveitando a boleia dos movimentos reivindicativos...

[7091] - Á MARGEM DO MUNDIAL...


Ontem à noite, na reportagem de uma das Televisões nacionais, um americano, enorme e muito caucasiano, respondia ao repórter dizendo, mais ou menos, isto: "Vamos ganhar à Bélgica...Eu nem sei onde fica esse país, mas vamos ganhar de qualquer maneira..." Grande coragem a do enorme cidadão, ignorante mas sem vergonha nenhuma! E viva a bola!

[7090] - O MILAGRE DA VIDA...

SEMPRE QUE NASCE UM BEBÉ
DEUS RENOVA A SUA FÉ NOS HOMENS!
(Ouvido de passagem)

[7089] - ARGUMENTAÇÃO IRREFUTÁVEL...


[7088] - CAVAQUEIRA OCASIONAL...


Foto Google
 
Muito embora continue a manter algumas obrigações de carácter laboral, em regime de "part-time", a assistência diária a este espaço é, quiçá, a minha maior e melhor demonstração de alguma sanidade, não me concedendo mais horas de ócio do que as  recomendadas para a manutenção de um razoável equilíbrio mental...
Este relacionamento, em forma de mensagens originais ou de colaboração com alguns amigos, acaba por tomar a forma de uma espécie de cavaqueira que, no entanto e infelizmente, não raro se reduz a um frustrante monólogo, qual pregação no deserto, onde as palavras nem eco produzem...
Há, no entanto quem, com alguma constância, comente, com maior ou menor profundidade as questões aqui colocadas mas noto que, quando, da minha parte, tais comentários merecem alguma nota posterior esta, normalmente, queda-se solteira, ignorada como se o primeiro comentário tivesse sido um mero dever de cortesia, um ponto final no assunto...
Claro que as pessoas que estão do lado de lá, terão mais o que fazer do que aturar as necessidades de diálogo deste velho chato e, quiçá, presunçoso mas, mesmo correndo o risco de parecer "pobre e mal agradecido", permito-me pedir aos visitantes que nos honram com os seus comentários que, depois, façam uma segunda visita à postagem comentada, pois pode acontecer que o seu comentário tenha tido eco a merecer uma nova abordagem...
Se já me sinto, no entanto, agradecido, mais ficarei, certamente!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

[7087] - REFORMAR O ESTADO! COMO?...

TODO O MUNDO RECLAMA A REFORMA DO ESTADO...MAS, COMO É QUE ISSO
SE FAZ SEM REVER A CONSTITUIÇÃO?!
 
(Pergunta de Alberto João Jardim)

[7086] - COISAS DE GUERRA, COM UM SORRISO,,,


Durante este cassamento real, milhões de pessoas através do Mundo viram o Pricnipe William evergar um uniforme militar que incluía  o célebre dolman encarnado...
Muitos se terão interrogado sobre os motivos que levam os britânicos a usarem tais vestes encarnados em combate...

 
Há muito, muito tempo, Grã-Bretanha e França estavam em guerra, como era hábito e, durante uma das batalhas, os franceses capturaram um coronel britânico. Este, foi levado para os aquartelamentos onde foi submetido a  interrogatáorio por um general francês. A certa altura, já tarde, o general perguntou ao seu prisioneiro: "Porque é que os oficiais britânicos usam essas casacas encarnadas? Não vêm que essa cor os transforma em alvos muitos mais visíveis para os nossos atiradores?"
Da forma mais casual deste mundo, o oficial britânico informou que isso se devia ao facto de, aquando de um ferimento, o sangue não se notar evitando-se, assim, o eventual pânico dos seus comandados!
Eis porque, a partir desse dia, os oficiais do exército francês começaram a usar...calças castanhas!
 

 
Tradução do original em inglês
remetido por Adriano Lima
 


[7085] - ...E A VIDA CONTINUA...

 
Hoje não há Mundial de Futebol... Dezasseis selecções retemperam forças para as duas batalhas que se avizinham, enquanto outras tantas se preparam para regressar aos seus países de origem, vergadas à punição da derrota, umas mais envergonhadas do que outras...
Asssim, amanhã começam a jogar-se os oitavos-de-final, de acordo com um calendário que nos levará até ao dia 1 de Julho:

- 28.Jun - Brasil vs Chile e Colômbia vs Uruguai
- 29.Jun - Holanda vs México e Costa Rica vs Grécia
- 30.Jun - França vs Nigéria e Alemanha vs Argélia
- 01-Jul - Argentina vs Suiça e Bélgica vs USA
 
Se no futebol houvesse lógica, seríam apuradas para os quartos-de-final as equipas que no quadro aparecem como jogando em casa: Brasil, Colômbia, Holanda, Costa Rica, França, Alemanha, Argentina e Bélgica...Quatro selecções sul-americanas para quatro europeias, coisa que me parece perfeitamente enquaadrada no actual equilíbrio de forças trans-continental...
Porém, a experiencia ensina-nos que existe uma grande dose de
volubilidade nestas coisas da bola e não espantaria se a realidade viesse virar de pantanas a mais sensata de todas as lógicas...
 
