tag:blogger.com,1999:blog-7496167709012380752024-03-08T11:34:23.673+00:00ARROZCATUMAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.comBlogger10075125tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-78721195587287945992018-07-23T16:30:00.000+01:002018-07-23T23:16:33.701+01:00[10076] - CAMPEONATO DO MUNDO DE FUTEBOL - RESCALDO<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJe5OHsyLsLoyYphf8osRocK1zcgR6rcK4buX6bi8NRHm7TzK7wNneTMHrRTySsU1JwMP_wB7htpD8wHKsKzlqwyEuEZ1TDMBlIFlwTfoYplzRQdbmdvjiBRRkJyY5TfN6KQ-Up_GG-ng/s1600/fran%25C3%25A7a+campe%25C3%25A3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="299" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJe5OHsyLsLoyYphf8osRocK1zcgR6rcK4buX6bi8NRHm7TzK7wNneTMHrRTySsU1JwMP_wB7htpD8wHKsKzlqwyEuEZ1TDMBlIFlwTfoYplzRQdbmdvjiBRRkJyY5TfN6KQ-Up_GG-ng/s400/fran%25C3%25A7a+campe%25C3%25A3.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">FRANÇA - CAMPEÃO DO MUNDO DE FUTEBOL - 2018<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;">Fin!</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
E assim terminam mais umas semanas sempre entusiasmantes, que
caracterizam estes períodos dos grandes torneios de futebol. Mais entusiasmo para
uns que para outros, como sempre no desporto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Fiquei, agradavelmente surpreendido com a capacidade russa,
para organizar uma competição a esta escala, e pelo envolvimento da população.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Quanto à Bola! Ganhou a França, e diga-se que com todo o
mérito. Foi a equipa mais adulta e eficaz do torneio, que mostrou quase sempre uma
grande qualidade, aliada a um exasperante sentido prático. Os franceses
aprenderam a dura lição da final do Euro 2016, e desta vez entraram com a plena
noção do que tinham que fazer. Taticamente, estiveram irrepreensíveis. O
futebol croata, que desde o primeiro momento da competição, prometeu muito, não
desiludiu. Foi uma prestação fantástica desta belíssima geração de jogadores,
que estou em crer, ainda dará grandes alegrias à sua desinibida presidente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Resta uma menção honrosa para a Bélgica, que terminou no 3º
lugar, também merecidamente, após um jogo sempre ingrato, como é este dos vencidos
das meias-finais, e onde, mais uma vez ficaram a nu as deficiências da seleção Inglesa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Fui abordando um pouco, todas as outras seleções, mas cabe
ainda fazer uma curta e pragmática reflexão da participação portuguesa:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
A queda nos oitavos-de-final,
sabe a pouco, até porque, a qualidade parece existir. No entanto, teimou em não
explodir novamente. Parece uma equipa inibida de colocar em campo, todo o seu
potencial. Houve ainda jogadores que não corresponderam minimamente às expectativas,
com o expoente máximo no “flop” que foi a presença de Gonçalo Guedes. André Silva,
ficou perdido no esquema tático de Fernando Santos, e também acaba por passar
ao lado desta competição. Os laterais estiveram muitos furos abaixo do
desejável, até Raphael Guerreiro, que fez um grande europeu, parecia desta
feita, algo debilitado fisicamente. Já no centro da defesa estivemos melhor,
com Pepe e Fontes em bom nível.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
No meio campo as coisas complicaram-se, notou-se a falta de
Danilo, e não houve quem conseguisse, realmente pegar no jogo e transportá-lo
para o ataque, à exceção de alguns momentos de William Carvalho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Faltou obviamente algum talento para acompanhar Cristiano
Ronaldo. Falta aliás, a esta equipa, um verdadeiro número 10 (à moda de Deco e
Rui Costa), que tenha a capacidade de levar a bola para os últimos 30 metros, e
que a entregue redonda para os finalizadores!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
No ataque, para além do solitário CR7, uns pormenores de
Bernardo Silva e outros de Quaresma, não foram suficientes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Essencialmente, o que mais falta faz a esta talentosa
geração, é um treinador com a competência necessária. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Nunca fui um entusiasta do
futebol praticado pelas equipas de Fernando Santos. A conquista do título
europeu em 2016, foi um feito assinalável, mas que convenhamos, teve para além
de vontade e competência, laivos de milagre dos deuses. Não sou daqueles que
gostam de minimizar os feitos nacionais, mas também não me sinto confortável a
glorificar, só porque sim!<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Resumindo: Parece-me que estes rapazes, que fizeram coisas
muito interessantes e relevantes nas camadas jovens das seleções, e que demonstram
qualidade nos melhores campeonatos do velho continente, necessitam de um líder
mais corajoso e menos conservador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Reencontro marcado para o Euro 2020, onde Fernando Santos,
terá a oportunidade de desmentir todas as barbaridades que lhe apontei. (E eu
ficarei então muito feliz por estar errado!)<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-88294915017750254222018-07-13T16:46:00.000+01:002018-07-13T16:46:57.072+01:00[10075] - CAMPEONATO DO MUNDO DE FUTEBOL - FINAL<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRWwjOd21pTOsP9Hi9JnQskJRx_xfmkJfXl9CXL0BSlkgOvvN0LvA2I3qq9xMaXbR-qovkG1bh_lMWk3goF-d5K59PXwDsOr3ry5bSfG5D6n1iiwN_Rlqsu9xCW76-lEVnkjMEFccYJmk/s1600/fran%25C3%25A7a+cro%25C3%25A1cia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="296" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRWwjOd21pTOsP9Hi9JnQskJRx_xfmkJfXl9CXL0BSlkgOvvN0LvA2I3qq9xMaXbR-qovkG1bh_lMWk3goF-d5K59PXwDsOr3ry5bSfG5D6n1iiwN_Rlqsu9xCW76-lEVnkjMEFccYJmk/s400/fran%25C3%25A7a+cro%25C3%25A1cia.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mbape e Modric as estrelas da final.<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Finalmente!</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
E chegamos ao dia “F”, depois de muitas horas de peripécias,
com mais ou menos queda, chegaram à final as equipas que fizeram por isso, e
que não falharam nos momentos cruciais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Ficaram relegados para o “triste” jogo de atribuição dos 3º e
4º lugares: uma Bélgica que deixou a sensação de “quase lá”, e que praticou um
futebol por vezes entusiasmante, e uma Inglaterra, que confirmou que ainda não
está preparada para mais altos voos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
A final:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
A Croácia, confirmou o alto potencial que tem evidenciado
nos últimos torneios. Acabou por não ceder no aspeto físico, apesar de ter mais
quilómetros nas pernas e demonstrou ser uma equipa que consegue um equilíbrio
entre: Estratégia – Arte – Intensidade, e que não deixa ninguém indiferente.
Palpita-me que, excluindo os francófonos, o resto do planeta estará a torcer
por eles! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Por sua vez, a França não desapontou quem apostou na sua
imensa qualidade e consistência. Está por direito próprio naquela que é a
segunda final consecutiva de uma grande competição, facto, desde logo
assinalável. Isto, apesar de ter uma equipa muito jovem e com muitos estreantes
em grandes competições (não se nota!), a experiência acumulada das suas
principais unidades, deverá indicar o caminho do sucesso, daquela que parte
como favorita à vitória no jogo do próximo dia 15 em Moscovo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Bem! mas estamos a falar da mesma França que partiu como
clara favorita à final do Euro 2016!!! Será que teremos um Ederic no caminho
destes gauleses???<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-85920301775122515702018-07-08T16:04:00.000+01:002018-07-08T19:49:18.355+01:00[10074] - MUNDIAL DE FUTEBOL RÚSSIA - MEIAS FINAIS<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjte7nMw2QV4UL7-9fjIb-KbB4HzCgiwPq0aD1bYbI4BJcaQK20wFj-O3S4v3EBnqmpAsdloeogs-P51_uyBHsM33ZUiu1ItXFysHN6O8xnO8tWOAshe5M1r-ReiWgf0L059q89wnPIdL8/s1600/neymar-fica-no-chao-apos-levar-pancada-de-adem-ljajic-em-brasil-x-servia-1530124844888_v2_615x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="615" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjte7nMw2QV4UL7-9fjIb-KbB4HzCgiwPq0aD1bYbI4BJcaQK20wFj-O3S4v3EBnqmpAsdloeogs-P51_uyBHsM33ZUiu1ItXFysHN6O8xnO8tWOAshe5M1r-ReiWgf0L059q89wnPIdL8/s400/neymar-fica-no-chao-apos-levar-pancada-de-adem-ljajic-em-brasil-x-servia-1530124844888_v2_615x300.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Neymar - Acabou por passar ao lado de um grande Mundial. </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Porta aviões ao fundo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Caiu mais um dos grandes favoritos, o Brasil. Embora
praticando um futebol de grande qualidade, faltou baliza aos canarinhos, e
quando falo de baliza, é da adversária. Numa equipa onde o ponta de lança, faz
todos os jogos e não marca qualquer golo… fica difícil!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por outro, lado a Bélgica montou um sistema tático
irrepreensível e muito inteligente, fixando Hazard e Lukaku nas pontas, junto à
linha de meio-campo, que prenderam sempre 3 elementos da seleção do Brasil,
brilhante!!! Depois teve uma transição atacante venenosa e vertiginosa, com um
De Bruyne a comandar as tropas. Pecou somente o selecionado belga na
segunda parte, por falhar a definição do último passe, de outra forma, teria sentenciado
a partida mais cedo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quanto ao Brasil, tentou de tudo, é verdade, mas não houve
acerto no último momento, e quando era preciso aparecerem, a verdade é que as estrelas se apagaram, e além do mais, no futebol é necessário
concretizar!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A Europa ficou assim com e exclusividade das meias finais do
torneio. E ficam três das equipas mais consistentes deste campeonato do mundo,
e que melhor futebol têm praticado: França, Bélgica e Croácia, embora esta
última, pareça já presa por arames!!!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
FRANÇA-BÉLGICA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Grande partida em perspetiva, naquela que seria provavelmente
a final mais “justa”. Os franceses e os belgas, chegam a esta meia-final com um
registo de vitórias em todos os jogos efetuados, e diga-se que de forma clara e
justa! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Torna-se quase impossível fazer um prognóstico para esta
contenda, tal o equilíbrio entre os dois conjuntos. Pela maior constância e
inteligência tática, para além da tremenda qualidade demonstrada em todo o
torneio, vou arriscar uma ligeira vantagem belga. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
CROÁCIA – INGLATERRA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Este “lado” da grelha, propiciou, e não acho que apenas teoricamente,
uma campanha menos exigente. A Croácia eliminou uma Rússia, que apesar de tudo,
acaba por surpreender, pela persistência em fazer a vida difícil aos seus adversários,
a Espanha que o diga. Mas não dá para abusar da lotaria dos penaltis… um dia a “sorte”
muda!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os ingleses, não tiveram ainda uma partida a sério, frente a
uma seleção de 1ª linha (a derrota com a Bélgica na fase de grupos, não entra
para estas contas). Parece-me uma equipa curta e com algum déficit de
criatividade. Seria de esperar que neste particular os croatas fizessem a
diferença, o que pode bem acontecer, porque têm uma equipa, com mais talentos,
o pior é que parecem já bastante desgastados e com dois prolongamentos a mais. Parece
pouco? são só mais 60 minutos nas pernas, que poderão ditar uma balança mais
inclinada para os súbditos de sua majestade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Muito equilíbrio! a condição física vai decidir!<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-36273257176820119112018-07-04T15:37:00.001+01:002018-07-04T15:38:38.594+01:00[10073] - MUNDIAL DE FUTEBOL RÚSSIA - QUARTOS DE FINAL<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6lOl4SrEFS6FIfFI1w7781jjgESnxoEuClqJd-_T97awjtOuw1Fy1ltDjtxni2aVq53kN8zgviBolvAVCT7c4SAQZAXYlIG0f1cHFuUfKcyjarQyu4U_WQ0nMqclSzOofZaFkKBMuWUE/s1600/cavani.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="562" data-original-width="800" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6lOl4SrEFS6FIfFI1w7781jjgESnxoEuClqJd-_T97awjtOuw1Fy1ltDjtxni2aVq53kN8zgviBolvAVCT7c4SAQZAXYlIG0f1cHFuUfKcyjarQyu4U_WQ0nMqclSzOofZaFkKBMuWUE/s400/cavani.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cavani (Uruguai) - Após marcar o 1-0 aos 7 minutos de jogo<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
CHEGADOS AOS QUARTOS!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Terminou a segunda fase, entre algumas confirmações e outras
deceções. A seleção das quinas, voltou para casa, depois de um jogo onde
finalmente apresentou alguns laivos de qualidade, mas que perante um Uruguai
muito adulto e compacto, não teve o engenho para desfazer a táctica bem
engendrada por Tabarez. Tinhamos vaticinado que se faria a diferença nos
detalhes, e o detalhe teve um nome… Cavani!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
A maior surpresa, terá sido a eliminação da Espanha, que na
falta de plano B ao "TIKI-TAKA", <span style="font-size: 12.8px;">não conseguiu levar de vencida, uma selecção banal como a
Russa. Prevaleceu o </span>factor<span style="font-size: 12.8px;"> casa na semi-lotaria dos penaltis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Quanto ao resto, o esperado adeus da Argentina de Messi, ante
uma França com personalidade e qualidade e a prevalência dos que se perfilavam
como favoritos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Vejamos então, o que nos reservam os quartos-de-final:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
URUGUAI-FRANÇA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Por mais que gostasse de ver a França contorcer-se mais uma
vez diante de uma nação mais pequena de futebolistas guerreiros e quase
“europeus” no estilo destes uruguaios, julgo que vai prevalecer a lei do mais
forte e aos sul-americanos, desta vez, Suarez e Cavani, não serão suficientes.
A França tem mais soluções.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
A França parte como favorita à passagem às meias-finais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
BRASIL – BÉLGICA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Palpita-me que nenhum dos conjuntos queria encontrar o outro
nesta fase, mas os caprichos dos emparelhamentos dos grupos, assim o ditou.
