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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A BOAVISTA E O PINHAL DE LEIRIA...

 do

Quando aqui publicámos, há dias, umas fotos da Ilha da Boavista, em que são bem visíveis as belíssimas dunas, o nosso amigo Jack fez-se eco dos problemas que essas mesmas dunas representam, na sua caminhada inexorável na esteira dos ventos dominantes.
No SEC. XIII, o Rei de Portugal D.Afonso III, dando respostas às queixas que os agricultores da zona da Marinha Grande cujas terras começavam a ser conquistadas pelas areias sopradas da costa Leste pelos fortes ventos, ordenou o plantio do Pinhal do Rei, Mata Nacional de Leiria ou Pinhal de Leiria, entre as dunas e as terras aráveis de uma vasta zona. Esta zona acabou por ser ampliada, entre 1279 e 1325 pelo Rei D.Dinis, para os 11.080 hectares actuais. Os resultados fizeram jus ao esforço gigantesco de que até a era dos Descobrimentos haveria de cobrar dividendos pela abundância de madeira de pinho bravo de que o País dispunha e sem a qual teria sido economicamente inviável a construção dos navios de quinhentos...
Passaram-se, entretanto, cerca de 660 anos desde que o Pinhal de Leiria se  tornou uma mata adulta, com exemplares de 20 anos de idade e mais, prontos, portanto para aproveitamento se assim fosse entendido, como o foi, o que nos leva a pensar que, com o apoio de técnicas e métodos modernos, se poderia plantar uma mata de oposição ao avanço das dunas, na Ilha da Boavista e colher os frutos da sua existência em 15 anos, ou menos.
Isto, claro, se a tecnologia não aconselhar outro qualquer método de intervenção, por muito bem sucedida que tenha sido a ideia de D.Afonso III e D.Dinis... 


3 comentários:

  1. Fugindo do tema, passo aqui para agradecer suas visitas ao blog e seu incentivo.
    obrigado meu amigo do além mar. Nossos corações nos une e não serão movidas deste estado pelos ventos da Boavista, até que um dia, Deus permita nos vejamos de perto.
    Até a vista.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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