 

[7084] - OUTRAS TERRAS, OUTRAS GENTES...

 
1 - As crianças japonesas limpam as suas escolas todos os dias, por 15 minutos, juntamente com os professores, o que levou ao surgimento de uma geração de japoneses modestos e entusiasta da limpeza?

 2 - Qualquer cidadão japonês que tenha um cão, é obrigado a usar sacos de pano especial para apanhar os dejetos do cão? O desejo de manter a limpeza e a higiene faz parte da ética japonesa.

 3 - Um empregado(a) de limpeza no Japão é chamado "engenheiro da saúde" e pode ter salários de USD 5000-8000 por mês? Está sujeito a provas escritas e oral!

 4 - O Japão não tem recursos naturais, estão expostos a centenas de terremotos por ano mas, ainda assim, conseguiu tornar-se a terceira maior economia do mundo?
 
5 -  Hiroshima retornou à sua economia vibrante, após a queda da bomba atómica, em apenas 10 anos?

 6 - Você sabia que o Japão impede o uso de telemóveis em comboios, restaurantes e esplanadas?

 7 - No Japão os alunos do primeiro ao sexto ano deve aprender a ética no trato com as pessoas?
 
8 - Você sabia que os japoneses, ainda que seja uma das populações mais ricas do mundo, não têm empregados domésticos? Os pais são responsáveis pela a casa e pelos filhos.
 
9 -  Não há nenhuma avaliação (exame) do primeiro ao terceiro ano, porque o objetivo da educação é incutir os conceitos e desenvolvimento do caráter, e não apenas o exame e doutrina?

10 - Num restaurante, com o sistema buffet, as pessoas só se servem do que vão comer e comem tudo? Nenhum alimento é desperdiçado.
 
11 -  os comboios de alta velocidade apresentam, no máximo, um atraso de cerca de 7 segundos por ano? Eles apreciam o valor do tempo, são hiper pontuais, à escala do minuto e segundo.

12 -  as crianças em idade escolar escovam os dentes e usam fio dental, após as refeições na escola, para aprenderem a manter a sua saúde oral desde cedo?
 
13 -  os alunos terminam  as refeições em meia hora para garantir uma boa digestão?
Estes alunos são o futuro do Japão.
 
Quiçá possamos aprender um pouco da cultura, desenvolvimento e a filosofia dos Japoneses.


 
FaceBook - Adaptação de Adriano M. Lima

[7083] - ECONOMIA DOMÉSTICA...

OS "SUPER" MAIS BARATOS...
 
Portugal Continental  -  JUMBO
Açores - P. Delgada - CONTINENTE-MODELO
Madeira - Funchal - CONTINENTE-MODELO

[7082] - LINGUA PORTUGUESA - 800 ANOS...

"Em nome de Deus eu, D. Afonso, pela Graça de Deus Rei de Portugal, sendo são e salvo e temendo o dia da minha morte (…) mando que meu filho, o infante Sancho, que tive da rainha Urraca herde todo o reino e em paz. Se este morrer sem herdeiros, o filho mais velho que eu tiver da rainha Urraca que herde todo o reino e em paz. E se não tivermos filho varão, que o herde a nossa filha mais velha. E se na altura da minha morte, o meu filho ou filha que venha a reinar não for de maior idade, que o poder seja entregue à rainha mãe, até que possua a idade (…)"

Primeiro documento oficial conhecido escrito em língua portuguesa - Testamento de D. Afonso II - datado de
27 de Junho de 1214...
 
Hoje, 800 anos passados, 244 milhões de pessoas, em todo o Mundo, utilizam este idioma para comunicarem...

[7081] - TAMBÉM DESCOBRIMOS A AUSTRÁLIA...