Este é um grande jogo em perspectiva. Os Belgas, que têm confirmado as suas
credencias, e embora tenham tido um inesperado sobressalto frente ao Japão,
chegaram com grande facilidade e qualidade futebolística até aqui. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
O problema é
que, encontra pela frente um Brasil em crescendo e com intérpretes de
elevadíssima craveira. Se tudo correr com normalidade, julgo que o Brasil não
deverá deixar fugir a possibilidade de passar à próxima fase, no entanto, a
Bélgica terá as suas hipóteses, e se houver pouca concentração dos canarinhos,
não vai perdoar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Ligeiro favoritismo do Brasil, nesta contenda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
RÚSSIA – CROÁCIA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Aos Russos, esta é uma prenda inesperada, pois, a maioria já
nem contava estar ainda em acção nesta fase. Os Croatas apresentam um conjunto
de qualidade muito superior aos Russos, pelo que em princípio, a passagem às
meias, seria indiscutível. Mas de repente, parece que o “factor casa”, começou a
valer, pelo que tornou as contas do apuramento, menos claras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Não deixo, contudo, de dar o favoritismo ao conjunto de
Modric e companhia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
SUÉCIA – INGLATERRA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Os suecos foram apurados, num grupo nada fácil, e lá vão
andando em pezinhos de lã. É verdade que eliminar a Suíça, não é nenhum feito
histórico, mas o resultado é que chegam aos quartos, em condições de fazerem
uma gracinha, até porque a Inglaterra, apesar de ter uma bela equipa, toda
baseada na Premier League, não tem uma ideia de jogo muito consistente. Vai ser
uma partida muito equilibrada, em que, quem errar menos terá o prémio de acesso
às meias-finais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Apresenta-se um muito ténue favoritismo britânico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
Paulo Azevedo</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-30599409728305371442018-06-29T16:04:00.000+01:002018-06-29T16:08:17.971+01:00[10072] - CAMPEONATO DO MUNDO DE FUTEBOL - III<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWjTyxpHV5lUYyAGSTmhnapFaUuykPL8BnQQcmb3OnC8VwWGFoF2Y9zbuHDs6iXkYfqIp-8_7-cFsysJu5eRNa2IA0-t4ayPposEnDjBwE_bbDWYg85d4AvhgJLag74v4Ueet3OSuU5Ro/s1600/russia+2018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="149" data-original-width="339" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWjTyxpHV5lUYyAGSTmhnapFaUuykPL8BnQQcmb3OnC8VwWGFoF2Y9zbuHDs6iXkYfqIp-8_7-cFsysJu5eRNa2IA0-t4ayPposEnDjBwE_bbDWYg85d4AvhgJLag74v4Ueet3OSuU5Ro/s400/russia+2018.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>ANTEVISÃO DOS OITAVOS- DE-FINAL</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal">
FRANÇA – ARGENTINA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A França demonstrou ser um conjunto mais equilibrado, isso
apesar de não deslumbrar. A equipa alviceleste, não convenceu, assim como
Messi, pareceu sentir a falta dos seus companheiros do Barça. Será com certeza, um dos jogos mais interessantes de seguir desta fase, tratando-se quase de uma final antecipada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com as devidas reservas, parece-nos que a França parte com
alguma dose de favoritismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
URUGUAI – PORTUGAL<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Uruguai passou pela fase de grupos com três vitórias, mas
a verdade é que não foi posta completamente à prova. Quanto a Portugal, ainda
não convenceu, tendo como atenuante o fato ter estado num grupo, claramente mais
competitivo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Estamos perante uma “tripla”, pelo que tudo se resolverá nos
“detalhes”. Esperemos que um deles seja um CR7 inspirado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
ESPANHA – RÚSSIA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se tudo correr com normalidade, e apesar do “factor casa”, a
Espanha também parte como clara favorita nesta eliminatória. Na verdade, a Rússia,
soçobrou claramente, no único verdadeiro teste da primeira fase contra o
Uruguai.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A Espanha parte como clara favorita.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
CROÁCIA – DINAMARCA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O futebol de grande qualidade e eficácia, praticado pelos
croatas, um dos conjuntos que encerraram a primeira fase, só com vitórias,
deverá ser suficiente para uma Dinamarca, pragmática, mas com acções muito previsíveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quanto a mim, os croatas perfilam-se para serem uma das
grandes “surpresas”, deste campeonato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
BRASIL – MÉXICO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O México começou em alta e acabou em baixa a fase de grupos,
deixando poucas razões para acreditar que tem soluções para derrotar um
super-favorito Brasil, que apesar de ter contra, o comportamento egoísta de Neymar,
tem claramente mais argumentos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com grande dose de confiança, o Brasil, pode ir marcando o
hotel para a próxima fase.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
BÉLGICA – JAPÃO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
À Bélgica terá saído o brinde desta
fase de apuramento. O futebol não é uma ciência exacta, mas não acreditamos que
os Nipónicos tenham o mínimo de argumentos para esta talentosa selecção belga.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A Bélgica parte com uma dose muito elevada de favoritismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
SUÉCIA – SUIÇA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No jogo de menor cartaz destes oitavos-de-final, defrontam-se
duas equipas muito parecidas, embora a Suiça tenha individualidades mais
criativas do seu lado. Contudo, já assistimos (Suécia – México), como o
conjunto sueco pode ser terrível mente eficaz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Guardo aqui, uma pequena dose de favoritismo para o conjunto
sueco.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
COLÔMBIA – INGLATERRA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mais uma partida com forças altamente equilibradas, isto
apesar de estarmos perante duas equipas com características algo distintas. Os
colombianos, mais repentistas e imaginativos, os ingleses mais físicos, retilíneos,
mas, contudo, mais tecnicistas que em gerações anteriores. Vejamos se o facto desta
Inglaterra, não ter sido realmente posta à prova na primeira fase (a partida
com a Bélgica não contou), não lhe custará o apuramento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Outro jogo de “tripla”, com ligeiro favoritismo para os
ingleses.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Paulo Azevedo</div>
<b></b>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-49139063717241435972018-06-29T13:00:00.001+01:002018-06-29T13:01:43.875+01:00[10071] - CONTOS EM CRIOULO - 2ª PARTE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdKsesE5C4n5onF5YntOWHWiMhEpVLF7CO_cz7GBLMiVGomHFSuXLXbqe1h7HYvSqcZ4GgdIDBwZCWPCamj7VxOLg-iM9-0whyWH2aAWN5YN24dMPNQFNdf-D8NO4lA0JiGzpvgp7qSNY/s1600/tchutchinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="823" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdKsesE5C4n5onF5YntOWHWiMhEpVLF7CO_cz7GBLMiVGomHFSuXLXbqe1h7HYvSqcZ4GgdIDBwZCWPCamj7VxOLg-iM9-0whyWH2aAWN5YN24dMPNQFNdf-D8NO4lA0JiGzpvgp7qSNY/s400/tchutchinha.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">TCHUTCHINHA<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">(CONTINUAÇÃO)</span><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Naquêle nôte pességers en’pude dermi d’rivóde quêle
castigue que tava de riba de Crispin. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Tchutchinha, um mocreta mute mestóra que ta te v’rá sê
camin pe Dacár, f’cá pequentóde: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Cuitóde!, se Crispin en’tevêr quem por êle,
êl’ê<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muito bem capéz de torná v’rá pe Côbe-Verde,
i, inda temá castigue ne c’labôce. Um rapéz assim inda nôve, tchô de coraja
d’impeitá terra d’estrengêr, devia ser pertigide. Lá ne Dacár ele t’otchá lôg
trabóie i jé’le te podê jedá sê m~e tudes fim de mês. Menhá, sim, que nôs
d’simbarcá, m’ta bâ im cáta de sê ti:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">É um pècóde ninguém vèlê,le.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Pósse de mar tava te gripassá ne costóde déquêle navi
i já uns prescadôr que tava tê bem de Gorê, ne sês canôa, bâ tchegônde pa perte,
te perguntá s’êle en’dinha grôgue pe trocá pa pêxe. Nhô Tiôfe mandá pô pêpêl im
dias i, espôs de tude na fórma de lei, êle tive ordá pe daxá desimbarcá
pessêgêr. Assim que senal abri, quêle navi intchê de fí de Cóbe-Verde, uns te
pedi nutiça, ôtes te trèzê inc’menda, cada um te lêvá sê perênte que tinha
tchegóde, num brafunda de braça, tchôre i sodêde. Despôs contra meste bâ bescá
Crispin.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Bô tem denhêr pe pagá esse viaja?, g’rinha sim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Nõ senhor!, nhe ti Jõ tinha mandóde dezê qu’êle
tava pagá êi, ne Dacár. Cê derâ-me ba pa terra, qu’ hoje mesma nô ta bem trezê
conta desse passaja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Crispin, já-me ti te fezê demâs. D’êi de borde, bô
en’de sêi.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Menhá, na bóca da nôte, gente te levantá fèrre i bô
tem que v’rá pe Cóbe-Verde, pe p’liça temá conta de bô destine. Inda se bô
tevésse denhêr dêsse viaja, nhe Tiôfe ta fetchá ôie; assim êle te riscá mâs
prejuize.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Nunca Dês desimpará sês fi! Sô se m´fôr mute
meldiçuóde pe en’percê um alma de cridéde pe bâ na terra tchemá nhe ti Jõ, quê
p’êle bem velê-me! M’te bradá pe conciença de cês tude pe mí-ne tem que v’rá
ôte vez, pe bâ pená n’incristia de marga vida i cadêa. Cês tude vèlê-me p’amor
de Dês!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Foi nesse dezende-fêzende que Tchutchinha antrá ne
conversa: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Môce!, mim, ê que ti ta bâ ter c’bô ti. C’pitõ mas
lôg m’tê bem. Cê podé cunfiá nâ mim. Mim ê c’nhecida ne tude esse Dacár! M’tem
créte c’gente de q’lidéde. Nhe padrin ê Antône Alcantra; cê en’de c’nhecê-le?
Qónde te bem navi ê ne nha casa que português –de-lisboa te bem desprajá. M’tem
fama na tude esse Dacár!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Nha nôme ê Tchutchinha, lá des Fontaínha de Nª Sª de
Livramente<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">-- Nõ, en’de percezá mâs estóra! M’t’ estratá de saída
desse navi i q’ónde m’vrá m’qrê otchá esse trapaça resulvide.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Tchutchinha en’bêm nequêle datérde i nhô Tiôfo,
especencióde, mandá trancá novamente Crispin ne paiôl. Naquêle outrom dia, sôl
já te cambá na mar, gente de terra<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tinha
vinde<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pe despedí i trezê inc’menda pâ
sês famía. Um canôa bem te tchegá i trezê ne sê pôpa Tchutchinha, te çaná cúm
lence, sês ôie resguardóde c’uns ôcle escure.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Nome de M’rissentissima!, onde ti de Crispin?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Êle m’rrê esturdia, debóxe dum lingada de vapor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Dióbe d’inferne. Nôs tem que levá esse desgraçóde
na volta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Nhe Tiôfe, cê en’dí ta bâ levá côsa nenhuma! Cê ti
t’esquecê margura dum pobre que ti te fegí de sê terra, im cáta de trabóie
n’estrangêr, pur via de planeta mó ne sê rebêra de nescença. Ocê quê de nôsse
naçõ, cê tem alma i conciença de torná m’tê ne penitença um fí de Côbe-Verde?
Já cê esquecê tante precisóde te pedi ajuda? Cê ao mim ê honróde, sem vergonha
de dezê que mim ê mocreta limpa, sô de gente princepal ne suciadéde de Dacár,
ma mim ê incapéz de en’vèlê um cuitadin. M’espêra q’ômènes cê preduésse esse pêcador
i fezêsse um c’ridéde p’êle g’rentisse um pô pe sê m~e . D’onte pâ hoje m’temá
imprestóde, m’ganhá denhêr vive n’honra de nhô côrpe pe m’remésse esse despesa
de passaja de Crispin. Cê temá esse conta i Dês que dá ocê boa viaja, nhe
Tiôfe!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Mim ê limpa i honróde i cunecide ne suciadéde de tude
esse Dacár. M´’tem créte m’tem fiadôr qu’ê nhe padrim Antône Alcantra. Esse
denhêr foi ganhóde debóxe de goste de nhô côrpe. Nunca m’bençuá tante nhe
mucindéde c’mê desd’esse nôte, prequê m’jedá um fí de nhe legar otchá um greta
pe podê trabaá pe sê vida i leviá pena de sê m~e. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Cê mandá cumfrí esse dinhêr i soltá Crispin pe m’lêv’êle
pa terra! Dês e as alma santa tem que dá ocê boa vija ne mei desse mar, nhe
Tiôfe. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">L. Romano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">COLABORAÇÃO: DJEU</span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-27150086405117695862018-06-26T22:08:00.002+01:002018-06-26T22:08:36.197+01:00[10070] - CONTOS EM CRIOULO - 1ª PARTE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwjV1ttWDMylFXRF6YClxkKljKUatJ8ERspN0EwfYKRmheoDVxrG2Zs7MiKXVg2EpjcheqIZOpes2_13gd0vXf7AXd2XZsNO4M-ylcWNybpVGvhiOnwyj6FWZiIUqdKEmHoknimsXUbRk/s1600/tchutchinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="823" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwjV1ttWDMylFXRF6YClxkKljKUatJ8ERspN0EwfYKRmheoDVxrG2Zs7MiKXVg2EpjcheqIZOpes2_13gd0vXf7AXd2XZsNO4M-ylcWNybpVGvhiOnwyj6FWZiIUqdKEmHoknimsXUbRk/s400/tchutchinha.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt;">TCHUTCHINHA<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
CONTO:
Linguajar caboverdiano da Ilha de Santo Antão / Extraido do “Negrume”<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Já
aluz de porte de Dacár ta te parcê naquele bóca da nôte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Túdes pessêgêr dexá sês legar pe bem temá fê de
nutiça. Nhe Tiôfe metê ne sê japona, infiá sê barrête i mandá p’inclercê farôl
de prôa pe seg’rança de sê navi. Ele tava tê bem de Semecente c’rregóde de
gente. De Dacár quele viajá tava continuá p’a Costa., tê Bissau. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Assim c’m’ assim, sô naquêle ótrum dia ê qu’êle táva
antrá pe largá férre. P’rinquênte êle tinha que guentá véla, te bordêjá i
perveitá algum rofêga pe tchegá mas perte de terra, que gente inda en’dá t’oiá,
ma ôie ta dev’nhá pe quêle nóda escure que tava te lemiá quês luz de farôl na costa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Êle tch’má contra-mêste i êle dá órda pe pôve bésse pe
sês legar no prõ, i en´destrovésse marnhêr trofêgá, nem trepaésse mendamente na
hora de bordada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Foi assim: que pe móde êle ter ingatóde ne pertalôa de
cambra de c’pitõ, que quêle môce de Sentantõ bem num cuncluta espancá de riba
de nhô Tiôfe. Bordada foi demâs i luz tava pagóde naquele cónte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Iszus! Nome d’Iszus, quem ê bô criatura?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Cê perdoê-me! Nha nome ê Crispin dus Santu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Crispin dus Santu? Bô ê pessêgêr?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- M´ti ta bem pe Dacár ter c’nha ti Jõ.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Vigia!, tchmá contra-mêstre p’êle trêze um lempiõ i
dôs mar’nher pèquê nôs te c’um desgraçóde fegide!, nhô Tiôfe ba te dezê já
sujeitónde quêle dióbe pe catchóce, num dataria de desofôr i meldeçõ. Árra c’u
dióbe!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt;">Crispin foi
sujegóde i éntes quês metêsse êle p’plôit na côrpe êle tive que descubri_ --
que sê ti jõ ranj’êle carta de chamada, ma que félt’êle recurse pe comprá
passaja i destratésse de p’ssaporte pe Dacár. Êle tinha preveitóde daquele navi
ne Semecente, onde êle gátchà ne p’rõ, de nôte ne mei d’ôtes pessêgêr. Espôs,
sempre escundide num atóde de culchõ, assim êle guentá; tê que quele pôve en’dá
pe êle ,te <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>t’m’éle tembê p’um pessêgêr.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- I vames a vêr um côsa, pequê bô fegi?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Pequê m’tinha caíde-na-sorte i mí-ne q’ria dexá
nhã<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>m~e –vêa sem um ajuda d’um vintem de
Dês.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Bô ê de Sentantõ?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Mí ê, nhe Tiôfe. Nhe pépé era cunecide pur Ontône
Meguêl dus Santu; ele tinha side cóbe-chéfe ne R’bês’Alta, terra de tude nhe
naçõ de famía. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- M’oiá lôg que bô era gente de Sentantõ! Terra de
pôve mas lançóde de mundo! Nunca vi!, te tchegá estebaquêróde, t’antrá num navi
alheie sem pedi lecença, te f’cá imberóde na funde de p’rõ, n’industra de pendê
p´estrengêr, sem veluá tramóa qu’êle te bem ranjá menhá céde ma guarda de
c’petanía de Dacár. Sem sebê qu’esse navi ti ba ser multóde, n’imperpine de
f’cá de corentêna, esse carga de riba de nha lombe, pequê mi qu’ê responséve.
