Não vou muito à bola com as sondagens...De resto, os que ficam atrás, dizem que "as sondagens valem o que valem..." e os que ficam à frente, acham que os resultados são a mais pura amostra da vontade popular...
Cá para mim, acho que mais de metade das pessoas que são "sondadas" mentem ou respondem evasivamente com receio de se comprometerem ou com vergonha de se saber que, afinal, pertencem ao partido tal, mau grado o secretismo prometido pelos sondadores...
Vem isto a propósito de uma sondagem levada a cabo pela Universidade Católica, cujos contornos foram hoje divulgados. Segundo o estudo, se as eleições se realizassem na ocasião dos contactos (e não HOJE, como ouvimos dizer na rádio e lemos nos jornais...), o PS obteria 35% dos votos, o PSD, 32%, a CDU, 11%, o BE, 7% e o CDS-PP, 3%... Segundo a entidade responsável, os números do PS e do PSD (ambos 4% acima dos obtidos em Março!) revelam uma diferença que não é estatisticamente relevante o que significa que, em termos reais, o dois partidos se encontram empatados...Já o CDS-PP desceu 5% - quiçá "graças" à birra do seu Presidente - enquanto CDU e BE, desceram mais ligeiramente...
É claro que há "especialistas" que tiram conclusões mirabolantes deste escalonamento dos partidos, depois da crise e das cobras e lagartos que chovem sobre o Governo de quase todos os quadrantes...Nós, só fazemos uma leitura, se partirmos do principio de que estes resultados são suficientemente credíveis e representativos do pensamento da população portuguesa: o povo não se deixa levar pelos discursos inflamados de uns quantos arautos da desgraça e avisa que, para ele, não existe alternativa política no actual quadro institucional...Pelo que, podemos adiantar, as eleições antecipadas como toda a oposição exigia, teriam sido, para além de um erro político gravíssimo, um desnecessário dispêndio de dinheiros públicos não necessários em sectores vitais da nossa vida comum...
Mas até se compreende que, para algumas forças políticas, podia haver eleições todas as semanas pois, praticamente, vivem dos subsídios estatais que auferem para custear as despesas das campanhas!
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