 

 
A Austrália foi descoberta pelos portugueses, e não pelos holandeses ou britânicos, de acordo com o livro "Beyond Capricorn " (Além de Capricórnio, em tradução-livre), do pesquisador Peter Trickett, lançado pela editora australiana East Street Publications.
Segundo a obra, um explorador português, que liderava uma frota de quatro navios, entrou na Baía de Botany, no que hoje é a Austrália, no ano de 1522.
A data é quase cem anos antes da passagem dos holandeses e 250 anos antes da chegada do britânico Capitão Cook, que reivindicou a Austrália como propriedade da Grã-Bretanha em 1770, na mesma baía.
A prova estaria em mapas marítimos encontrados  num baú de uma biblioteca de Los Angeles, nos Estados Unidos.
Tais mapas, desenhados à mão, descobertos pelo autor Peter Trickett, mostram mais de cem locais nas costas da Austrália e da Nova Zelândia, com nomes em português.
"Isso pode ser um choque para os anglófilos, mas as evidências nos mapas não deixam nenhuma dúvida de que os portugueses navegaram na baía de Botany e a representaram graficamente 250 anos antes da chegada de Cook, em seu (navio) Endeavour", disse Trickett.
"Os portugueses, provavelmente, estiveram lá em dezembro de 1522. Seu mapa da baía de Botany  é incrivelmente preciso. Todos os detalhes da baía são mostrados", disse.
Segundo o livro, a descoberta não foi por acaso, mas sim o resultado da expedição de quatro navios ordenada pelo então rei D. Manuel I, de Portugal.
As descobertas teriam sido mantidas em segredo por causa da "paranóia de Portugal com a ameaça de seu rival maior e mais poderoso, a Espanha".
"Qualquer tentativa de divulgar esses segredos de Estado era um crime punido com a pena de morte", explicou Tricket.
O Atlas Vallard, que contém os mapas, foi compilado pela primeira vez em 1547, em França, usando gráficos portugueses.
A obra foi mantida em residências de aristocratas franceses e, posteriormente, britânicos, antes de ser comprada pelo magnata americano Henry Huntington e adicionada à biblioteca criada por ele, em Los Angeles.
 
in BBC.Brasil.com
 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

[7080] - C O N V I T E ...

 


[7079] - CRÓNICA EVENTUAL...

2 - 1
Vitória mais do que amarga numa participação sem honra nem glória...Quiçá, a equipa portuguesa que hoje carimbou em Brasília o passaporte de regresso a Portugal, não teria perdido por quatro a zero contra a Alemanha e teria ganho aos Estados Unidos, mau grado os muitos motivos que os americanos do norte contabilizam para não gostar do Cristiano Ronaldo...E, no jogo contra o Gana, até aconteceu a equipa lusa ter criado situações de golo mais do que suficientes para prosseguir em prova, mau grado a política de "serviços mínimos" colocada em prática pela Alemanha no seu jogo contra os EUA...Hoje, só temos a lamentar a persistência no erro de colocar Eder em campo, condenando a equipa a jogar de 10 contra 12...
E, já que Paulo Bento não se demitirá, pelo menos que faça um "mea culpa" e compreenda que teimosia não é, necessariamente, sinónimo de coerência e que, o fraquíssimo rendimento da sua equipa nos dois jogos anteriores poderia ter sido francamente melhorado se tivesse colocado em jogo os intervenientes mais "saudáveis" e não os que lhe são mais simpáticos!
Oxalá que, daqui a dois anos, não estejamos aqui a escrever estas mesmas palavras no rescaldo do Europeu!

[7078] - O CHEIRO DO DINHEIRO...

FUTEBOLISTA GANÊS CHEIRA MAÇO DE DOLARES...
Foto Almir Queirós - TV Globo

[7077] - OS HORIZONTES DO "ARROZCATUM"...

 


[7076] - A VERGONHA DE GIJÓN...

 
A partida entre Estados Unidos e Portugal, disputada no passado domingo 22, em Manaus, mal havia acabado e já surgiam as primeiras especulações sobre um possível acerto entre as seleções da Alemanha e dos EUA, no jogo marcado para hoje, no Recife.

Com os empates de 2 a 2 entre EUA e Portugal e entre Alemanha e Gana, tanto os alemães como os americanos somam 4 pontos, seguidos pelos portugueses e ganenses, que têm 1 ponto cada. Assim, basta um empate entre Alemanha e Estados Unidos para que ambas as equipas cheguem aos 5 pontos, não podendo mais ser superadas pelas outras duas e  classificando-se para a próxima fase.

A decisão do Recife traz à lembrança um dos episódios mais vergonhosos da história da seleção alemã: a partida contra a Áustria na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, disputada na cidade de Gijón. Uma vitória alemã por 1 a 0 servia para classificar as duas equipes, eliminando a Argélia.