Árra c’u dióbe!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- M’oá lôg que bô era de quêle terra de Sentantõ: sem
méde, sem fiança i sem p’ssaporte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Pur uvir a dezêr cê tembê cê ê d’alá!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Ni ê de banda de Senagóga, ne Rebêra Grânde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Nhe Tiôfe, m’te pedi ocê pêrdõ! Inda m’tem quem pur
mim ne Dacár. Em tchegónde m’te mandá rècóde i nha ti Jõ te bem bescâ-me, te
pagá fiança i cê te dexâ-me bá pa terra ganhá um ajuda pe-me mandá nha m~e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que f’cá ne deficuldéde. M’incostá n’ocê
pèquê me sube que cê era de Sentantõ. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Ondê que te morá bô ti Jõ? C’me sê nome intêr?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Morá mí-ne sébe derei temente. Na êle ti te vevê êi
ne Dacár, dias-há! Sê nome ê Jõ Meguêl dus Santu. Nesse navi tem cristõ que
sébe donde êle t’assistí. Ê sô mandá recóde menhá, qu’êle méme te bem tema
conta de mim. Cê jedé-me, nhe Tiôfe! M’te f’cá ingregonhóde lá funde de p’rõ, i
q’onde/ p’liça ba’mbôra, mite fiança ocê nhô mo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de palavra que mí-ne da ba intojá sê vida nem
sê trabóie.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Môce!, dexá de cunfiadeza d’inchené-me nhes
ubrigaçõ. Dexá de ser/tchefre! Contra-meste!, cê manda ftchá esse lançóde ne
paiôl de convês, tê m’resolvê sê destine, depôs de vezita de c’petania, manhá
céde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">(CONTINUA)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">COLABORAÇÃO: DJEU</span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-60441650268763512032018-06-26T00:04:00.000+01:002018-06-26T11:58:43.119+01:00[10069] - CAMPEONATO DO MUNDO DE FUTEBOL - II<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ZNRDAoAZdJ2TFc-NhkPPMYTv3F-05bAxpA6QUfliGj12KTho307WeYFuR4RaCO5EJhkRM6lPBW03hTSmRvFk8pVMO9jEjQ95hniGI5Sil19OePfah9yL5c60g4Sn94vsxcFhiz9THO0/s1600/quaresma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ZNRDAoAZdJ2TFc-NhkPPMYTv3F-05bAxpA6QUfliGj12KTho307WeYFuR4RaCO5EJhkRM6lPBW03hTSmRvFk8pVMO9jEjQ95hniGI5Sil19OePfah9yL5c60g4Sn94vsxcFhiz9THO0/s400/quaresma.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">25 JUNHO - RICARDO QUARESMA - RÚSSIA 2018</span><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Portugal nos Oitavos</span></div>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
Com uma magistral "trivela", ao minuto 45, Ricardo Quaresma, pôs Portugal na frente do marcador na partida desta noite contra o Irão, e que encerrava a participação de ambas as equipas na fase de grupos do Campeonato do Mundo.<br />
<br />
Ao Irão era obrigatório ganhar, para almejar a próxima fase, à equipa da quinas, bastava o empate, ficando a ideia que o seleccionado, tinha ordens para adormecer o jogo, e foi o que fez na maioria do tempo, com posse de bola, mas sempre muito longe da área adversária.<br />
<br />
Faltou à equipa das quinas, matar o jogo, como se diz em linguagem futebolística, quando Cristiano Ronaldo falhou a conversão de uma grande penalidade aos 52 minutos, este factor revelou-se num verdadeiro tónico para a equipa do Irão, que ganhou confiança e se lançou ao ataque.<br />
<br />
Nessa fase, ficou patente a nossa incapacidade de construir jogadas de perigo em transição, de forma a aproveitar o maior balanceamento dos iranianos. Houve uma maior pressão sobre o nosso meio campo e defesa, mas temos que destacar neste particular, a assombrosa exibição de Pepe, um muro intransponível!<br />
<br />
Diga-se que tivemos demasiadas intervenções do VAR, num jogo muito quezilento, principalmente por parte do conjunto treinado pelo português Carlos Queiróz, os iranianos tanto se queixaram do VAR, que lá conseguiram arrancar, em período de descontos (93 minutos), uma grande penalidade (quanto a mim inexistente), e que trouxe, o já habitual final dramático das partidas do conjunto de Fernando Santos.<br />
<br />
A melhor notícia é que o empate chegou para passar aos oitavos-de-final da competição, onde vamos encontrar o Uruguai.<br />
<br />
A Espanha, mercê do empate tardio que conseguiu contra a surpreendente Marrocos, qualificou-se em 1º lugar, no grupo de Portugal e vai defrontar a Organizadora, Russia, na próxima fase.<br />
<br />
O Irão e Marrocos terminam assim a sua participação no Campeonato do Mundo de Futebol - Russia 2018.<br />
<br />
É permitido sonhar mais um pouco, até ao próximo sábado... pelo menos!<br />
<br />
Paulo AzevedoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-25278265344647345562018-06-24T15:10:00.000+01:002018-06-24T15:10:35.370+01:00[10068] - OS DEGREDADOS <br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 200%;">DEGREDADOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ8Om7sRjZbbGh1Ev2QedbS-Nx5UrgtUCZu4qCJi_blgCKJRkv_lrZHkUTxvohhJWeWN_BjFT8Jp5kOmrRjOO1UbShyCTb8GLPCVJO4aTQgY3ZTgjjSExtBoZULq5Zk_XQLjHfykaSBvM/s1600/degredados.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="626" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ8Om7sRjZbbGh1Ev2QedbS-Nx5UrgtUCZu4qCJi_blgCKJRkv_lrZHkUTxvohhJWeWN_BjFT8Jp5kOmrRjOO1UbShyCTb8GLPCVJO4aTQgY3ZTgjjSExtBoZULq5Zk_XQLjHfykaSBvM/s400/degredados.jpg" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 200%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Foi numa madrugada de janeiro melancólica e lúgrebe
com um carme dantesco. Sob uma chuva miúda e fugida entre duas filas de guardas
de baioneta armada, marcham para o cais os degredados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Na rua erma e gélida qual catacumba em que a romper o
silêncio apenas ressoava o passo regular da soldadesca, um taberneiro
madrugador abria a loja, especava-se depois entre portas a ver desfilar aquele
cortejo de desgraça e, erguendo o braço espalmando a mão suja murmurava rindo
alvarmente:-- “ São vadios…”. E eles os párias que a justiça proscrevia,
passavam cabisbaixo e andrajosos dardejando olhares de fome.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Eu, quedei-me a examinar esses presos dos quais apenas
uns seis, de melenas e ar gingão inspiravam asco; a maioria dos da leva uns
vinte talvez, tinham o tipo d’operários sem trabalho e caminhavam com uma
atitude de verdadeiras vítimas da imperfetibilidade social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Horrorizava ver, numa selva de baionetas, marchar para
a morte lenta ou para o vício, esse contingente do grande exército dos sem pão;
e levavam o sinete do vilipêndio, esses desgraçados que poderiam ser cidadãos
honestos e generosos. O taberneiro o dissera! Eram vadios…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">****<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Chegada ao
cais a força fez alto, uniu as fileiras, e as coronhas da Mauser batendo
pesadamente no solo produziram um som cavo e profundo como um dum rumor
subterrâneo; as águas barrentas e revoltas do rio batiam numa fúria impotente
contra a muralha do molhe e, de lá em baixo, fortemente atracado, o rebocador
bambaleava-se galhardamente de popa à proa esperando fumegante o momento de
conduzir os presos para o paquete.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">-- Agora, no cais procedia-se à chamada; um sujeito
grave, de certa idade bradava já em voz irritante o último nome da lista que
tinha na mão: “ João Maria”, pronto! Disse um rapaz ainda imberbe que chorava
em silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Uma mulherzita sua conhecida que chorava a meu lado
contou-me a sua história. Ele era enjeitado, aprendiz de carpinteiro, um dia
despediram-no e o pobrezito, depois de procurar em vão em que ganhar a vida,
viu-se sem dinheiro e sem abrigo e passou a dormir nas praças públicas; foi
preso várias vezes; por último deram-lhe parte e agora lá o mandaram para essas
áfricas …<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Afastei-me
confrangido ao ouvir esta história que tinha tanto de singela como de trágica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">E enquanto os
clarins dos navios de guerra tocavam a alvorada n’um tom plangente e triste
como uma marcha fúnebre, a bordo do rebocador, esse contingente do grande
exército dos sem pão dispunha-se de lágrimas nos olhos e coração opresso a
partir para a morte ou para depravação se não morressem pelas febres
aprenderiam a ser criminosos! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Eram vadios….<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Armando D’Aquino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Em “ A luz” Lisboa, 25 janeiro de 1909<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Nota: - <b>“ <i>Cabo Verde – A deportação portuguesa para
Cabo Verde parece ter sido verdadeiramente significativa no século XIX. De
acordo com os dados de António Carreira, foram deportados para o arquipélago
2.433 condenados, dos quais 81 mulheres”<o:p></o:p></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><i><span style="font-size: x-small;">COLABORAÇÃO: DJEU</span></i></b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-83273649412762413322018-06-21T12:00:00.000+01:002018-06-22T18:27:26.715+01:00[10067] -CAMPEONATO DO MUNDO DE FUTEBOL - I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIm46v-Im1G0RBpMP6yJ5ia774eM7IlOfcn931vcWep97hCoNGT7lDI3-SxemcT8nV1_c46BFpXrK1F3ywzkQsQuJdRv1WBggXwvKXJYZ6MCJociP7WErsdsWHPgYhwaxfkUWlcoXUjL4/s1600/russia+2018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="149" data-original-width="339" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIm46v-Im1G0RBpMP6yJ5ia774eM7IlOfcn931vcWep97hCoNGT7lDI3-SxemcT8nV1_c46BFpXrK1F3ywzkQsQuJdRv1WBggXwvKXJYZ6MCJociP7WErsdsWHPgYhwaxfkUWlcoXUjL4/s400/russia+2018.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
ANÁLISE GERAL - 20 JUNHO </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO A<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Rússia</b> – Ganhou
confiança com a goleada da estreia, não tendo ainda sido posta realmente à
prova. Não me parece com tarimba para muito mais, contudo o facto e jogar em
casa, pode ser galvanizador.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Arábia Saudita</b> –
Claramente uma das mais frágeis seleções do torneio. Alguma técnica, mas pouco
mais.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Egipto</b> – Com a
estrela, Salah, em défice físico, e a derrota a abrir, as coisas ficaram muito
complicadas, para uma seleção que prometia fazer uma gracinha.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Uruguai</b> – Sem
grande brilhantismo, mas com competência suficiente para passarem á segunda
fase. Não nos parece uma equipa talhada para grades surpresas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO B<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Portugal</b> – Uma
entrada em bom plano e um apagão de ideias, uma equipa deprimida e muito
previsível. Se não mudar os seus processos, será mais uma desilusão para os
fans de Ronaldo, que parece estar muito mal acompanhado.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Espanha</b> – Até ao
momento, a equipa que praticou o melhor futebol, confirmando o seu estatuto de
favorita. Uma equipa experiente e muito rotinada, vai ser difícil bater esta
Espanha.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Marrocos</b> – Uma
equipa bem arrumada e altamente competitiva. Pode-se queixar de alguma falta de
sorte, mas de qualquer forma, no futebol é preciso concretizar. Deixou contudo,
uma boa imagem do seu futebol.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Irão</b> – Bem
arrumada defensivamente, mas com carências notórias, quando se torna necessário
atacar, coloca-se em posição de ser a equipa que vai decidir sobre a
classificação do grupo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO C<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">França</b> – Uma
entrada tímida, mas com um potencial que convém confirmar. Grandes
individualidades que ainda não acertaram como equipa. esta França não deixa de
ser uma das mais fortes candidatas.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Austrália</b> – O seu
estilo de jogo direto e muito físico, deixa antever grades dificuldades para
todos os que os defrontarem, no entanto, não nos parece ter ainda consistência
para almejar chegar a uma fase mais adiantada.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Perú</b> – Uma equipa
com um futebol alegre e de ataque, no entanto, pareceu faltar alguma
experiência destes palcos, num grupo muito equilibrado, vai ter a vida muito
difícil.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dinamarca</b> – A
experiência e competência, são adjetivos que colam bem com esta equipa muito
compacta, complementada com elementos que podem desequilibrar, é uma seleção
talhada para fazer a vida difícil a qualquer adversário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO D<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Argentina</b> –
Quando o seu astro Messi, não acerta, a equipa fica órfã de ideias, vida muito
complicada para a seleção da Pampas, que teima em não acertar como equipa.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Islândia</b> – Um pouco á imagem da Austrália,
mas neste caso, com ideias de jogo mais concretas. Á imagem do Euro 2016, já
provou que pode ainda causar alguma contrariedade aos favoritos à passagem no
seu grupo.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Croácia</b> –
Recheada de nomes sonantes, que jogam nas principais ligas europeias., esta
seleção tem tido, contudo, alguma dificuldade em afirmar-se, estamos sempre à espera que apareça a interpor-se entre as mais cotadas, veremos se é desta.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nigéria</b> – Um
começo em falso para a seleção mais cotada de África, e o facto de estar num
grupo muito equilibrado, vai tornar a tarefa de passagem á próxima fase, numa missão
muito difícil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO E<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Costa Rica</b> – Como
em outras situações, vem de um grupo de apuramento, onde os competidores, estão
num nível médio inferior às restantes confederações, pelo que mostra quase
sempre o mesmo déficit competitivo. Para além do mais, ficou num grupo forte,
onde as suas hipóteses são pouco mais que nulas.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sérvia</b> – Outra
equipa recheada de excelentes individualidades, mas onde parece faltar ainda
alguma consistência coletiva. Parece-nos tarefa muito difícil, contrariar o
favoritismo da Alemanha e do México.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Brasil</b> – Um
futebol demasiado redondo e algo fulanizado, pode deitar tudo a perder, para
uma das mais interessantes gerações de futebolistas brasileiros das últimas
décadas. Vamos ter que esperar pelo segundo jogo, para aquilatar da real
capacidade competitiva desta equipa, o que passa por termos um Neymar mais
solidário.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Suíça</b> – Uma
equipa sem grandes individualidades, mas muito arrumada, que tornou a vida do
Brasil muito difícil na primeira jornada. Cremos que discutirá a palmo, a
