DA IMPRENSA: DIRECTORA-GERAL DA
UNESCO ELOGIA PATRIMÓNIO DE
CABO VERDE...
Com notícias dessas ficamos tristes e contentes, entre o chorar e o rir, pois já não se consegue mais distinguir a verdade da mentira, o trigo do joio. Ou isto é pura intoxicação? Dá para perceber?
O que é que dirão todos aqueles que vêm lutando para que o património material, natural e imaterial de Cabo Verde seja preservado e que em vez disso a única resposta que obtêm são buldozers, o escárnio ou a indiferença? Por acaso soube ela da luta travada contra o governo para salvar a casa Adriana, e como foi cobardemente abatida a casa, na calada da noite, para aí construir o maior mamarracho de S. Vicente, em nome do bem-estar do povo (o povo que ao burro comparam, como já dizia Bocage)? Sabe do estado em que está o Éden Park, o Liceu Velho ou o Fortim? Sabe ela que o património natural terrestre e aquático pode estar em risco devido à ignorância científica ou ao desprezo pela natureza?
Sim, senhora, Cabo Verde como qualquer país tem um património herdado de 550 anos de história, mas em que estado é que está? Do pouco que havia, fruto de um investimento muito recente, que data dos últimos dois século, está sendo varrido pela ignorância atrevida do novo-riquismo kitch (esta doença infantil do desenvolvimento desenvolvimentista).
Conhece ela o património de Cabo Verde? Alguma vez visitou a ilha de S. Vicente e outras partes do país e viu o que o governo e as câmaras, muitos cidadãos inconscientes e especuladores andam a fazer, literalmente maltratando o património?
Com estas notícias só posso responder cada vez mais. Indignez-vous.
Abraço
José Fortes Lopes
Reagi ao mail do José enaltecendo a sua militância a favor de S. Vicente e fazendo alguns comentários sobre esta notícia. As declarações dessa directora demonstram o grande desfasamento que existe entre o mundo virtual dos políticos e a realidade em que os povos vivem.
ResponderEliminarLi e aludo...
ResponderEliminarAo ler este título e ver as fotografias como não podemos ser irónicos. Estes agentes dessas organizações internacionais às vezes parecem uns embriagados que andam a deambular pelos países para produzirem banalidades ou lugares comuns e ganharem os seus chorudos salários de fim de mês
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