Logo aos 10 minutos do primeiro tempo, o alemão Horst Hrubesch marcou um golo e nada mais aconteceu nos restantes 80 minutos de jogo. As duas equipes simplesmente evitaram atacar. A situação se tornou tão constrangedora que um locutor de televisão austríaco pediu aos telespectadores que desligassem a televisão...
 
Quem disse que a História não se repete?!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

[7075] - A NOVA LAGINHA...


SEGUNDO PARECE, O MAR CONTINUA A SUA ACÇÃO DE "LAVAGEM" DA AREIA DE DUVIDOSA PROVENIENCIA...
Colabor. de Valdemar Pereira

[7074] - CUSTO DE VIDA...

 

Colabor. de Valdemar Pereira

[7073] - AS "BOCAS DO TIO SAM"...


Uma lista com 17 motivos para se não gostar de Cristiano Reinaldo, foi publicada no sitio da Major League Soccer (MLS), devidamente acompanhada com fotografias e vídeos...
Publicada no suplemento de desporto do D.N., a lista deu origem a mais de uma centena de comentários, alguns de extrema violencia epistolar, em que se fala de "Americães" e de "Americanalhas",  evidentes excessos ao mesmo baixo nivel do assunto comentado.
Mas, afinal de contas, parece que ninguém se lembrou de contrapor ao lixo americano, o facto extremanente simples de ser impossivel haver tantos milhões de idiotas neste planeta, ou seja, aqueles que admiram, gostam ou idolatram o habilidoso madeirense...

[7072] - A RAÇA HUMANA...


Quantas raças há no mundo? Uma por cada continente? Quatro, como ensinavam  nas escolas? E qual é a raça superior? São muitas perguntas para, afinal, curta resposta...Envestiguemos!
A resposta está nos "mitocôndrias", estruturas minúsculas dentro das células que nos ajudam a produzir energia...

 
Enquanto os "cromossomas" são herdados de pai e mãe, os "mitocôndrias" só se herdam das mães! Todos os nossos mitocôndrias são cópias dos existentes no óvulo materno...Eles passam de mãe para filha, desta para a neta e, assim sucessivamente...
"Cada gota do sangue humano contém um livro de história escrito no idioma dos nossos genes..."
Se rebobinarmos a película da história humana poderemos retroceder, de geração em geração até à nossa origem e chegar à matriz promordial, à mãe de todos os seres que habitam o mundo!

 
Todos os mitocôndrias como se fossem ligados num extenso cordão umbilical, conduzem a África...A genética revela, sem lugar a dúvidas, que a África foi o berço da Humanidade...

 
Há 150 mil anos, no Quénia, na Tanzânia, na Etiópia, evoluiram os primeiros seres humanos. Ali viveu "aquela mulher"! Dela descendem os 6.500 milhões de seres que hoje habitam o planeta!
Há cerca de 70 mil anos, um pequeno clã emigrou de África... Uns, para norte e chegaram à Europa, enquanto outros seguiram para oriente, atravessaram a Àsia, subiram pelas estepes da Sibéria e chegaram à América...
Os mitocondrias permitem-nos traçar a rota que seguiram os primeiros humanos desde a África a todo o mundo.
Então, isso significa que os nossos antepassados foram negras e negros? Exactamente! Mas, então, de onde saíram tantas raças diferentes? Diga-se, antes, tantas cores de pele...PORQUE SÓ HÁ UMA RAÇA - A HUMANA!
Então porque é que há gente com pele clara? Porque lhes falta a "Melenina"...Este, é um pigmento que dá cor à pele. Em África, com tanto sol, a pele é escura como protecção aos raios ultravioletas que provocam cancro... Quando os nossos antepassados viajaram para climas frios, foram perdendo a Melanina para poderem captar os raios do sol que lhes permiten assimilar a vitamina D...
Claro que há em todo o mundo e em todos os climas pessoas com todas as cores de pele, pois esta mudança não ocorre no decurso de uma geração mas ao longo de milhares de anos...A Natureza trabalha sempre com imensa precisão e muita paciência...
As cores da pele, os cabelos crespos ou lisos, os narizes largos ou estreitos, os olhos redondos ou de amêndoa, tudo são adaptações do corpo humano aos diferentes ambientes em que viveram os nossos antepassados mais longinquos...Não há dieferentes raças mas sim climas diferentes...Temos, todos, o mesmo sangue, pertencemos à mesma família, viemos de África, somos de África!

