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domingo, 27 de setembro de 2009

CABO VERDE E AS LÍNGUAS !



Parece pacífica a ideia de que oficializar o crioulo em Cabo Verde é uma imposição histórica e social. Aínda Bem! O que, no entanto, parece causar polémica é a sua padronização e o alfabeto...
Foi, por isso que me lembrei de uma tirada de Baltasar Lopes, durante uma aula, mais ou menos, assim:"A língua, como o corpo, é uma coisa viva mas, ao contrário do corpo, não envelhece, antes, rejuvenesce a cada passo a cada palavra nova, venha ela de onde vier e é património de todos quantos a falam, nacionais e estrangeiros."
Assim falou Nhô Baltas, um Homem que sabia o que dizia!

2 comentários:

  1. Olá.

    Também alguém disse um dia que Um povo sem história é um povo sem memória. E a história do cabo-verdiano está umbilicalmente ligada à sua língua.

    Falando de imposição, gostaria de perguntar ao José se acha que o português também foi imposto aos cabo-verdianos.

    Fica a minha dúvida.

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  2. Olá, Amilcar, seja bem-vindo.
    Creio que,sem língua, não há história. Daí, a pré-história, que será a história antes da comunicação. As línguas são, por definição, um património dos povos.
    por outro lado, creio que o crioulo em C.Verde como, de resto, outros crioulos, foi ditado pela necessidade de comunicação entre gente (os escravos) de diversas proveniencias e, portando, de linguas diversas. Julgo eu, que não sou especialista, apenas um curioso interessado. A imposição do portugues como lingua oficial era um elemento inerente ao próprio espírito colonial e creio que todos os colonizadores, em Africa ou fora dela, assim procederam. Aliás, na época, outra coisa não tería sido possivel.
    Um abraço.

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