Muito embora conste hoje que o Presidente do Egipto (desculpem mas eu gosto mais com o "p") terá fugido para parte incerta, o discurso que ontem fez à Nação foi a repetição da velha história de oferecer com uma mão vazia e a outra cheia de nada e a gente pergunta-se o que será que segura um homem inteligente e vivido no poder contra a vontade do seu povo...Enfim, pergunta-se de que tecido genético são feitos os ditadores de tal forma é distorcida, anómala, a visão que têm das realidades do mundo moderno e das conquistas sócio-económicas levadas a cabo pelos povos, numa cavalgada imparável na busca da dignidade e do bem estar em que deixou de haver lugar para os salvadores de pátrias pela subjugação das gentes...Mubarak e outros lideres árabes que continuam a contrariar os ventos da História, são já figuras próximas do grotesco, autenticas peças raras no grande museu da civilização moderna...A tempestade que ora germina no Cairo e em outros países árabes é sinal de que os sacrificados povos por séculos de ditaduras mais ou menos ferozes, finalmente, acordaram ao verificaram que, afinal, os seus ídolos têm pés de barro e os seus réis vão nus...
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