 
Versão potuguesa GM-Março 2014 de um trabalho de
 
Sugerido por Tuta Azevedo
 
 
 
 

[7071] - S.VICENTE - EVOLUÇÃO SOCIAL...

 
” Depois das primeiras experiências realizadas na Praia, a capital da Colónia, na primeira década do século XX, foi mesmo em Mindelo que se inaugurou o primeiro cinema de Cabo Verde, em 1919. A grande sala, que, permaneceu na história do país e na memória de muitos caboverdianos, abriu as suas portas em 1922, o Éden-Park.
Como era comum em muitos países, o cinema transformou-se rapidamente em um “salão de novidades”: além da projeção de filmes, no Éden-Park eram realizadas exibições de teatro, conferências (entre as quais as de importantes intelectuais locais, como Baltazar Lopes e os envolvidos na revista Claridade), reuniões políticas, actividades circenses, espectáculos musicais, bailes de carnaval, demonstrações de ginástica, entre outros eventos.
…” Se o Éden ocupou espaço de importância, a vida festiva era certamente mais ampla. Em Mindelo, que passava por reformas urbanas e iniciativas de embelezamento, a chegada da luz elétrica em 1929 permitiu a diversificação das práticas de diversão, notadamente as noturnas. Em 1930, foi construído um edifício para o ensaio da banda municipal, foi inaugurado o Estádio da Fontinha e foram realizadas as primeiras corridas de automóveis/gincanas automobilísticas na praia da baía das Gatas (provas essas repetidas com certa frequência). Nesse mesmo ano, foi estabelecido o descanso semanal aos Domingos!
…” Em S. Vicente, destacava-se ainda o grande número de actividades carnavalescas, até hoje uma das marcas mais conhecidas dessa ilha. Pelos jornais, vemos propagandas e comentários dos bailes oferecidos no Grupo Cruzeiro, no Belo Horizonte Nacional, no Flôr do Oriente, no Fichismo, no Marcaridu, no New Island Star, no Flôr do Atlântico, no Souza Cruz, no Monumental, no Grémio Caboverdiano, no Éden-Park…”
…” Os clubes desportivos já existiam em bom número, contribuíam com ar de festividade tanto por suas actividades cotidianas quanto por suas comemorações. Bons exemplos foram os festejos do 14º. Aniversário do Castilho (realizados em Março de 1937) e a entrega de faixas à equipa de futebol do Mindelense, vencedora do campeonato de S. Vicente em 1941…”
…” Os periódicos, por sua vez, passaram com mais frequência a abrir espaço para as novidades desportivas. O Noticias de Cabo Verde, lançado em 1933, desde as primeiras edições exibia uma coluna inteiramente dedicada ao tema; em 1940, criou um suplemento de duas páginas. Essa experiência levou ao lançamento do primeiro jornal desportivo da colonia, em Dezembro de 1944: o Goal. Os responsáveis por essas iniciativas foram dois importantes personagens da história do arquipélago: Evandro de Matos, o Evandrita, e Joaquim Ribeiro.
…”Ribeiro foi, aliás, um dos homens que melhor expressou os novos tempos marcados por uma vida pública mais intensa. De família cabo-verdiana, embora tenha nascido na Guiné, viveu parte da infância e da adolescência em S. Vicente e em Portugal, tendo sido designado, quando retornou à ilha, professor de ginástica do Liceu Gil Eanes…” Jogador de futebol e atleta de diversas modalidades, Ribeiro foi membro de vários clubes, além de dirigente de federações desportivas. Envolvido com muitas iniciativas politicas e culturais, actuante em vários periódicos, ficou também conhecido por ser galanteador…” Foi ainda um dos pioneiros da aviação em Cabo Verde…”
…” Diante do avanço das vivências públicas de lazer, o governo metropolitano tomou iniciativas diversas. Em algumas oportunidades, estimulou certas práticas. Por exemplo, em 1934, baixou os impostos e criou privilégios para manter abertos os teatros. As acções de restrição, contudo, foram em maior número: o uso dos balneários passou a ser mais bem regulamentado e as actividades musicais que tanto agradavam à população sofreram interferências significativas, especialmente em Mindelo, onde certamente se delineava uma musicalidade própria”…
…” Obrigatoriedade de pedido de licença para a realização de bailes, aumento de impostos para a promoção dessas actividades, tentativa de acabar com a banda de música – essas decisões desencadearam uma onda de protestos dos “munícipes que se viram assim privados de um divertimento muito apreciável em terras de África. Protestamos com os munícipes contra tão estranha medida” (Noticiário) 15.07.33 p.1)…
…” O ECO de Cabo Verde ecoava críticas populares: Por acabar com este lenitivo do povo que aos domingos se reunia na Praça Nova para se esquecer do quadro pungente que tem em casa? (Noticiário) 22 dezembro 1934 p.3).
Para o periódico:” Estamos sob regime de terror. Pobre povo! Não podes folgar! Não podes esquecer os teus males que são cotidianos! (Noticiário, 15.7. 1933, p.7)
…” De um lado, uma intensa vida festiva e o estímulo à busca da excitabilidade; de outro, o excesso de trabalho para pessoas das camadas populares e as iniciativas de controlo do tempo livre. Nesse quadro de ambiguidades, foram organizados dois significativos movimentos juvenis que tinham a saúde como uma das preocupações centrais e as actividades físicas como estratégia fundamental: o escotismo e os Falcões” …