qualificação com a Suécia e o Brasil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO F<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alemanha</b> – outra
entrada em falso de um crónico favorito. No entanto, e pela inegável qualidade
da equipa, se não se agudizarem alguns dos problemas internos, continuará a ser
um dos principais candidatos à vitória neste mundial.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">México</b> –
Surpreendeu a capacidade de anular a equipa alemã na primeira jornada, mas a
verdade é que estamos a falar de um coletivo que já tem muita experiência
internacional, e que está muito rotinado. Será com certeza uma equipa para
chegar a uma fase mais adiantada da competição.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Suécia</b> – Uma
seleção que já nos habituou a atuar como um pendulo. Na linha de outas seleções
escandinavas, será sempre um oponente desconfortável. Contudo, não lhe vemos
qualidade suficiente para ir além da segunda fase.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Coreia do Sul</b> –
Um estilo muito próprio e alguma qualidade técnica, ainda não são suficientes
para esta seleção almejar a mais do que uma passagem pela fase de grupos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO G<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bélgica</b> – Uma das
seleções mais prestigiadas do certame, fruto da sua história recente e da posição
no ranking. Contudo, demora em confirmar aquela, que para muitos, é a mais
dotada das gerações de futebolistas Belgas, esperamos sempre ver um pouco mais.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Panamá</b> – Uma
passagem pela fase de grupos, e pouco mais se espera desta equipa de completos
desconhecidos do planeta do futebol. Se conquistar algum ponto, será com
certeza um feito assinalável.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tunísia</b> – Assim
como as suas congéneres africanas, subiu um patamar na qualidade de jogo,
contudo, parece-nos que ainda lhes falta a necessária experiência destes palcos,
para poder sonhar com algo mais.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Inglaterra</b> –
Desde 1966 que esperam por algo grandioso, no entanto, e apesar de estarmos
perante uma equipa recheada de excelentes executantes, não nos parece que
tenham futebol suficiente para altos voos. passará sem problemas a fase de
grupos, porque está num grupo claramente acessível.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GRUPO H<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Colômbia</b> – Está
inserido num grupo onde partia como claro favorito, mas fruto da escorregadela
inicial, ficou à mercê dos sortilégios de um dos mais equilibrados e imprevisíveis
grupos.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Japão</b> – Com
aquele espírito lutador e alguma capacidade técnica, este japão tem vindo a
crescer, de participação em participação. O empate com a Colômbia, estará
intimamente ligado ao facto de esta ter jogado em inferioridade numérica, quase
toda a partida, mas diga-se, que por culpa própria. Será a equipa capaz de
desempatar o grupo? veremos!<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Polónia</b> – A sua
estrela, esteve meio apagada na primeira contenda, contudo é uma equipa com
excelentes argumentos, mas com um plano de jogo sempre muito linear, estamos em
crer, que esta previsibilidade não a deixará ir muito mais longe.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Senegal</b> – Um bom
começo da seleção africana que já tem no currículo uma vitória a abrir com a
França. Muito fortes estes senegaleses, são claros candidatos a passar à
próxima fase, mas não terão ainda argumentos para muito mais. <o:p></o:p></div>
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-61956092131106837042018-06-20T22:36:00.000+01:002018-06-20T22:36:19.915+01:00[10066] - CONVERSAS COM O MONTE CARA - I<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“FALA” COM
MONTE CARA</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6aQYjuJry66IWiFOGHMMwXmbtBEdwBuQLyGDABYmBrIXWCwLzJp8rh2J8bUAegz1UG9of9aE6CfUxNbkd82hCjGNd_fNTE64JB2imyt76txaAD6tBJyxfp_CeqsUYa2Isxjrdu7yCJ-o/s1600/MONTE+CARA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="189" data-original-width="394" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6aQYjuJry66IWiFOGHMMwXmbtBEdwBuQLyGDABYmBrIXWCwLzJp8rh2J8bUAegz1UG9of9aE6CfUxNbkd82hCjGNd_fNTE64JB2imyt76txaAD6tBJyxfp_CeqsUYa2Isxjrdu7yCJ-o/s400/MONTE+CARA.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-- Cmód bocê stá?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-- Fóra quel dorzin na costa… óli’m tâ
bai….<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-- Mninin de
Deus, diazá bô câ dá’m um falinha…<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-- Cmô bô
sabê, és vida câ stâ fass…. <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-- Nim pâ mi
nim pâ bzôt… <o:p></o:p></span></span></b></div>
</div>
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">--
Mi’m bem de propozit dá um brasa e mostrá ês fotografia antig de Porto Grande…</span></span></b><br />
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-- Rapáz que temp sabê… sin falta de trabái… Tcheu
navio de tudo nason!</span></span></b><br />
<b><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG5-ZTBgFJG8kfXMWCvUSJuyIpG0xBfPpYCl0_0WLh9Fy2c9wGANT6LJ9STOzhFMXhRhVRUf0yt_0dpYtrGGksQUq1aXSeOPDM9xqODropTB9kn2Y_iVVYOmibmWSwP1Dw2uFdRC_byy8/s1600/MONTE+CARA+ANTIGO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="718" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG5-ZTBgFJG8kfXMWCvUSJuyIpG0xBfPpYCl0_0WLh9Fy2c9wGANT6LJ9STOzhFMXhRhVRUf0yt_0dpYtrGGksQUq1aXSeOPDM9xqODropTB9kn2Y_iVVYOmibmWSwP1Dw2uFdRC_byy8/s400/MONTE+CARA+ANTIGO.jpg" width="400" /></a></div>
<b><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b>
<br />
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-- Mont Cara
dzê clarin pâ tud mund…<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ovi:- Tem um
mont marinhêr na cidade…Bô câ maginá! Lá na Lombo, anton, era negóce de tud
spêce que bô podê pensá! Descontód uns briguinha mód uns groguin d’màs, era
temp d´ligria de pôv!....</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-small;">COLABORAÇÃO: DJEU</span></b></div>
</div>
<b><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"></span></b>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-84681797654487745932018-06-01T14:38:00.000+01:002018-06-01T14:38:10.074+01:00[10065] - O DIA DO JOSÉZITOPai,<br />
<br />
Neste que será sempre o teu Blog, não poderíamos deixar passar em claro, tamanha efeméride. O nosso amigo TÓZÉ, enviou-nos um "belo desabafo", que com a devida vénia, tomo a liberdade de partilhar com outros amigos... Ergamos então os nossos gins e brindemos!!!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNoF6z5cy6llHPuL79nnj6pPaWHAaIULz79SpOfGcYLyTVFLJrzy3_48EBRY1SB5zMO2pTzpZrgHHC1-pfZXLMjyemSs1giD6vNZ2YFu8blWzleQX1Qwgxb9Ls1ko_JFu1UZf6i2urbaE/s1600/arco+iris+no+c%25C3%25A9u.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="259" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNoF6z5cy6llHPuL79nnj6pPaWHAaIULz79SpOfGcYLyTVFLJrzy3_48EBRY1SB5zMO2pTzpZrgHHC1-pfZXLMjyemSs1giD6vNZ2YFu8blWzleQX1Qwgxb9Ls1ko_JFu1UZf6i2urbaE/s400/arco+iris+no+c%25C3%25A9u.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Olá Grande Chefe,</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Espero que estejas bem (nunca te tratei por “tu", mas como nos conhecemos há 40 anos, dou-me agora a essa liberdade! ), porque nós ansiamos o teu regresso desta viagem que, convenhamos, já se alongou demasiado!...</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Mas já que resolveste ficar desse lado, cabe-nos aceitar… Falo no plural, porque a Rosário sente o mesmo. Olha, ela está a mandar-te um beijo e um braça, daqueles que só tu sabes dar e receber. Está ali sentada a beber um gin tónico. Como sabes, ela diz que foste tu quem a ensinou a gostar desse mix.</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Sabes, em 2016 eu também quis fazer a viagem, mas o teu filho não deixou… Agora estaríamos os dois a degustar um qualquer “são brás", sem correrias, preocupações, desilusões, tristezas, perdas… Enfim… felizes!</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Feliz estarias tu se o nosso Sporting não se tivesse tornado num “monte escatológico" de “gente” que derivou da normalidade para caminhos ínvios, desnorteados por carácteres oprobriosos…</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Natural, isso sim, é o facto de ausente estares e seres presente. No tempo, que agora é todo teu, estás no nosso. Nos diversos brindes, nos gestos que ensinas, na gargalhada que se ouve e nos abraça; nos locais onde não vais, mas onde te evoco e Lhe peço para que continues bem…</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">No nosso presente, continuas a ser um presente que temos, daquele tipo que não cabe sob a copa de qualquer árvore de Natal. Estás presente a cada gesto e passado … só se for o tornedó…</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Estive muito tempo ausente no que concerne a esta exteriorização de sentimentos e tenho alguma dificuldade em ver a Maiúca. </span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Contudo, tu sabes que falo muitas vezes contigo, não é verdade?!... </span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Sem mails, facebook, whatsapp, esta carta vai selada com a vontade de te rever.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Porque não apareces para fazer um bacalhau à Zé do pipo?</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Não esperes pelo dia em que for ter contigo … aparece… Serás sempre bem-vindo!</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">Até já!</span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: start;">TZ</span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-71022627173801297922018-05-31T23:47:00.000+01:002018-05-31T23:47:02.308+01:00[10064] - PEDRA DE NOSSA SENHORA - SANTO ANTÃO<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt;">RIBEIRA DO PENEDO
-- ROCHA SCRIBIDA<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14.0pt;">SANTO ANTÃO<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;">“…. Baltazar
Lopes da Silva, em carta remetida a Arnaldo França, e que este deu a conhecer
num artigo editado em 1999 na revista “EKOS do PAÚL”, embora assumindo-se como
um “ epigrafista menos que amador”, opta pela tese de se tratar de uma
inscrição de portugueses, eventualmente dos primeiros navegadores que aí
aportaram.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;">Baseando-se
nos conhecimentos que adquirira no curso de românicas concluído em Lisboa, o
escritor identifica palavras portuguesas. “Diogo” e ao pé da cruz Antº
(António) a fez”, e ainda uns caracteres “XPTO” que admite serem uma
abreviatura de “Cristão” …”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">IN – “Noticias lusófonas” – 18 Nov. 2003<o:p></o:p></b></div>
<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXdge8_F9w88-TNwltymNBJoFAx4QzaDSTPpfpvPD0ivmJ5YDkjzIBhc5vANgiAhTUTRAASzIuySM-2y6Qh5gXkUTrqdl1GZmBBP_5ahCQ4pFfiDKLRJ3_-dUnRcI2aSuYfjQndO06mo8/s1600/PEDRA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="588" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXdge8_F9w88-TNwltymNBJoFAx4QzaDSTPpfpvPD0ivmJ5YDkjzIBhc5vANgiAhTUTRAASzIuySM-2y6Qh5gXkUTrqdl1GZmBBP_5ahCQ4pFfiDKLRJ3_-dUnRcI2aSuYfjQndO06mo8/s400/PEDRA.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Há algum </b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tempo denunciamos este “crime”…. </b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Voltamos para perguntar
se já foi restaurada?!</b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: left; text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: x-small;">COLABORAÇÃO: DJEU</span></b></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-88331489022741357732018-05-27T23:21:00.000+01:002018-05-29T19:13:51.467+01:00[10063] - AREIAS DE CABO VERDE - HISTÓRIA<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrONoyUdQkXoLYGnpurP9ujkxsUoZCztYT2OJ33exYgaFfF1FJfmBzzki9ABa2wSL9Mrk9xvgj1WhzQUn4f7fgRIdfYwEWdxlpGgC_7pE_Kqmbd7eL6qx1CKUUuaaHbdLVj2VqFDFV3XE/s1600/e%25C3%25A7a+queiroz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="259" data-original-width="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrONoyUdQkXoLYGnpurP9ujkxsUoZCztYT2OJ33exYgaFfF1FJfmBzzki9ABa2wSL9Mrk9xvgj1WhzQUn4f7fgRIdfYwEWdxlpGgC_7pE_Kqmbd7eL6qx1CKUUuaaHbdLVj2VqFDFV3XE/s1600/e%25C3%25A7a+queiroz.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">EÇA DE QUEIROZ</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh82l8am2NPzbgLMpdqNR6TJpyLlzrNeOGyxKZHTjjlYt19Vlis55ssdwT7q3P14Rgvm_U4aT2i59zS9QlYFGrUXWRGjFVcLgUAYnotWbbezPjWoZJdJd1EujP5VarsWn8KS17sQdPABAs/s1600/areia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="473" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh82l8am2NPzbgLMpdqNR6TJpyLlzrNeOGyxKZHTjjlYt19Vlis55ssdwT7q3P14Rgvm_U4aT2i59zS9QlYFGrUXWRGjFVcLgUAYnotWbbezPjWoZJdJd1EujP5VarsWn8KS17sQdPABAs/s320/areia.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">AREIA DE CABO-VERDE</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">…” Tendo
deixado de falar para resolver, o actual sr. Ministro da marinha nem fala nem
resolve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O parlamento
fechou-se sem que sua ex.ª lhe apresentasse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O orçamento
do ultramar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: 12.0pt;">O relatório
do seu ministério.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: 12.0pt;">O
mais simples e exíguo projecto de lei. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Da actividade com que sua ex.ª ocorre ao expediente
dos negócios pendentes da sua secretaria, daremos ao leitor uma ideia contando
uma história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">À exposição de Paris de 1867 mandou um habitante do
arquipélago de Cabo Verde uma amostra das areias daquela costa. Examinou em
Paris as referidas areias, a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">École</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">des arts et des métiers</i>, e em Lisboa a
sociedade farmacêutica. Averiguou-se então que a areia das costas de Cabo Verde
continha partículas de ferro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Há tempos a casa A. Dubois & C.e, de Rouen, tendo
catorze navios em navegação entre o nosso arquipélago e os portos europeus,
lembrou-se de pedir ao governo português licença para exportar, como lastro, a
areia de Cabo Verde, pagando ao governo a quantia que ele arbitrasse a cada
tonelada de areia, e obrigando-se a casa Dubois a fixar o mínimo das toneladas
exportadas, a fim de que o governo pudesse desde logo fixar no orçamento do
estado esta nova receita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Um amigo nosso, o sr. Regnauld, sócio da casa Dubois,
negociantes milionários, cuja respeitabilidade foi afiançada em Lisboa pelo
próprio sr. Thiers, o sr. Regnauld dizemos, veio pessoalmente a Portugal tratar
do negócio, e expô-lo em toda a sua simplicidade ao sr ministro da marinha. S.
