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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

GREVE - DIREITO OU DEVER?!...


Não tenho especial simpatia pelas greves, sejam elas gerais, sectoriais, parcelares, políticas, cívicas, populares, sindicais ou outras que tais...O que acho é que cada sociedade devia ter a verdadeira dimensão dos seus direitos e deveres num esquema social em que cada um cumprisse com os seus deveres de acordo com o lei livremente sufragada e usufruísse de todos os seus direitos estatuídos na mesma base...Uma sociedade deste tipo não necessitaria de greves para coisa nenhuma e até se podia chegar ao extremo de as proibir...Mas, cuidado, que nos regimes autoritários a greve é um direito inaceitável, mas não é disso que aqui se fala; aqui autopsia-se a greve em democracia...De resto, sempre que há uma greve, das duas uma: ou a democracia não está a funcionar como deve, ou os grevistas agem com intenções suspeitas para obterem algo a que não têm direito ou por mera estratégia desestabilizadora de contornos político-ideológicos...Depois, a greves fazem-se acompanhar de marginalidades insuportáveis numa sociedade democrática, como sejam os famosos piquetes de greve, que devem ter sido inventados por um filho bastardo de Maquiavel...As greves, sendo um direito, são de opção livre não podendo, por isso, opor-se, de forma nenhum, aos que queiram trabalhar e não me parece que seja esta a finalidade última dos piquetes, títeres de um fundamentalismo doentio e da visão retrógrada dos fundamentos da própria democracia...Aliás, para certas forças políticas, as greves são uma espécie de poção mágica para extravasar o seu fel ideológico e anti-patriótico a julgar pelos esgares de puro deleite com que referem os números significativos dos aderentes à greve, neste e naquele sector, respondendo aos prejuízos que as greves provocam à economia nacional com tristes demonstrações de quem goza verdadeiros orgasmos intelectuais na prática do QUANTO PIOR...MELHOR!

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