tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post5015990666365371303..comments2024-01-02T09:06:10.892+00:00Comments on ARROZCATUM: [9804] - CORAGEM PARA SE SER FELIZ...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-87676025048936799642016-10-18T18:26:14.925+01:002016-10-18T18:26:14.925+01:00É um exercício de optimismo mas que peca por basea...É um exercício de optimismo mas que peca por basear-se na crença de que uma maioria partidária institucionalmente generalizada (todos os ovos no mesmo cesto) pode catalisar as virtudes nacionais. E também por tecer loas ao comportamento democrático-eleitoral dos cabo-verdianos, apontando-o como algo exemplar e exportável para a África. Em certo sentido aceita-se que sim, mas mais do ponto de vista da normalidade processual. Contudo, é iniludível o ponto fraco do sistema, denunciando uma debilidade que não se pode ignorar: o nível exagerado da abstenção. O mais recente caso (as presidenciais) é uma evidência gritante. Além disso, o nível de abstenção é apenas a ponta do iceberg do sintoma. Em camadas subjacentes, existe todo um desinteresse cívico que é tanto mais preocupante quanto engloba intelectuais e jovens escolarizados e licenciados. Ora, a democracia só é verdadeiramente virtuosa se trespassar transversalmente toda a sociedade. E em certa profundidade. É um facto que hoje em dia a abstenção mora em todo o lado. Mas num país ilhéu e em que o factor proximidade intra comunitária é uma vantagem, só não vota quem não quer ou ignora ou desvaloriza os seus deveres cívicos. Para que os desígnios expostos pelo autor fossem minimamente concretizados precisaríamos de um grau muito mais elevado de engajamento da sociedade civil.<br />E não penso que se deva atirar foguetes pela estrondosa queda eleitoral do PAICV. Mal de Cabo Verde se julgar que o seu destino será mais feliz e mais realizável se ficar exclusivamente atado a uma mesma ideia sobre o futuro. Cego é quem pensa que uma terra como a nossa pode dispensar ou menosprezar aquilo que o autor designa como política "assistencialista". Cada povo é como é e não como o desejamos ver com pinceladas de fantasia. Quanto ao resto, embarco na idealização, mas com os pés no chão.<br /><br />Adriano Miranda Limahttps://www.blogger.com/profile/16678359151673400331noreply@blogger.com