ex.ª mandou ouvir a junta consultiva do ultramar. Esta deu o seguinte parecer
sibilino:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Que, havendo aço na areia de Cabo Verde, e sendo o aço
um metal, a exportação da sobredita areia se deveria regular pela legislação
das minas!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span><span style="font-size: 12.0pt;">Legislação
das minas era muito menos lucrativo para o governo e muito menos dispendioso
para a Casa Dubois, o nosso amigo Regnauld apressou-se a declarar que aceitava
o contrato nas bases da legislação que se lhe inculcava. Considerada porém a
areia de Cabo Verde como se fosse uma mina, era preciso: saber quem tinha
descoberto a mina; registar a mina delimitar a mina; etc., etc. – o que tudo se
tornava bastante difícil de se fazer – não havendo mina. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">De sorte que, tendo-se primeiramente decidido, sobre a
praia, que a praia se considerasse mina, resolveu-se depois sobre a mina, que a
mina se considerasse praia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">O Sr. Regnauld apresenta-se, pede, suplica, exora: --
Meus senhores, considerem a areia como muito bem quiserem, considerem-na praia,
considerem-na mina, considerem-na pano cru, considerem-na óleo de mamona, mas
respondam-me uma coisa: digam-me sim ou digam-me não, como lhes aprouver, mas
respondam-me por quem são, porque eu estou aqui a morrer de calor e de tédio, e
quero ir-me embora para casa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Tal tem sido em cada dia a linguagem do nosso amigo, o
qual está em Lisboa há noventa dias: O seu requerimento foi apresentado há dez
meses!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">Não se lhe responde nada, senão que se está meditando
o assunto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">IN- FARPAS- EÇA DE QUEIROZ – RAMALHO ORTIGÃO <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;">COLABORAÇÃO - DJEU </span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-68810626419019031332018-05-15T21:53:00.002+01:002018-05-15T21:53:47.566+01:00[10062] - UM PROTESTO SENTIDO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3yM7AdNnhwtpxlZyEL7i0XhLh3AaqsMwa8Z3z6rdIvegl1OxcSS7d_bBofuJQHE5ziV27MVQZV-qhxVAk9OJAA5C-SQS7vXOUS95hHNfUK9hnl0A6dtgc6xoJEvIau3ZTnhGFBkeKgqs/s1600/Capturar.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="469" data-original-width="481" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3yM7AdNnhwtpxlZyEL7i0XhLh3AaqsMwa8Z3z6rdIvegl1OxcSS7d_bBofuJQHE5ziV27MVQZV-qhxVAk9OJAA5C-SQS7vXOUS95hHNfUK9hnl0A6dtgc6xoJEvIau3ZTnhGFBkeKgqs/s400/Capturar.PNG" width="400" /></a></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-66581610024183272852018-05-09T21:19:00.003+01:002018-05-09T22:29:34.725+01:00[10061] - A DESCOLONIZAÇÃO - CABO VERDE VI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeGL9plcYsTnPF71mjYydDvlScfhRhJhj5YQMLCj_Uq62OVIFfcJQo-YELj2MglTx-cd46Kd3TMsQQG3bdNgV_njktwLDLRF6aPj4_c9UQxlpYGONZkXrrCfqeP-6T6mZBD_8yI8_6GfQ/s1600/arq+cabo+verde.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="297" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeGL9plcYsTnPF71mjYydDvlScfhRhJhj5YQMLCj_Uq62OVIFfcJQo-YELj2MglTx-cd46Kd3TMsQQG3bdNgV_njktwLDLRF6aPj4_c9UQxlpYGONZkXrrCfqeP-6T6mZBD_8yI8_6GfQ/s400/arq+cabo+verde.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">O Governo de Transição </span></b></div>
<br />
O Governo de Transição tomou posse a 31 de Dezembro de 1974, na cidade da Praia. Foi constituído pelo Alto-Comissário, Almirante Vicente Almeida d’Eça, pelo Major Manuel Vaz Barroso (Ministro da Administração Interna), tenente-coronel Vasco Wilton Pereira (Ministro do Equipamento Social e Ambiente), e da parte cabo-verdiana, nomeados pela direção do P.A.I.G.C., os Drs. Carlos Reis (Ministro da Justiça e Assuntos Sociais), Amaro da Luz (Ministro da Coordenação Económica e Trabalho) e Manuel Faustino (Ministro da Educação e Cultura). 56<br />
Logo no mês seguinte à tomada de posse do novo Governo, o Alto Comissário Almeida d’Eça expôs da seguinte forma às autoridades portuguesas a situação económico-social que o arquipélago então enfrentava:<br />
“(…)<br />
Não constitue, por certo, surpreza para ninguém se vos disser que o Governo de Transição veio encontrar uma situação alimentar e uma situação financeira extremamente difíceis.<br />
Falando unicamente em géneros essenciais, as existências em açúcar e leite estavam a acabar-se, como veio a acontecer; quanto a milho, a reserva não era de forma alguma tranquilizante; apenas em relação a feijão se não levantavam problemas imediatos.<br />
Do ponto de vista financeiro o tesouro encontrava-se em sérias dificuldades, praticamente sem reservas. (…)”57<br />
Já na reunião da Comissão Nacional de Descolonização, de 25 de Janeiro de 1975, o Almirante Almeida d’Eça tinha concluído a sua intervenção com um pedido de apoio financeiro:<br />
<br />
“Para terminar deseja-se unicamente dizer que se não for concedido pelo menos para os próximos 6 meses verbas para o subsídio não reembolsável e para o Plano de Fomento, a situação de Cabo Verde, que já é crítica no que respeita a aspectos alimentares, tornar-se-á catastrófica em pouco tempo.”58<br />
Com efeito, o arquipélago estava então a enfrentar um período de sete anos de seca, seguida de uma praga de gafanhotos que tinha destruído as últimas culturas. Como consequência, considerou-se que 90% da população ativa, dedicada ao sector agrícola, estava no desemprego. 70% do gado tinha sido dizimado pela seca prolongada.<br />
Relativamente ao sector industrial, o chefe do Governo de Transição afirmou<br />
que:<br />
“ (…) À parte uma ou outra pequena empresa, principalmente ligada à pesca, nada existe de significativo.<br />
<br />
A CONGEL, uma das grandes empresas cabo-verdianas com capital de 50 mil contos, tem 160 mil contos de dívidas e entrou na situação de falência técnica. (…)”59<br />
Aquando da visita da Missão do Comité de Descolonização da O.N.U. a Cabo Verde, entre 25 de Fevereiro e 5 de Março de 1975, Abílio Duarte, na qualidade de dirigente do P.A.I.G.C., interveio perante representantes do Governo português e delegados da O.N.U., fazendo uma exposição em que apresentou de forma mais detalhada a situação socioeconómica do arquipélago.<br />
Considerou que havia na altura cerca de 300 mil habitantes no arquipélago e 300 mil cabo-verdianos residentes no exterior. O PIB em 1973 tinha sido de 44 milhões de dólares, com participação de apenas 22% dos sectores produtivos. Em 1974, os subsídios não reembolsáveis por parte do Governo Português tinham constituído cerca de 70% das receitas públicas de Cabo Verde e a taxa de cobertura das importações pelas exportações era de 4%. Com efeito, na altura Cabo Verde importava todos os bens essenciais.<br />
<br />
A taxa de desemprego atingia 50% da população ativa, problema que era parcialmente colmatado pelo sistema de “Apoio”, de contratação de mão-de-obra para construção de estradas. O rendimento médio diário per capita era, assim, equivalente a 0,2 US dólares. Na sua comunicação, proferida em francês, Abílio Duarte também caracterizou as condições habitacionais da população em meio rural e urbano:<br />
“Dans les zones rurales et sous-urbaines la majorité de la population ne dispose que de maisons qui sont des constructions rectangulaires en pierre sèche et couvertes, en général, de chaume, avec une seule pièce et une fenêtre, sans électricité, sans eau canalisée et sans installations sanitaires.<br />
Dans les zones sous-urbaines, qui grandissent vertigineusement à cause de la fuite des ruraux vers la ville, pressionés par la longue sécheresse que nous traversons, la situation est plus grave encore. Les constructions en pierre sèche avec les caractéristiques que nous avons mentionné, à cause du manque de logement, sont occupées par plusieurs familles, (…)”60<br />
<br />
Importa referir que no Acordo de Transição assinado a 19 de Dezembro de 1974 entre o Governo português e o P.A.I.G.C., diversas cláusulas incidiam sobre a questão das relações futuras entre os dois Estados, como se pode constatar pela leitura dos Artigos 12º ao 16º do referido Acordo. Foram, assim, declaradas as intenções do Governo português de prestar assistência financeira, técnica e cultural ao Estado de Cabo Verde, de celebrar com o novo Estado acordos bilaterais de cooperação em todos os domínios e de não alterar a sua política em relação aos imigrantes cabo-verdianos. Por seu lado, o P.A.I.G.C. comprometeu-se a promover a salvaguarda dos cidadãos e dos legítimos interesses portugueses no arquipélago.61 <br />
<br />
A independência do arquipélago de Cabo Verde foi proclamada às 12h00 do dia 5 de Julho, na cidade da Praia, e representando Portugal estiveram presentes o Primeiro-Ministro Vasco Gonçalves, os ministros sem pasta Magalhães Mota e Pereira de Moura, o Dr. Álvaro Cunhal, o General Carlos Fabião, os Drs. Manuel Villas-Boas e Fernando Reino, o Eng.º Lopes Cardoso e o Dr. António de Almeida Santos.62 Estiveram também presentes delegados da O.N.U. e da O.U.A. e muitas delegações de países estrangeiros. Representando o novo Estado independente, presidiu à cerimónia o Presidente da Assembleia Nacional recém-eleito, Abílio Duarte, e nela participaram diversos altos dirigentes. Na cidade do Mindelo e na ilha do Sal realizaram-se simultaneamente curtas cerimónias essencialmente militares. No dia 7 de Julho foi realizada uma cerimónia semelhante na cidade do Mindelo.<br />
<br />
A bandeira nacional portuguesa foi içada pela última vez às 08h00 do dia 5 de Julho, com honras militares, nas cidades da Praia, do Mindelo e na ilha do Sal.<br />
Aquando do içar da bandeira nacional de Cabo Verde, “as forças em terra prestaram as honras correspondentes, os navios fundeados fizeram as salvas da ordenança. Na Praia, uma formação da Força Aérea Portuguesa sobrevoou o local da cerimónia e lançou flores e panfletos com palavras de saudação ao novo País.”63<br />
<br />
Obtida a independência nacional, o então Primeiro-Ministro Pedro Pires confessou que convivia com o fantasma da fome, que durante três séculos assolou a população do arquipélago.64 Com efeito, especialistas do Banco Mundial afirmaram nessa altura que o Estado de Cabo Verde não era economicamente viável.<br />
<br />
Contudo, em 40 anos de independência, não somente o espectro da fome foi ultrapassado, como outras grandes transformações ocorreram na sociedade caboverdiana: tendo a população residente aumentado de cerca de 200 mil habitantes em 1975 para quase 500 mil em 2013, em apenas 15 anos o PIB per capita quadruplicou, passando de 180 dólares em 1975 para 759 dólares em 1990. Referindo alguns indicadores respeitantes ao sector da Saúde, a taxa de mortalidade infantil, que era de 96 por mil em 1975, passou a ser de 21,7 por mil em 2003, tendo a esperança de vida à nascença atingido os 72 anos em 2004. No sector da Educação, a taxa de analfabetismo, que era de 70% por altura da independência, tinha diminuído para 25% em 2000(65). Para a obtenção destes e de outros resultados, os governos de Portugal têm sido dos principais parceiros dos governos de Cabo Verde.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">56 Lopes, Cabo Verde, 407. 57 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 2, “Governo de Transição do Estado de Cabo Verde” 58 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 2, “Situação em Cabo Verde” 59 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 2, “Situação em Cabo Verde” 60 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 2, Visita da Missão do Comité de Descolonização da ONU a Cabo Verde: “Nas zonas rurais e suburbanas a maioria da população dispõe tão-somente de casas que são construções retangulares em pedra seca, e em geral, cobertas de colmo, com apenas uma divisão e uma janela, sem eletricidade, sem água canalizada e sem instalações sanitárias. Nas zonas suburbanas, que crescem vertiginosamente devido à fuga dos rurais para a cidade, pressionados pela longa seca que atravessamos, a situação é ainda mais grave. As construções em pedra seca com as características que mencionámos, devido à falta de alojamento, são ocupadas por muitas famílias, (…).” (traduzido por mim) 61 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 1 “Acordo entre o Governo Português e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)” 62 Santos, Quase Memórias, 260. 63 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 3, “Relatório Final” 64 Lopes, Cabo Verde, 468. 65 Ângela Sofia Benoliel Coutinho, “The Political Trajectory of President Pedro Pires”, Africa Confidential (London, 2011) </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
O processo de descolonização de Cabo Verde Ângela Sofia Benoliel Coutinho (IPRI/UNL)Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-7648856256717025422018-05-08T16:30:00.002+01:002018-05-08T16:30:58.459+01:00[10060] - CÁLCULO RÁPIDO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4DmEHQUTPy2hvgmaRuMvNFxMuIZ0mC8qZwIQ7od3svZp6VbB8GH2epzH5ZA45tIEvQPSIjyn-Cp1a-Z496_GFHQ7mx2ZPQII2Qwy_QtmM81bkmKEsOcBboOfNXdNfa8Q1ZyQxXGIhYE8/s1600/loja+tecido.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="429" data-original-width="696" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4DmEHQUTPy2hvgmaRuMvNFxMuIZ0mC8qZwIQ7od3svZp6VbB8GH2epzH5ZA45tIEvQPSIjyn-Cp1a-Z496_GFHQ7mx2ZPQII2Qwy_QtmM81bkmKEsOcBboOfNXdNfa8Q1ZyQxXGIhYE8/s400/loja+tecido.PNG" width="400" /></a></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-26861908638626360882018-05-06T12:33:00.001+01:002018-05-06T12:33:45.282+01:00[10059] DIA DA MÃE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9K1r5uWz_9PW2tThlZrtnsfaWf0u9ZdFfxRBYETeDHANAbetW_mG9nZQEYVLmxg2nMv65LlA7VcbXOgvaxaBIvkAX-tsIaQNWYanbJPmLPdEKSN8NkQJh7L06yz-hfwkY_lS7zt0NYnU/s1600/maes.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="750" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9K1r5uWz_9PW2tThlZrtnsfaWf0u9ZdFfxRBYETeDHANAbetW_mG9nZQEYVLmxg2nMv65LlA7VcbXOgvaxaBIvkAX-tsIaQNWYanbJPmLPdEKSN8NkQJh7L06yz-hfwkY_lS7zt0NYnU/s400/maes.png" width="400" /></a></div>
