Portugal conseguiu, na reentrada nos Mercados de Dívida, a negociação de 2,5 mil milhões de Euros, a 5 anos e ao juro de 4,891% (este preciosismo é, simplesmente, delicioso...), em que, apenas 7% foram negociados por investidores nacionais e a procura superou a oferta na proporção de 1 para 5...
O coro que, entretanto se seguiu ao anuncio oficial da operação é que não podia ser o mais desafinado, ou não estivássemos nós em Portugal onde, desde sempre, os OUTROS fazem sempre porcaria: NÓS é que somos bons...O Governo e os que lhe são próximos, claro, acham que foi uma jogada de mestre que vem provar que os mercados estão a recuperar a confiança em Portugal pelo seu desempenho na execução do Pacto de Estabilidade sob os auspícios da Troica; outros, acham que foram as instâncias europeias ao implementarem medidas de defesa do Euro que levaram os mercados a recuperar alguma confiança pelo que o Governo não necessitou de mexer uma palha, apenas aproveitar a oportunidade de mão beijada que lhe era sugerida. Esta é, aliás, a posição do neo-esquerdista Freitas do Amaral, enquanto, na mesma linha de pensamento, Louçã, o ultra-esquerdista, diz que isto tudo é uma mistificação pois com este equívoco regresso aos mercados o Governo nada mais fez do que endividar-se ainda mais sem que desta nova "burrada" advenha algo de positivo para para o País e para o povo...Incrível, como um facto tão linear consegue ter tão díspares leituras, fruto de uma incoerência intelectual que teima em deformar a moldura ideológica dos nossos políticos...
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