In U. Rio de janeiro/Estudos Sociais
Pesquiza de A.Mendes

[7070] - ACONTECIMENTO...


 
 
800 anos de Língua Portuguesa
“Línguas-Vidas em Português” a 2 de julho, no Forum Lisboa, com entrada gratuita
Para comemorar os 800 anos da língua portuguesa a Academia Portuguesa de Cinema, convida o público alfacinha para assistir à projeção do filme/documentário “Línguas-Vidas em português” (2001) no dia 2 de julho, às 18 horas e 30 minutos, no Forum Lisboa (antigo Cinema Roma).
O filme, realizado por Victor Lopes e produzido pela Costa Castelo Filmes, é um documentário histórico sobre a identidade da língua portuguesa, a sua origem e complexidade fonética (sotaques e diferenças lexicais, sintáticas, etc.). Nele se evidencia que o português, atualmente falado por cerca de 200 milhões de pessoas, não é uma língua uniforme e estática, assim como não são uniformes e estáticas as sociedades que se valem deste idioma no seu quotidiano.
O documentário reconstrói os caminhos da língua portuguesa desde que esta foi formalmente consignada, no reinado de D. Afonso II, até ter chegado a cada lugar do mundo, e os habitantes se terem apropriado dela e a terem reinventado.
Esta iniciativa contou com o apoio da Costa Castelo Filmes,  da Cinemate e da Assembleia Municipal de Lisboa.
 
AGENDA
Filme/Documentário: Línguas-Vidas em Português
Quinta Feira, 2 de julho, às 18h30 no Fórum Lisboa
Entrada Gratuita (sujeita a disponibilidade de lugares

[7069] - JOSÉ RÉGIO - 1969

 
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
 
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
 
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
 
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
 
Sugerido por Tuta Azevedo


terça-feira, 24 de junho de 2014

[7068] - CABO VERDE E A RFEGIONALIZAÇÃO...

LANÇAMENTO  EM LISBOA DO LIVRO
“Cabo Verde: Os Caminhos da Regionalização”

 O evento comporta dois momentos:
1º Lançamento
Dia 27 de Junho, a partir das 17:30, integrado numa
     Tarde Cultural no CENTRO INTERCULTURACIDADE.
2º Lançamento
Dia 4 de Julho (à tarde,horário ainda por definir),
Na  ASSOCIAÇÃO CABO-VERDIANA DE LISBOA,
         Av. Duque de Palmela, nº2, 1250-098 Lisboa.

****
TARDE CULTURAL NO CENTRO INTERCULTURACIDADE-LISBOA E 1º LANÇAMENTO DO LIVRO EM LISBOA DIA 27 DE JULHO
(
http://interculturacidade.wordpress.com/)
Local
CENTRO INTERCULTURACIDADE,situado na Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126, Lisboa (próximo do Parlamento, ao lado da Escola Passos Manuel).
Horário
17:30-18:45 ̶Apresentação do livro “Cabo Verde: “Os Caminhos da Regionalização”.
19:00  ̶  Projecção do filme “Li ké Tera”
(
http://www.portugues.rfi.fr/africa/20101104-li-ke-terra-um-filme-portugues-com-cabo-verde-no-coracao), sobre a 2ª geração cabo-verdiana em Portugal, seguido de debate com a participação do antropólogo cabo-verdiano Max Ramos
20:30̶Jantar cabo-verdiano*, concerto e tertúlia
Nb – Jantar sujeito a inscrição prévia, por email ou telefone, até às 22h do dia anterior (5ª Fª, 26.06). Contribuição solidária: 13€ (jantar e concerto).
Contactos:
CENTRO INTERCULTURACIDADE
Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa (próximo   do Parlamento)
Telefone: 21 820 76 57
E-mail:
centro.interculturacidade@gmail.com
http://www.interculturacidade.wordpress.com
ASSOCIAÇÃO CABO-VERDIANA DE LISBOA
Av. Duque de Palmela, nº 2, 8º Andar
1250-098 LISBOA
Tel: 213 593367
Fax: 213 593 369 / 213 593 367 
info-acv@mail.telepac.pt
www.acaboverdeana.org.pt


[7067] - CABO VERDE - IMIGRAÇÃO {3}...



