Raro é o dia em que uma ou mais bombas de alta potência não explodem no Paquistão, no Iraque, no Afganistão...Raro é o dia em que, nesses ataques terroristas, não morre uma centena ou mais de pessoas...Raro é o dia em que nós não nos apercebemos que o mundo está em guerra não declarada e, por isso, sem rei nem roque...
No Paquistão os Talibãs não gostaram que, por influência americana, por eles considerada contra-natura, as forças governamentais tenham lançado uma ofensiva de larga escala com mais de noventa mil efectivos contra os seus redutos e, vai daí, toca de retaliar com atentados da mais ampla repercussão pelo numero de vitimas que causam e pelos enormíssimos estragos que ocasionam...
No Afeganistão, tudo leva a crer que os Talibãs estejam a levar a melhor o que convida a um reforço da presença militar americana, com a ajuda de uma Europa que não está muito para aí virada. Ora, o erário americano não goza da melhor das saúdes por motivos conhecidos, o que coloca um problema de solução tremendamente difícil, enquanto os Talibãs reforçam posições.
No Iraque, estaremos em presença de um problema deveras sui-generis de falta de diálogo com o "inimigo"... O actual Primeiro Ministro que, com a ajuda dos americanos, conseguiu chegar à cadeira do poder sob a bandeira da "segurança", ignorou, no entanto, um dado importante, apesar de para isso ter sido alertado pelos americanos. É que, sendo, ele, chiita, deveria convidar para organizar e guarnecer as forças de segurança, os sunitas que já no tempo do anterior regime se ocupavam de tal pasta com a eficiência que se conhece...O Primeiro Ministro quis ser mais papista do que o papa e os resultados estão à vista: morrem todos os dias chiitas inocentes por causa de um P.M. que não gosta de conselhos...
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