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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

ANDAR PARA TRÁS...

Infelizmente, parece não vir longe o tempo em que a reforma média de um contribuinte mediano não dê para "mandar cantar um cego"...E que me desculpem os invisuais mas, neste caso, não me recordo de expressão mais eficazmente aplicável...
Durante muitos anos, o sistema de calculo das reformas, por um lado e o horizonte de vida dos reformados, por outro, conduziram a um gráfico francamente piramidal em que, a uma base contributiva relativamente robusta correspondia um vértice de contribuições bastante distante, situação de tal forma favorável que ninguém ousava sequer pensar que, um dia, o sistema entraria em colapso...E é para lá que caminha a passos gigantes, fruto de uma política de muitas reformas pricipescas e do significativo aumento dos tempos de reforma pelo prolongamento da longevidade dos beneficiários graças aos progressos das ciências médicas e medicamentosas registados nas ultimas décadas...De tal forma que a confortável pirâmide foi estreitando a base e alargando o vértice caminhando, agora, a passos largos para um desconfortável cilindro... Soluções? Não há varinhas mágicas para estas coisas em que o equilíbrio (instável...) só se alcançaria alargando a base contributiva e emagrecendo as contribuições, quiçá fixando um tecto por volta dos cinco mil euros...É que, tal como era, já era...Ainda hoje ouvi na TV que uma médica recem-reformada irá consumir a totalidade dos descontos para a Segurança Social logo nos primeiros cinco anos de reforma...

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