A meu ver, o presidente da UCID tem toda a razão no que diz.
Qualquer visão com que a esta distância se deve olhar para o problema tem de ser despida de preconceitos ideológicos, religiosos ou outros. É um erro crasso tentar analisar a nossa realidade com o escopo da abertura e da tolerância ilimitadas ou com o crivo do mais abjecto sentimento xenófobo. Porque o cerne do problema não está apenas em vislumbrar o que poderá ser do ponto de vista sociológico e antropológico a realidade das nossas ilhas daqui a 30 anos, aceitando-a ou não, mas sim em saber se essa realidade terá por essa altura a mínima relação com os fundamentos que levaram à independência da nação cabo-verdiana. Ora, esta só se justificou pela crença assumida de que havia uma identidade nacional cabo-verdiana, que de facto existia e por enquanto existe ainda.
Não havendo essa identidade nada poderia ter legitimado a aspiração à independência política, à luz do que é consenso universal. Dir-se-á que, sem essa identidade, as ilhas mais não seriam que uma plataforma atlântica que poderia ter um aproveitamento utilitário sob o protectorado de qualquer potência com capacidade para a administrar. Essa potência, no seu interesse, poderia prover as ilhas com as gentes que bem entendesse, oriundas de outras paragens e misturando-as com as populações locais, porque o objectivo seria apenas a sua rentabilidade como espaço estratégico susceptível de potenciar serviços de interesse intercontinental. A acontecer assim, talvez que a renda das famílias fosse minimamente acautelada mas o facto é que a identidade cabo-verdiana iria aos poucos extinguindo-se, relegada para o fundo da memória das gerações mais velhas. E com o tempo certamente que dela nada restaria para o futuro.
Ora, com a fragilidade da nossa capacidade de sobrevivência económica, esse cenário pode vir a colocar-se, de facto, de uma forma ou outra daqui a 30 ou mais anos. Uma das vias insidiosas para lá chegar é a tal abertura total à CEDEAO como alguns defendem. Se com essa abertura se pretende objectivos de ordem económica, não deixa de ser alarmante se ela se traduzir, desde logo, num surto migratório que lenta mas progressivamente irá apagando os vestígios da nossa cultura e, quem sabe até, os alicerces da nossa religião cristã. Imersos num mundo predominantemente islâmico, será ingénuo excluir a influência que o Corão poderá vir a ter paulatinamente nos nossos costumes. Para mais, não se pode deixar de interrogar sobre a real solidez da nossa identidade cultural, e implicitamente a sua capacidade de resistência, sabendo-se como se sabe que ela se quedou sempre num ponto de interrogação face à encruzilhada entre a Europa e a África. Assim, com uma invasão de povos africanos do continente, talvez a questão dilemática venha a resolver-se definitivamente, pendendo para o campo fisicamente mais próximo – a África.
Daí que essa opção sobre a CEDEAO não deva deixar de ser analisada com profundidade, não a submetendo a um simples rácio económico. Portanto, na dialéctica entre o idealismo cego e a insanidade da xenofobia é que temos de encontrar as soluções mais sensatas, se de facto queremos sobreviver como povo dotado de uma identidade cultural própria.
Enfim, penso que o António Monteiro está a fazer um alerta que tem de ser levado a sério.

Adriano Miranda Lima

[7066] - CABO VERDE - IMIGRAÇÃO {2}


 
Esses aprendizes de feiticeiro,  que não percebem nada de geopolítica, islamismos, integrismos, identidades etc,  deviam estar quietos... Este assunto do Mercado Único Africano é muito sensível,  deveria envolver especialistas e não ser deixado ao saber de alguns ideólogos analfabetos que vão acabar por dar cabo de Cabo Verde!
O País pode tirar uns ‘pnics’ neste mercado mas é com muita cautela,  sobretudo não escancarando a porta, pois é uma faca de dois gumes.  A Europa, o Canadá,  a Austrália e os USA tomam muita precaução com a problemática da vagas migratória... Porque é que Cabo Verde não toma também as devidas precauções e fica à espera que a Lua caia do céu em cima da cabeça deles?!
Enriquecer o País para descaracterizá-lo não me parece valer a pena,  que "l'enjeu en vaut la chandelle".  A UCID tem que ser incisiva e começar a marcar estes pontos!
 
