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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

(6341) - SÓ MÁS UM SOLIM, LUIS!...

 
Sob o título em epígrafe, escreveu o jornalista, senhor Eduino Santos, uma interessante crónica sobre alguns dos males que afectam a cidade do Mindelo e a ilha de S.Vicente,  evocando a figura do grande músico para "más um solim...", espécie de "requiem", por cada um de tantos malefícios atentatórios do património histórico-cultural da cidade, por incúria das entidades decisórias, sobretudo, do poder central e centralizado da capital do país...
Dou de barato a referencia à Assomada e a Freixo de Espada à Cinta (que não conheço) e, se encontro alguma justificação para a santiaguense, não vislumbro qual o papel da distante vila portuguesa neste contexto...
Mas, o articulista denuncia a antiga Presidente da Câmara Municipal de S.Vicente (querida Zau), por ter dado a uma praça o nome de "um qualquer Luís português" em vez,  por exemplo, do de Luís Morais... Nada temos contra,  antes pelo contrário, que o meu grande amigo Luís Morais tenha, no Mindelo, o nome de uma Praça, de uma Rua, de uma Avenida mas, nestas coisas eu acho que é necessário respeitar a História...
A Cooperação Portuguesa já teve diversas intervenções no Mindelo, por exemplo, na restauração da Réplica da Torre de Belém, na recuperação do edifício onde se instalou a Mediateca do Mindelo e, também, na reconstrução da Praça de D.Luís, que já tinha esse nome quando, em 1894 foi cedida à Companhia de S.Vicente de Cabo Verde, controlada encapotadamente pelos ingleses, e que aí instalaram a sua sede e os armazéns de carvão...
A questão suscitou, na altura, grande polémica, pois nessa praça estavam instalados importantes pólos comerciais e administrativos. Para além disso, era o local onde a população costumava juntar-se para ouvir as bandas dos vasos de guerra brasileiros, argentinos e ingleses que demandavam o Porto Grande...Terá sido graças ao descontentamento popular que, em 1895 foi construída a Praça Serpa Pinto, a que toda a gente chama Praça-Nova!

1 comentário:

  1. Comentei no próprio jornal, mostrando a minha absoluta concordância com o Eduíno. Mais, num post mais recente do ARROZCATUM convoquei o Luís Morais para entrar na noite mindelense de hoje e embriagar-nos com a sua música.

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