<br />
A todas as Mães, que desde o primeiro suspiro são o nosso único e verdadeiro Porto de Abrigo!<br />
<br />
A todas as Mães, que nos mostram todos os dias o que é o verdadeiro Amor Incondicional!<br />
<br />
A todas as Mães, que incessantemente Cuidam, Velam e Curam!<br />
<br />
A todas as Mães, um eterno e terno Beijo de Obrigado Mãe!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-84870729324862404762018-05-02T23:23:00.002+01:002018-05-02T23:52:28.706+01:00[10058] - ONDE ESTIVE EM SETEMBRO DE 2017<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_om9HfFSuKKF8yYMqrcImETlcN8fIZ0VBrq837USBsrklTbmKFGxTUkT74n-Q7bPSoYySyet9nwiYD1BYlINQt-Xxm5y4hdBUfxwsmLcwZmGealG6-pvwcFdQhsq4lrUtSqo6vNztLyw/s1600/IMG_3112.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_om9HfFSuKKF8yYMqrcImETlcN8fIZ0VBrq837USBsrklTbmKFGxTUkT74n-Q7bPSoYySyet9nwiYD1BYlINQt-Xxm5y4hdBUfxwsmLcwZmGealG6-pvwcFdQhsq4lrUtSqo6vNztLyw/s400/IMG_3112.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">CABO-VERDE - SETEMBRO 2017</td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: center;"><br />Estes belos exemplares foram degustados no restaurante "Sodade", na minha bela cidade natal. Estavam tão bons, quanto o aspecto denúncia, e a conta nem de perto se aproximou dos valores que se praticam em terras lusas!</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-76411617451335176992018-04-10T23:35:00.000+01:002018-04-10T23:36:20.332+01:00[10057] - A DESCOLONIZAÇÃO - CABO VERDE V<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ_yNjxHT80qnWrNP9ICcOxbyQ-JMhgieD8gZFRTSfWuxeP76nW0d5CFQvv88oZyRP4BlPUYfO9m5o9b49T4WqnWp55VUuAI0zJjcG1zd_h5HrMVJGTIYKKhu_lCn0SLY7tmPYzlZC5-Y/s1600/arq+cabo+verde.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="297" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ_yNjxHT80qnWrNP9ICcOxbyQ-JMhgieD8gZFRTSfWuxeP76nW0d5CFQvv88oZyRP4BlPUYfO9m5o9b49T4WqnWp55VUuAI0zJjcG1zd_h5HrMVJGTIYKKhu_lCn0SLY7tmPYzlZC5-Y/s400/arq+cabo+verde.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
(…)<br />
<br />
A duras penas, lá fomos rompendo por entre a multidão que faltava romper, divulgando o mais possível que Spínola não tinha podido vir. Não fiquei com a menor dúvida de que, se o Presidente tivesse ido à capital, era de todo imprevisível o que podia ter acontecido. A fúria era tanta que, naquelas condições, era receável o pior.”33 <br />
<br />
Tendo sido demitido o Governador então em exercício de funções, o novo Governador, Sérgio Duarte Fonseca, tomou posse no dia 21 de Setembro. Foi nessa altura que, de acordo com as afirmações de Aristides Pereira, a direção do P.A.I.G.C. decidiu preparar ativamente uma possível ação armada no arquipélago, tendo sido introduzidas armas clandestinamente e tendo tido início a preparação de milícias. Ainda segundo Aristides Pereira, foi impedido o desembarque do Comandante Pedro Pires no arquipélago, e outros quadros do partido sentiram-se em risco de prisão, pelo que passaram à clandestinidade no concelho de Santa Catarina, no interior da ilha de Santiago, até ao afastamento do General Spínola da Presidência da República em Portugal.34<br />
<br />
Entretanto, a ação cívica no arquipélago prosseguiu e culminou com uma greve geral na administração pública, entre 27 e 30 de Setembro, e que teve uma forte adesão.35<br />
Por fim, a 11 de Outubro, o Comandante Pedro Pires, presidente da Comissão Nacional de Cabo Verde do P.A.I.G.C. e membro do Comité Executivo da Luta, regressou ao arquipélago, tendo tido uma receção apoteótica por parte da população.36<br />
<br />
Constata-se assim, que entre os meses de Agosto e Dezembro de 1974, tendo o Governo português reconhecido o direito dos cabo-verdianos a serem politicamente independentes, viveu-se um período particularmente agitado, em que não foi formalizado nenhum acordo, estando três partidos políticos a atuar no terreno. Contudo, em entrevista concedida ao jornalista José Vicente Lopes, José André Leitão da Graça fez as seguintes considerações:<br />
“Quando se deu o 25 de Abril, o PAIGC tinha acabado de ser reconhecido o representante legítimo de Cabo Verde e da Guiné, era lógico que lhe coubesse o poder, tanto mais que a UPICV tinha surgido na emigração e a sua existência resumia-se a comunicados. Não tínhamos, verdadeiramente, uma organização. Foi difícil implantar essa organização mesmo entre os emigrantes. Eram, em geral, muito apáticos.”37<br />
<br />
Atuando a partir da ilha de S. Vicente, a U.D.C. tinha acesso livre à rádio privada Barlavento, através da qual emitia comunicados dirigidos à população em geral.<br />
No mês de Dezembro viveu-se um culminar dos confrontos entre os três partidos, que teve início no dia 9 com a tomada da Rádio Barlavento pelos militantes do P.A.I.G.C..38<br />
<br />
Estando a U.P.I.C.V. a preparar uma manifestação para dia 1 de Novembro, o Comando-chefe das Forças Armadas decidiu proibi-la e, posteriormente, efetuar uma série de prisões para averiguações entre 14 e 18 de Dezembro. Justificou- se então a reabertura do estabelecimento prisional, antigo campo de concentração do Tarrafal, pelo número elevado de detidos, cerca de 70.39<br />
<br />
Foi no âmbito desse contexto que o M.F.A. decidiu enviar um segundo ultimato ao Governo Português, ao qual este decidiu atender com a maior urgência e brevidade, conforme o relato de António Almeida Santos. Nesse telex, o M.F.A. dava ao Governo português poucos dias para transferir a soberania do arquipélago ao P.A.I.G.C., ameaçando fazê-lo localmente.40<br />
<br />
Explica ainda Almeida Santos que ele e Pedro Pires reuniram-se em Lisboa com a maior brevidade possível para elaborar a versão final do acordo, no qual estava prevista a eleição por voto direto, secreto e universal de uma Assembleia Constituinte que deveria elaborar a Constituição do futuro Estado. Não tendo o P.A.I.G.C. aceite a organização de um referendo, foi esta a proposta mais consensual. São bastante expressivas as palavras de Almeida Santos referentes ao desfecho desta situação:<br />
“Todos respirámos fundo. Enviou-se um telex para a Praia a comunicar o acontecimento, com seguro efeito sedativo. Um Vallium a cada militar não teria produzido melhor resultado.”41 <br />
Finalmente, a 19 de Dezembro de 1974, foi rubricado em Lisboa o Acordo de Transição entre o Governo português e o P.A.I.G.C., que previa a nomeação de um Governo de Transição que deveria conduzir o processo de preparação da independência do arquipélago durante 6 meses. A delegação portuguesa era constituída pelo Major Melo Antunes, Ministro Sem Pasta, Dr. Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Dr. António de Almeida Santos, Ministro da Coordenação Interterritorial. Por sua vez, a delegação do P.A.I.G.C. era constituída pelo Comandante Pedro Pires, membro do Comité Executivo da Luta do P.A.I.G.C. e Presidente da Comissão Nacional de Cabo Verde do P.A.I.G.C., Dr. Amaro da Luz e José Luiz Fernandes Lopes, ambos membros da mesma Comissão. No Artigo 1º do referido Acordo foi estipulado que:<br />
“O Governo Português reafirma o direito do Povo de Cabo Verde à autodeterminação e independência em conformidade com a lei constitucional portuguesa nº 7/74 de 26 de Julho, e com as resoluções pertinentes da Organização das Nações Unidas e tendo também em conta a vontade expressa da O.U.A..”42<br />
<br />
Os opositores do P.A.I.G.C. neste processo têm acusado a direção deste partido de ter influenciado as autoridades portuguesas no sentido de afastar os militantes e simpatizantes da U.P.I.C.V. e da U.D.C., através da sua detenção no mês de Dezembro de 1974. Por sua vez, a U.D.C. é acusada pelo P.A.I.G.C. de ter sido uma organização instrumentalizada pelo General Spínola.<br />
<br />
Vieram a público alguns testemunhos que versam sobre estas questões controversas. Assim, relativamente a um acordo que tivesse sido estabelecido entre o Movimento das Forças Armadas e o P.A.I.G.C., o responsável máximo do M.F.A. no arquipélago até ao mês de Novembro de 1974, o 1º tenente Miguel Judas, afirma numa entrevista concedida a 26 de Agosto de 1996, que numa fase inicial entrou em contacto com dirigentes do P.A.I.G.C. procurando uma atuação em conjunto e seguindo instruções de uma estrutura clandestina na Marinha que era favorável à instauração de um regime democrático e que ele integrava, sem que estivessem implicados outros ramos das Forças Armadas. Afirma, assim, que considerando o M.F.A no seu conjunto, não havia atuação concertada com o P.A.I.G.C..43<br />
<br />
A sua exposição parece coincidir em muitos pontos com a do responsável máximo do P.A.I.G.C. no arquipélago durante esta fase, o Comandante Silvino da Luz, que numa entrevista concedida a Leopoldo Amado a 23 de Julho 1998, faz referência a um diálogo e a um entendimento com “uma parte mais esclarecida das Forças Armadas” portuguesas.44<br />
<br />
Após a partida do 1º tenente Judas, a situação ter-se-á deteriorado, como o próprio afirma na mesma entrevista: “(…) na altura na tomada de posse do Governo de transição, havia lá uma certa confusão. Em São Vicente havia para lá umas situações já fora de controlo. E há umas situações bicudas e o Almirante Almeida d’Eça pediu-me que lá fosse, uma semana antes da tomada de posse. Eu voltei lá nessa altura, em Dezembro.”45<br />
<br />
Como foi referido acima, é necessário ter presente que, de acordo com Silvino da Luz e Aristides Pereira, feita a avaliação da situação no terreno e a nível internacional, no mês de Setembro de 1974 a direção do P.A.I.G.C. optou por introduzir armas clandestinamente no arquipélago e por preparar milícias. De acordo com o 1º tenente Miguel Judas, os militares portugueses estacionados no arquipélago ter-se-ão apercebido dessa movimentação:<br />
“Eles podiam desembarcar coisas [?], eles tinham informação acerca dos movimentos dos navios, a gente andava lá com a Marinha atrás dos navios dos russos que andavam a carregar com as coisas… Portanto, eles tinham condições internacionais e tinham condições práticas e logísticas para criar um sarilho…”46<br />
<br />
A dada altura, Silvino da Luz afirma que chegou a haver um risco de confronto armado aquando de uma reunião no Comando militar português na ilha de S. Vicente, ao qual o P.A.I.G.C. exigia que pusesse cobro às atividades da Rádio Barlavento, dominada pela U.D.C..47<br />
<br />
Ora, é efetivamente umas semanas anterior à tomada da Rádio Barlavento por militantes do P.A.I.G.C. a declaração formal de apoio do M.F.A. a este partido, datada de 9 de Novembro. O documento, intitulado “Estudo sobre a situação político-económica em Cabo Verde”, foi assinado em S. Vicente a 7 de Novembro de 1974 pelo Capitão Tenente Bastos Saldanha, pelos Primeiro -Tenentes Rebelo Marques e Vidal Pinho e pelos Subtenentes Seita Duarte e Silvestre Barreiros e a 9 de Novembro de 1974 foi aprovado e adotado pela Assembleia de Delegados do M.F.A..48<br />
<br />
Relativamente à prisão dos indivíduos considerados militantes e/ou simpatizantes da U.D.C e da U.P.I.C.V., Manuel de Lucena, antigo alferes miliciano em Cabo Verde, onde chegou a 16 de Novembro de 1974, e onde se tornou dirigente do M.F.A., subscreve a versão de alguns presos, tendo afirmado num depoimento a 30 de Julho de 1997, que, com a tomada da Rádio Barlavento, começou a ser pedida a prisão dos indivíduos em causa. Pedro Gonçalves, também ele antigo alferes miliciano em Cabo Verde, onde chegou na mesma data, tendo-se igualmente tornado dirigente M.F.A., concorda com essa versão dos acontecimentos, ao afirmar numa entrevista concedida a 3 de Fevereiro de 2003 que após a ocupação da Rádio Barlavento, o P.A.I.G.C. começou a pedir essas prisões às autoridades portuguesas.49<br />
<br />
Até à data, nenhum dirigente do P.A.I.G.C. assumiu a autoridade moral dessas prisões, no seu conjunto. Relativamente à U.D.C., desconhecemos a existência de quaisquer testemunhos, depoimentos, entrevistas ou livros de memórias dos seus dirigentes que relatem qualquer aspeto relacionado com todo este período conturbado da História de Cabo Verde. O dirigente da U.P.I.C.V., José André Leitão da Graça, afirmou ao jornalista José Vicente Lopes encontrar-se no estrangeiro por altura do desenrolar dos acontecimentos, onde foi informado por um militar português acerca das prisões e de um suposto acordo secreto entre o P.A.I.G.C. e o governo de Vasco Gonçalves.50 Por sua vez, António Caldeira Marques, jurista cabo-verdiano convidado a encarregar-se dos processos dos presos, afirma que as ordens de prisão vieram de Lisboa.51<br />
<br />
Na obra de autoria de José Vicente Lopes, faz-se referência ao relatório final da missão em Cabo Verde do capitão Augusto Torres Mendes, Comandante militar na ilha de Santiago e que deu as ordens de prisão nessa ilha. Nesse relatório, que não pudemos consultar, é explicado que os cidadãos em causa foram detidos pela própria população.52<br />
<br />
Por fim, o General Amílcar Fernandes Morgado, oficial de Infantaria e chefe de gabinete do Alto Comissário e ainda chefe do governo de transição nomeado poucos dias depois, apresenta muito detalhadamente esta versão dos factos, afirmando que, ao decidir efetuar as prisões, as autoridades portuguesas no arquipélago reagiram a uma “ampla movimentação de massas populares”:<br />
<br />
“Em São Vicente, no dia 14 de Dezembro de 1974, foram apresentadas, em menos de duas horas, cerca de sessenta moções das mais diversas proveniências, em que se exigia a prisão de elementos tidos como provocadores, informadores da exPIDE/DGS ou que actuavam em nome de partidos políticos não reconhecidos. Essas moções, todas de S. Vicente, foram dirigidas às mais variadas entidades: ao Comandante-chefe, ao Comandante do CTICV, ao M.F.A., ao encarregado do Governo, à Rádio Voz de S. Vicente (nova designação da emissora ocupada) e à direcção nacional do PAIGC. As referidas moções atingiam um total de 28 indivíduos, dos quais oito eram referidos nominalmente em todas. Esses oito indivíduos foram efectivamente detidos em 14 e 15 de Dezembro, entregues às forças militares e colocados no presídio do Tarrafal.”53<br />
