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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CENTENÁRIO DA REPUBLICA ...

Aqui fica a nossa quota-parte nas comemorações do Centenário da República Portuguesa, que se completará no dia 5 de Outubro do ano que corre. E vamos começar pelo princípio, por A PORTUGUESA, que é o nome do Hino Nacional mas começou por ser uma melodia de índole patriótica composta e escrita em resposta ao ultimato inglês a propósito do chamado Mapa Cor-de-Rosa. Composta em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil. Todavia, a belicoso musica havería de ser proibida pela monarquia. Aliás, por motivos de ordem diplomática, o ultimo verso passou, de "...contra os BRETÕES marchar, marchar!" para "...contra os CANHÕES marchar, marchar!" . Na época não era invulgar chamar "bretões" aos ingleses ou britânicos... De resto, ainda hoje se referem a si mesmos como "britons"! A musica sofreu diversas alterações ao longo do tempo e é muito mais longa do que costuma ouvir-se. Na realidade, nas cerimónias que exigem a execução do Hino, apenas é executado um terço da sua versão integral que deixamos abaixo, em português do século XIX:
!
I
Herois do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Oh patria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!"
II
Desfralda a invicta bandeira,
À luz viva do teu céo!
Brade a Europa à terra inteira
Portugal não pereceu!
Beija o solo jucundo
O Oceano, a rugir de amor;
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!
III
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injuras da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!!!
---oooOooo---

2 comentários:

  1. O repórter "X" esteve lá nessa aventura!!!
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    ..." Poucas horas depois de um breve tiroteio de barricada no alto da Avenida e de im lacónico bombardeamento proveniente de uma insubordinação de marinheiros a bordo de um navio de guerra, proclama-se perante Lisboa atónica e, imediatamente depois, perante a passividade do país inteiro, o triunfo dos revolucionários.Este desenlace quase incruento é em sua aparente superficialidade o trágico desmoronamento instantâneo de todo um velho mundo.(...) è uma nação ferida de morte na continuidade da sua tradição eda sua história .(...)Assim o afirmam os triunfadores, principiando por arrancar do pavilhão que cobria a nacionalidade portuguesa a coroa real, mais da nação que de qualquer rei (...) Pobres homens, mais dignos de piedade que de rancor, os que imaginam que é com um carapuço frígio, talhado à pressa em pano verde e vermelho, manchado no lodo de uma revolta num bairro de Lisboa, que mais dignamente se pode coroar a veneranda cabeça de uma pátria em que se geraram tantos grandes homens, a cuja menória imperecível e não aos nossos mesquinhos feito de hoje em dia(...)
    Continua se o " homenageador" assim o entender!

    Um abraço monarquico de D. Arthur Mendez

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  2. Arthur, com th, cheira-me a bretão;
    Mendez, com z, cheira-me a galego...Não estaremos, aqui, perante uma conjura hispano-britânica para tomar de assalto o reino de Portugal - se fosse Reino? Para humilhação bastaram-me os tres Filipes e os tres generais napoleónicos...Os novos "reis" pelo menos são - ou parecem - portugueses!

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