Quando a crise financeira soprou do Oeste e varreu o globo como gigantesco temporal deixando um rasto de destruição à sua passagem, depressa os Bancos se lembraram do Estado, como garante da estabilidade do sistema bancário e o Governo, pressuroso e solidário, lá inundou a Banca com os nossos Euros e a arca manteve-se à tona das águas revoltas e inquinadas de produtos tóxicos americanos...Mas, como se sabe, a economia dos países periféricos, como o nosso, funciona como a manta curta: ou tapa a cabeça ou tapa os pés e, por via do seu bom-samaritanismo, o nosso Governo endividou-se para além do razoável...E, quando a luz encarnada se acende sobre a nossa dívida, os Bancos - os mesmos Bancos - vêm afirmar da sua indisponibilidade para comprar seja que volume for da dívida portuguesa...Acham que o Governo deve recorrer ao FMI e mecanismos afins...Eles, Bancos portugueses em devido tempo salvos pelas ajudas do Estado sacodem a água do capote! Têm todo o direito de serem ajudados quando a conjuntura a isso aconselha (ou talvez não...) mas não lhes assiste o dever de ajudar seja quem for, seja em que circunstancias for, seja em que medida for...
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