José Fortes Lopes
 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

[7065] - CABO VERDE - IMIGRAÇÃO...

 
António Monteiro afirmou na passada terça-feira que se o governo está na posse de estudos que apontam que daqui a 15 anos metade da população residente em Cabo Verde será composta por imigrantes deve compartilhá-lo para que se tomem as precauções necessárias.
 
Confrontado com as recentes projecções feitas por José Maria Neves, num artigo de opinião, de que no horizonte de 2030 metade da população de Cabo Verde será composta por imigrantes, o líder da UCID mostrou-se surpreendido por não ter conhecimento de nenhum estudo sobre essa matéria, mas que ao que tudo indica estará  na posse do governo.
Monteiro diz que meramente se recorda de, aquando do II Fórum de Transformação de Cabo Verde, o conferencista Carlos Lopes ter chamado, a dado passo da sua comunicação, a atenção para este facto. “Agora se o Sr. Primeiro-ministro volta a frisar isso é porque o governo deve ter algum estudo que deve ser compartilhado com a sociedade civil de uma forma geral e também com a classe política para ser analisado e tomarmos as devidas precauções”.
O líder da UCID voltou a insistir que nenhum estudo sobre a recomposição demográfica de Cabo Verde lhe chegou às mãos, mas frisou que  havendo dados que apontem nessa direcção, a questão deve ser analisada a fundo, porque pela dimensão territorial e populacional de Cabo Verde esta situação poderá trazer consigo consequências imprevisíveis.  
“Daqui a 15 anos estaremos já em 2030 e termos uma reviravolta na sociedade cabo-verdiana a ponto de chegarmos a ter metade da população local e metade de imigrantes, é de um perigo muito grande tendo em conta esse espaço de tempo que é muito curto”.
O geógrafo José Maria Semedo confirma que o alerta foi dado por Carlos Lopes, o qual afirmou no citado fórum que numa perspectiva de desenvolvimento económico de Cabo Verde, poderemos ter num horizonte de 2030 uma população imigrada da ordem dos 50 por cento. “Será isso que o Sr. Primeiro-ministro terá repetido”, conjuntura Semedo.
Para o geógrafo é um processo normal e que acontece com microestados como o Luxemburgo, onde metade da população é estrangeira. José Maria Semedo não acredita que essa situação venha interferir na identidade do cabo-verdiano nem conduzir, por outro lado, à xenofobia. “Essa imigração num horizonte de 10 a 20 anos será feita paulatinamente num processo de absorção progressiva”.
Semedo desvaloriza também a questão da xenofobia que, na sua opinião só surge na primeira geração de imigrantes. Já num horizonte de 20 a 30 anos ela desaparecerá pela via da absorção que terá implicações na cultura cabo-verdiana. “A nossa cultura será cosmopolita, mediante a presença de várias culturas no mesmo espaço”. 
Bons argumentos, mas que não convencem António Monteiro. “Se nós estivermos aqui no país e metade da população residente for imigrante, eu acho que iremos ter um problema muito grande. Quer dizer, nós não teremos capacidade de nos organizarmos e mantermos a nossa identidade”, considera. 
António Monteiro ressalta que a UCID não é contra a entrada de pessoas em Cabo Verde, mas chama a atenção para a necessidade de serem tomadas medidas já hoje como forma de se precaver o futuro. Monteiro aponta o dedo ao Primeiro-ministro que, nas suas palavras, durante os 14 anos de governo não tomou a tempo as medidas que se impunham.
“Não é agora que nós vamos deixar até 2030 para que as coisas aconteçam e nesta altura tomarmos medidas para fazer face a essa nova realidade. Por isso é preciso preparar o Estado, é preciso repensarmos a própria macroestrutura do Estado, é preciso repensarmos a problemática do poder nas ilhas e desta forma estarmos com as condições políticas necessárias para podermos fazer face a esta situação se ela vier a acontecer em 2030”, acautela.
Se Monteiro acusa em primeiro lugar José Maria Neves de não ter precavido o país durante os 14 anos de governação, também não poupa, na sua crítica, os próprios deputados da nação. “Nós os parlamentares não vislumbramos também esse fenómeno e deixamos as coisas irem acontecendo e estamos na iminência de termos uma situação de ruptura cultural que pode ser extremamente grave para o nosso país”,
in Expresso das Ilhas