<br />
Posto isto, é necessário referir que em Portugal são raríssimos os documentos disponíveis para consulta relativos a este período e que integrem arquivos públicos: é o caso do Arquivo Nacional/Torre do Tombo, do Arquivo da Marinha e do Arquivo Histórico Militar. Em Cabo Verde desconhecemos a possibilidade de consulta pública de documentos que integrem os arquivos dos três partidos em causa e no Arquivo Histórico Nacional não há documentos para consulta relativos a este período preciso, nem tão pouco na Fundação Amílcar Cabral. <br />
<br />
Ora, não é, evidentemente, função do historiador reproduzir as diferentes versões de um dado acontecimento, e muito menos simplesmente assumir uma delas como correspondendo à verdade científica dos factos. Como recorda Vincent Duclert : “La mémoire individuelle ou collective, les souvenirs vivants en d’autres termes, sont une des sources de la fabrication du savoir historien. Mais une source ne peut, à elle seule et sans travail d’analyse, de confrontation et d’écriture, se transformer en savoir constitué. (…) C’est de faire mourir l’histoire que de la confondre avec la mémoire.”54<br />
<br />
O necessário trabalho de análise e confrontação só pode ser realizado a partir de uma diversidade de fontes que se possam cruzar. Perante a impossibilidade de aceder à esmagadora maioria das fontes escritas relativas ao período que precede a tomada de posse do governo de transição e a evidente escassez de depoimentos dos diversos atores implicados no terreno conturbado que foi o período que medeia o 25 de Abril e 31 de Dezembro de 1974, podemos, ainda assim, tecer algumas considerações e fazer algumas perguntas às quais, em nosso entender, será necessário poder responder para se chegar a uma melhor compreensão do processo de descolonização em Cabo Verde, e mais especificamente, no que respeita aos acontecimentos no terreno:<br />
<br />
1/ dispondo o P.A.I.G.C. de armas no arquipélago, até que ponto os soldados portugueses aí presentes estariam dispostos a iniciar um conflito armado?<br />
2/ a U.D.C e a U.P.I.C.V. seriam, na altura, estruturas partidárias que pudessem constituir uma alternativa à proposta do P.A.I.G.C.?<br />
3/ Sem uma análise aprofundada das divergências e eventuais conflitos no seio das Forças Armadas portuguesas estacionadas no arquipélago não se poderá responder cabalmente às seguintes perguntas: por altura do 25 de Abril, que peso tinha realmente o M.F.A. nas Forças Armadas portuguesas estacionadas no arquipélago? O M.F.A. apoiou o PAIGC desde o início ou tinha uma corrente que o apoiava? Pode considerar-se esta corrente maioritária no seio do movimento, desde o 25 de Abril, ou foi ganhando força com a atuação do P.A.I.G.C. no terreno e com o avanço das negociações entre o Governo português, o P.A.I.G.C. e a F.R.E.L.I.M.O.?<br />
<br />
Não restam dúvidas de que o P.A.I.G.C. impôs-se perante as instâncias internacionais, cujas posições o Governo português decidiu reconhecer. Parece-nos, contudo, de especial relevo tentar saber qual terá sido a posição do Governo dos Estados Unidos da América na altura, tendo em conta a importância estratégica do arquipélago no Atlântico Médio e o facto de, aquando da 2ª Guerra Mundial, este país ter considerado muito seriamente a possibilidade de invadir a então colónia portuguesa.55<br />
<br />
(continua)...<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">33 Santos, Quase Memórias, 234. 34 Pereira, O meu testemunho, 277, 283. 35 Lopes, Cabo Verde, 373. 36 Lopes, Cabo Verde, 385. 37 Lopes, Explicação, 73. 38 Lopes, Cabo Verde, 392. 39 Lopes, Cabo Verde, 392 – 97. 40 Santos, Quase Memórias, 247. 41 Santos, Quase Memórias, 250-51. 42 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 1 “Acordo entre o Governo Português e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)” 43 Arquivo de História Social, ICS/UL http://www.ahs-descolonizacao.ics.ul.pt/caboverde.htm 44 Pereira, O meu testemunho, 6245 Arquivo de História Social, ICS/UL http://www.ahs-descolonizacao.ics.ul.pt/caboverde.htm 46 Arquivo de História Social, ICS/UL http://www.ahs-descolonizacao.ics.ul.pt/caboverde.htm 47 Pereira, O meu testemunho, 622. 48 AN/TT, DCV - Descolonização de Cabo Verde, Caixa 4, “Estudo sobre a situação político-económica em Cabo Verde” 49 Arquivo de História Social, ICS/UL http://www.ahs-descolonizacao.ics.ul.pt/caboverde.htm 50 Lopes, Explicação, 83. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">51 Lopes, Cabo Verde, 397. 52 Lopes, Cabo Verde, 396. 53 Arquivo de História Social, ICS/UL http://www.ahs-descolonizacao.ics.ul.pt/caboverde.htm, sessão de 2 de Outubro de 1998 54 Vincent Duclert, L’Avenir de l’Histoire, (Paris: Armand Colin, 2010), 37. “A memória individual ou coletiva, noutros termos, as recordações vivas são uma das fontes de construção do saber histórico. Mas uma fonte não pode, por si só e sem trabalho de análise, confrontação e escrita, transformar-se num saber constituído. (…) É fazer morrer a história confundi-la com a memória.” (traduzido por mim) 55 António Telo, Portugal na Segunda Guerra (1941 – 1945), (Lisboa: Veja, 1991), 28-9.</span><br />
<br />
O processo de descolonização de Cabo Verde Ângela Sofia Benoliel Coutinho (IPRI/UNL)Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-61278959157533817312018-04-10T23:15:00.000+01:002018-04-10T23:15:23.697+01:00[10056] - ONDE ESTIVE EM SETEMBRO DE 2017 <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiICdRa59YdCaYGZM9Sqoj7tHVk7ls00oHBBw8ISQMovM_lI3xSgFyzQikQM139WrkZ-5GuJ0D10uhuZldMkv6udCxWBlcSUU3Koz-U65UFMJepnfEUTjICSI2xJDr8CWMANS-YfSyvtqU/s1600/s+pedro.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiICdRa59YdCaYGZM9Sqoj7tHVk7ls00oHBBw8ISQMovM_lI3xSgFyzQikQM139WrkZ-5GuJ0D10uhuZldMkv6udCxWBlcSUU3Koz-U65UFMJepnfEUTjICSI2xJDr8CWMANS-YfSyvtqU/s400/s+pedro.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cabo-Verde / Setembro de 2017</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Será que alguém na blogosfera do AC conhece este local?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-32436105490581369412018-04-04T18:45:00.001+01:002018-04-04T18:45:10.695+01:00[10055] - DESDITADOS <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_G2dEJKCF3x7okZbSJaeaX1DVnjP-h0rJChOQM_HIA5F9zZZFDibkwcS-HhBSHDVvxZKlwc99avVkxmcGd1PW_D7hQcbV2cwqVIYPF-LKGdiPH7UCQtr2JfkvV8QJAaEqYTipPIaJ9W4/s1600/ir+a+roma.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: large;"><img border="0" data-original-height="281" data-original-width="437" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_G2dEJKCF3x7okZbSJaeaX1DVnjP-h0rJChOQM_HIA5F9zZZFDibkwcS-HhBSHDVvxZKlwc99avVkxmcGd1PW_D7hQcbV2cwqVIYPF-LKGdiPH7UCQtr2JfkvV8QJAaEqYTipPIaJ9W4/s400/ir+a+roma.PNG" width="400" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">CONTRADITÓRIOS POPULARES</span><br /><br /><div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;">É sempre possível ver as coisas de um ângulo diferente!</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: xx-small;">COLABORAÇÃO: TUTA AZEVEDO</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-19686820032110300502018-04-02T15:08:00.001+01:002018-04-02T15:08:53.623+01:00[10054] - REGIONALIZAÇÃO <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnnlyKgLfXoewagZpw1gn8RCffbUM0eyKx40M4L3IJWjoPP_vOhxHts62q-Vx8ITWVC2KV3-kSbwF7NbRYpk2QVdYNDg7Q7EjHVu3cSPTV4XoGBayypILfxJBVsTPCryQesyK9kSNi3GU/s1600/BANDEIRA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="299" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnnlyKgLfXoewagZpw1gn8RCffbUM0eyKx40M4L3IJWjoPP_vOhxHts62q-Vx8ITWVC2KV3-kSbwF7NbRYpk2QVdYNDg7Q7EjHVu3cSPTV4XoGBayypILfxJBVsTPCryQesyK9kSNi3GU/s400/BANDEIRA.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Concluindo a análise à conferência de S. Vicente sobre regionalização </span></div>
<br />
<br />
A intervenção do Primeiro-Ministro (PM) pareceu-me clara e assertiva quanto ao modelo de regionalização que pretende para o país, bem como sobre a metodologia e o timing da sua implementação. Independentemente do desfecho que o processo possa vir a conhecer, no mínimo tem de se lhe tributar coragem política, em contraste com o seu antecessor, que atirou sempre para as calendas gregas uma decisão sobre esta matéria. Resta saber até onde resistirá aos lobbies que não se identificam com os objectivos desta reforma e sempre se lhe opuseram.<br />
<br />
Sendo certo que entretanto a regionalização foi já aprovada em conselho de ministros, contudo não está ainda completamente esclarecido o quadro institucional e financeiro que viabilizará a implementação da reforma e garantirá o seu sucesso. Sempre me pareceu de meridiana evidência que a regionalização é uma reforma de tal magnitude que não pode ser encarada como simples peça que se encaixa na máquina do Estado, como creio ser intenção. Tem custos de instituição e funcionamento que não são negligenciáveis num país de parcos recursos, ainda que o PM não os valorize quando afirma que se estimam na ordem de pouco mais de “400 mil contos, 0,2% do PIB nacional”. Mas não é só este o custo a equacionar; as regiões terão de ser dotadas, logo no arranque do processo, das primeiras muletas financeiras para poderem dar os primeiros passos, sob pena de se verem goradas as expectativas criadas. É irrecusável que uma primeira armadura financeira das regiões tenha de provir do OGE. Como fazê-lo sem introduzir outras reformas sistémicas e de efeito convergente, é questão até agora não abordada, antes pelo contrário, foge-se dela como o diabo da cruz.<br />
<br />
Mas, em minha opinião, a resposta só pode encontrar-se nestas medidas essenciais: reduzir a dimensão do Estado central (Praia), emagrecendo não somente o governo mas também desconcentrando e deslocalizando do centro para a periferia, superestruturas, como ministérios, órgãos de soberania, nomeadamente tribunais superiores, e outras instituições públicas; repensar o dispositivo autárquico de Santiago e mesmo de outras ilhas, onde muitos municípios surgidos como cogumelos têm uma relação mais directa com a distribuição dos Fundos de Financiamento Municipais do que com os objectivos de um judicioso ordenamento territorial. Ora, todo este quadro aglutinador é que explica que 80% do OGE são afectados a Santiago, justificados não tanto pela sua condição de ilha mais populosa mas sobretudo por aquele encargo auto-instituído. <br />
<br />
Com efeito, sem uma efectiva reorientação da política orçamental, não é credível que a regionalização possa relançar as economias locais apenas com o estímulo de uma “diferenciação fiscal”, como anunciou o PM. O investimento privado não funcionará com uma varinha mágica se as regiões não forem dotadas de um suporte infra-estrutural mínimo, o que requer meios financeiros que só poderão disponibilizar-se aliviando consideravelmente o peso do Estado central. Só com esta medida se consegue prover os “Planos Estratégicos de Desenvolvimento Sustentável” com o suporte financeiro necessário e suficiente para realizarem os seus fins. Será um absurdo pensar que a aplicação discricionária de um qualquer princípio da solidariedade inter-regional atingirá o mesmo objectivo. Resultaria numa igualitarização albanesa, ou seja, um nivelamento por baixo, como observou Ricardino Neves, em que as regiões com reais potencialidades para crescer ficariam com as pernas cortadas, sem que, em contrapartida,<br />
melhorasse significativamente a situação das regiões mais deprimidas. Portanto, não reduzir consideravelmente a espessura do Estado central compromete os objectivos da regionalização.<br />
<br />
Perfila-se um outro problema que pode implicar com o funcionamento eficaz dos poderes regionais. Prende-se com a afirmação do PM sobre a intocabilidade das atribuições municipais. Experiências comparadas poderiam por si só demonstrar que não é um valor absoluto a manutenção dos municípios tal como existem quando se reconfigura de alto a baixo a administração do território. Basta um olhar realista para a escassa dimensão territorial e demográfica das nossas ilhas para logo ficar nítido que a criação do poder regional requer um reajustamento criterioso da organização autárquica e até mesmo a eliminação da figura do município, substituindo-a por estruturas inframunicipais de composição variável com o tamanho e a natureza de cada comunidade. Com o poder regional dimensionado à cada ilha, é um desperdício e ao mesmo tempo uma inconveniência institucional manter as actuais estruturas municipais como estão. O pragmatismo aconselha a repensar o poder municipal nas ilhas unimunicipais, substituindo-os por estruturas menores e com diferente estatuto jurídico, sob a dependência directa dos governos regionais. E porque não o mesmo nas ilhas plurimunicipais? É inquestionável que as actuais facilidades de comunicação derrogam as razões que outrora determinaram a proliferação de municípios em ilhas de baixa densidade populacional. Além da medida de poupança em si, eliminar ou remodelar na administração pública local o que descartável ou redundante, contribui para que o poder regional se exerça sem se emaranhar numa teia de empecilhos e equívocos. <br />
<br />
Outra questão também aflorada e suscitada durante o debate foi a criação de um parlamento bicameral, defendida por João do Rosário, Ricardino Neves e outros, mas não acolhido pelo PM, que argumenta que semelhante alteração iria atrasar a implementação da regionalização (2020), já que tal exigiria revisão da Constituição e do Código Eleitoral, além de, segundo ele, poder arrastar sine die o debate. Estou em concordância com os que alegam que a reforma em causa justifica que a Constituição seja revista para lhe poder consagrar a figura jurídica adequada e para, em oportunidade, acolher as restantes alterações tidas como convenientes. E acrescento que a reforma da organização autárquica seria outra medida a incluir. A pressa pode não ser a melhor conselheira perante uma reforma que assinala a transição para a III República.<br />
<br />
