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sábado, 23 de julho de 2011

ESTUDANTES - SEF - PALOP ...

Um companheiro nosso destas viagens pelo infinito, estudante caboverdiano cursando no Porto, e que, no seu sitio, tem abordado a questão ao longo dos tempos, reagiu à história da minha carta de condução que aqui postei há dois dias, dada a semelhança que ela apresenta com a sua própria situação, no que concerne à necessidade de renovar, anualmente, a sua autorização de residência - ou o que quer que seja -  e, assim, poder prosseguir no seu curso. Acontece que, como relata, já em 2009, por atraso dos serviços dos SEF (Policia de Emigração e Fronteiras), o seu visto de permanência apenas vigorou 3 meses e, este ano, já se passaram 10  meses desde que requereu a sua renovação...Uma situação deste tipo calculo que provocará uma enorme desestabilização emocional com as pessoas temendo que, a todo o momento, um qualquer inspector menos compreensivo possa tomar um atitude que, nem por ser eventualmente legal, estaria ferida da mais deprimente injustiça. Isto acontece, estamos certos, porque os serviços que superintendem nestas questões não se dão conta da agressão psicológica que demoras deste tipo e em tais circunstancias, não estão de acordo com o dever de o País tratar os estudantes que nos escolheram para as suas formaturas, sejam eles dos PALOP ou não, com respeito pelos direitos que o seu estatuto lhes confere e com a educação e eficiência que todos os que nos visitam merecem, seja turistas, sejam homens de negócios, sejam estudantes... Muitos desses estudantes dos PALOP encontra-se em Portugal em condições económicas deficientes, até por falta de respostas atempadas e adequadas das suas próprias Embaixadas, vivendo tempos de algumas incertezas e não merecem que as autoridades do País que os acolhe lhes provoque problemas acrescidos por motivos de mera índole burocrática...Senhores do SEF e autoridades afins, vamos lá colocar em prática o espírito do livre transito de pessoas e bens que rotula o clube dos Países Lusófonos, implementando medidas e processos que facilitem a estadia entre nós dos estudantes dos PALOP e não dificultando-lhes a paz de espírito tão necessária a quem estuda longe da sua família e do seu País.

2 comentários:

  1. Caro Zito,

    Obrigado por por teres abordado o assunto! Estive esta semana no Pastoral Universitário, o padre António Bacelar( longa vida para este senhor que nos tem ajudado nos momentos da afrontas) està a par da situaçao.

    Se me permites, vou roubar este post para o meu cantinho.

    Abraço

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