E então vem a propósito o chavão usado pelo conferencista Francisco Tavares de que “não há ilhas capazes e outras menos capazes”, induzindo a ideia de que são todas iguais. Se isso é verdade como abstracção ideológica quando se concebe a igualdade de acesso das populações aos bens essenciais, dir-se-á que, por antinomia, as ilhas são diferentes em função de uma série de factores: condições naturais; demografia; dinamismo social; provisão de quadros técnicos e de estruturas-base; enfim, massa crítica. Desta maneira, perante variáveis tão distintas na sua índole, utilizar indicadores estatísticos descontextualizados e obliterados do seu significado, não será a melhor metodologia para interpretar as verdadeiras causas das nossas assimetrias regionais. Essa tentativa ainda se perceberia se todas as ilhas tivessem sido objecto da mesma bitola de favorecimento político, ou estatal, pois a leitura dos indicadores ocorreria num plano de uniformidade de tratamento. Diferente é quando o progresso resulta do concurso de oportunidades históricas, que, fruto do acaso ou do determinismo, são produto da acção do homem e das dinâmicas sociais que livremente empreende e que, pela sua natureza, são difíceis de prever e de quantificar. As nossas ilhas têm, pois, diferentes capacidades para operar como pólos do desenvolvimento global do país. Cada um dos pólos deve ser magnetizado, conforme a sua capacidade de carga, para gerar riqueza em proveito próprio mas, acima de tudo, do<br />
conjunto nacional. Por isso é que também não é pertinente apregoar que “ninguém fica para trás”, porque todas as ilhas, sendo iguais mas no entanto diferentes, deverão posicionar-se na linha de partida envergando a camisola a que fazem jus pelo curso da sua história e pelas dinâmicas sociais e culturais que geram. Portanto, em vez de retórica moralista vazia de sentido prático, impõe-se uma atitude racional e o sopeso conveniente da realidade. <br />
<br />
Mas esta questão não vem por acaso. O PM tem afirmado que São Vicente iria crescer, mas com o investimento privado. A afirmação, podendo ser pacífica, preocupa porque a mesma sentença parece excluir Santiago, a ilha que nas últimas décadas mereceu o privilégio do investimento estatal. Na verdade, não é aceitável que, ao contrário de Santiago, São Vicente só possa progredir e sair da letargia a que foi votada pela política centralista se o investimento privado vier a toque de caixa bater-lhe à porta. Os mais optimistas ou mais crédulos dirão que é pela reminiscência histórica do passado da ilha de São Vicente que o PM acredita na reedição do milagre do maciço investimento privado que outrora fez dela a principal geradora de receitas do arquipélago. Mas os mais pessimistas ou realistas dirão que hoje nem Jesus cristo consegue operar milagres de semelhante calibre. É certo que as ilhas do Sal e da Boavista saíram do “estado de natureza” das suas potencialidades naturais porque o investimento exterior as contemplou, mas a regionalização pode ser também a oportunidade para uma reflexão sobre o modelo de turismo que mais convém ao relançamento da nossa economia. <br />
<br />
Em suma, é impossível, se não indesejável, fazer das ilhas réplicas umas das outras. Aquelas onde o empreendedorismo privado tiver larga primazia sobre a iniciativa do Estado, caminharão pelos seus próprios pés e é sempre difícil prever até onde, por estarem em causa variáveis que não dependem exclusivamente da sua vontade. Outras, pelas suas características, necessitarão mais do amparo do Estado, em grau variável. No entanto, todas as ilhas devem ser as mesmas portas de entrada e saída de todos os cabo-verdianos, de Santo Antão à Brava. Ao Estado compete melhorar as ligações internas, em especial as marítimas, para, juntamente com as actuais tecnologias de comunicação, serem criadas todas as condições para os cabo-verdianos se sentirem cidadãos de parte inteira em qualquer das regiões, tornando irrelevante a pertença a esta ou àqueloutra. Esperemos que doravante os gráficos e os indicadores estatísticos sirvam apenas para corrigir a rota.<br />
<br />
<br />
Tomar, 31 de Março de 2018<br />
<br />
Adriano Miranda LimaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-24462208925354636662018-03-29T12:05:00.000+01:002018-03-29T12:06:50.213+01:00[10053] - A DESCOLONIZAÇÃO - CABO VERDE IV<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVDC2kU-LduoAf6bMUh6C-GJ9nPV7ravqsN7-vVyOa-pyPgiR4pjYcHe_99CiGGN2i4OmDp5mBzmHRMKbgZhi7RZUO2iqbO305BBYvo2fkCWPal2Cys9Dm-OdApdJFLlwjEteiT53zLZo/s1600/arq+cabo+verde.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="297" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVDC2kU-LduoAf6bMUh6C-GJ9nPV7ravqsN7-vVyOa-pyPgiR4pjYcHe_99CiGGN2i4OmDp5mBzmHRMKbgZhi7RZUO2iqbO305BBYvo2fkCWPal2Cys9Dm-OdApdJFLlwjEteiT53zLZo/s400/arq+cabo+verde.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Os conturbados acontecimentos no terreno – Abril-Dezembro de 1974 </span></div>
<br />
Até à presente data não foi realizado nenhum estudo académico sobre os acontecimentos que se foram sucedendo entre o dia 25 de Abril de 1974 e a proclamação da independência de Cabo Verde, a 5 de Julho de 1975. Assim, a principal fonte de informações é a obra de autoria do jornalista cabo-verdiano José Vicente Lopes, Cabo Verde os bastidores da independência. O mesmo autor publicou uma outra obra em 2004 onde reuniu uma série de entrevistas com protagonistas deste período histórico23. De forma a tentar reconstituir os principais acontecimentos que ocorreram entre Abril e Dezembro de 1974, dispomos de outras fontes, a saber, o livro de memórias do primeiro Presidente de Cabo Verde, Aristides Pereira O meu testemunho – uma luta, um partido, dois países, onde estão também incluídas diversas entrevistas a militantes do P.A.I.G.C. conduzidas pelo historiador Leopoldo Amado e a obra de António Almeida Santos, Quase Memórias – Da Descolonização de cada Território em Particular, na altura Ministro da Coordenação Interna em Portugal, e principal interlocutor do Governo Português no processo de descolonização. São também de utilidade as entrevistas integradas no Arquivo de História Social publicadas no sítio internet do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e relativamente ao período do Governo de transição, a documentação depositada pelo Almirante Almeida d’Eça no Arquivo Nacional/Torre do Tombo, em Lisboa. <br />
<br />
Assim, como primeira reação ao 25 de Abril de 1974 em Portugal, sabe-se que foi criada de imediato no arquipélago uma Frente Ampla Nacional e Anticolonial, que como o próprio nome sugere, tinha por objetivo unir os nacionalistas caboverdianos numa mesma organização.24<br />
Foi no dia 1º de Maio que a população do arquipélago se manifestou abertamente, para exigir a libertação dos presos políticos que ainda se encontravam no campo de concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago.25<br />
A 6 de Maio, o P.A.I.G.C. emitiu o primeiro comunicado acerca da situação que então se vivia em Portugal, e, de acordo com o seu Secretário-geral, Aristides Pereira, foram enviados os primeiros quadros da guerrilha para o terreno caboverdiano.26<br />
Ainda no mês de Maio foi criado um novo partido político no arquipélago, a União Democrática Cabo-verdiana - U.D.C., dirigido pelo advogado João Baptista Monteiro, e que não tem sido objeto de interesse por parte dos investigadores. Para além de João Baptista Monteiro, conhecem-se a identidade de apenas dois outros militantes, Ângelo Lima e Jorge Almeida Fonseca, referidos na obra de José Vicente Lopes.27<br />
<br />
Estando ainda por resolver a questão do reconhecimento da independência da Guiné-Bissau por parte do Governo português, o novo estado fez-se representar na Cimeira de Mogadíscio, em Junho de 1974, pelo Presidente Luís Cabral. Nessa ocasião, os estados africanos manifestaram o seu apoio aos movimentos de libertação, exercendo assim pressão diplomática sobre as novas autoridades portuguesas.<br />
<br />
Foi somente no mês de Agosto que José André Leitão da Graça, dirigente máximo da U.P.I.C.V., conseguiu regressar ao arquipélago, após impedimentos vários em Dakar, onde então residia. Juntou-se à sua esposa, Maria Mercês, que também militava no mesmo partido.28 Criada em 1959 em Rhode Island, nos Estados Unidos da América, pelo irmão Aires Leitão da Graça, a União dos Povos das Ilhas de Cabo Verde ressurgiu em Dakar, em Junho de 1963, através de um comunicado no qual também se enunciava a sua orientação marxista-leninista. Esta organização partidária opôs-se sempre ao projeto de unidade política com a Guiné-Bissau, defendido pelo P.A.I.G.C..29<br />
Foi no dia 26 de Agosto de 1974, na capital argelina, que foi assinado o Protocolo de Argel entre o Governo português e o P.A.I.G.C., tendo o Governo português reconhecido as posições da Organização da Unidade Africana e da Organização das Nações Unidas relativamente à independência da Guiné-Bissau, e tendo-se comprometido a negociar a independência do arquipélago de Cabo Verde. Mais precisamente, foi estipulado o seguinte:<br />
“Artigo 6 – O Governo Português reafirma o direito do povo de Cabo Verde à autodeterminação e independência e garante a efectivação desse direito de acordo com as resoluções pertinentes das Nações Unidas, tendo também em conta a vontade expressa da Organização da Unidade Africana;<br />
Artigo 7 – O Governo Português e o P.A.I.G.C. consideram que o acesso de Cabo Verde à independência, no quadro geral da descolonização dos territórios africanos sob dominação portuguesa, constitui factor necessário para uma paz duradoura e uma cooperação sincera entre a República Portuguesa e a República da Guiné-Bissau.”30<br />
<br />
Assim, o mês de Setembro foi particularmente turbulento, e ocorreram diversos acontecimentos que seriam mais tarde considerados marcantes no âmbito deste processo. Tendo já sido iniciadas pelo P.A.I.G.C. uma série de ações no terreno, como comícios, saraus e ações de rua, foi o falecimento de um jovem alvejado pela polícia que despoletou confrontos entre moradores do bairro popular na cidade do Mindelo, Ribeira Bote e militares portugueses. Alguns moradores chegaram a recorrer ao fabrico de bombas artesanais e o bairro foi considerado uma “zona libertada” pelos seus moradores revoltosos.31<br />
<br />
A 14 de Setembro de 1974, o General Spínola efetuou uma visita ao arquipélago, sendo que tinha também marcado um encontro secreto na ilha do Sal com Mobutu Sesse Seko, Presidente da República Democrática do Congo. À chegada a esta ilha, foi surpreendido por uma manifestação de populares, como relata Almeida Santos:<br />
“Aconteceu que, quando chegámos à aerogare da ilha do Sal, fomos surpreendidos pela presença de jovens – não tão pouco numerosos quanto isso – que, já dentro do edifício, receberam o Presidente, com gritos de “fascista, fascista”, e o slogan “independência ou morte”.<br />
O Presidente, tão surpreendido quanto indignado, teve uma reação colérica. De Cabo Verde, sobretudo de Cabo Verde, não era esperável um tal despautério. Conduzido a uma modesta sala de espera, mais indignado ficou quando soube que muitos daqueles jovens tinham viajado à boleia no avião que transportava até ao Sal o próprio governador. É claro que este, nesse mesmo acto, deixou de sê-lo para todos os efeitos. Ficou a faltar apenas o despacho de exoneração.”32<br />
De acordo com Almeida Santos, esta situação acabou por inviabilizar a visita do General, então Presidente Spínola à capital do arquipélago, cidade da Praia, onde também houve tumultos:<br />
“Quando o carro em que seguíamos subiu a rampa que, da ponte sobre o rio, habitualmente seco, conduzia à parte alta da cidade, estava à nossa espera – de facto à espera do Presidente Spínola uma multidão de milhares de pessoas, encharcadas até aos ossos e enraivecidas até ao delírio. Num ápice, a multidão rompeu o cordão de segurança que os soldados e a polícia em vão tentavam manter e começou a sacolejar violentamente o carro, com a intenção óbvia de o virar de cangalhas.<br />
(…)<br />
<br />
Continua<br />
<br />
O processo de descolonização de Cabo Verde Ângela Sofia Benoliel Coutinho (IPRI/UNL)<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">22 José Vicente Lopes, Cabo Verde os bastidores da independência, (Praia-Mindelo: Instituto Camões, 1996), 347. 23 José Vicente Lopes, A explicação do mundo, (Praia: Spleen, 2004) </span><br />
<span style="font-size: x-small;"> 24 Lopes, Cabo Verde, 280. 25 Lopes, Cabo Verde, 279. 26 Pereira, O meu testemunho, 274. 27 Lopes, Cabo Verde, 332-33. 28 Lopes, Cabo Verde, 278. 29 Lopes, Cabo Verde, 63, 128. 30 Fundação Mário Soares, Arquivo Amílcar Cabral/ DAC (Documentos Amílcar Cabral – Aristides Pereira) Pasta 04999.045 31 Letícia Neves, “Ribeira Bote – zona libertada, os heróis de ontem”, A Nação, 25 de Setembro a 1 de Outubro, 2014, E8, E9. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">32 António de Almeida Santos, Quase Memórias – Da Descolonização de cada Território em Particular, (Cruz Quebrada: Casa das Letras, 2006), 233. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-749616770901238075.post-74619680258312312962018-03-28T18:57:00.000+01:002018-03-28T18:57:54.942+01:00[10052] ONDE ESTIVE EM SETEMBRO DE 2017<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFg5yr7Vl0IJIS5-TDWx2VkB25lvLKoaDqUC_sOdyfqVhP6gwcQOGcf3FmHXJWqTNa3A8GeXfPaXqpE1YOggRg7YkckeNYEmU-765RDAGfEE41k2V0IyNTDgv5fCDwyveOumHFM4Fy8M4/s1600/praia+grande.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFg5yr7Vl0IJIS5-TDWx2VkB25lvLKoaDqUC_sOdyfqVhP6gwcQOGcf3FmHXJWqTNa3A8GeXfPaXqpE1YOggRg7YkckeNYEmU-765RDAGfEE41k2V0IyNTDgv5fCDwyveOumHFM4Fy8M4/s400/praia+grande.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">CABO VERDE - SETEMBRO DE 2017</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Esta é a minha praia de referência do arquipélago. Não me perguntem porquê, talvez porque ela guarde memórias minhas, e eu também as guarde dela. Certo é, que me sinto sempre em paz e completa harmonia, quando me banho nestas águas.<br />
<br />
Alguém sabe onde estamos?Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.com3