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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

(6395) - CABO VERDE - REGIONALIZAR...

Regionalização de Cabo Verde é consensual entre todos os partidos

A regionalização política-administrativa descentralizada de Cabo Verde, baseada em ilhas regiões, é consensual entre todos os três partidos políticos com assente Parlamentar (PAICV, no poder, MpD e UCID, na oposição). Todos invocam um debate nacional sobre o tema para encontrar um modelo realista, mas alertam: “e necessário uma revisão constitucional, que só será possível em 2016”.

Essa posição ficou esclarecida no encontro de reflexão e debate sobre o tema “Regionalização no quadro do Desenvolvimento do País”, comandado pelos deputados da Nação Júlio Correia (PAICV), Jorge Santos (MpD) e António Monteiro (UCID), realizado nesta quarta-feira, 15, na Ribeira Grande, Santo Antão. A iniciativa enquadra-se no programa das actividades comemorativas do Dia do Município e do patrono da ilha das montanhas (17 de Janeiro).
Perante uma plateia de mais de duas centenas de pessoas, entre elas, os presidentes das Câmaras Municipais da zona norte da ilha das montanhas, Orlando Delgado (Ribeira Grande) e António Aleixo (Paul) e da ilha de Boa Vista, José Pinto Monteiro, os três responsáveis dos partidos nacionais, (PAICV, MpD e UCID), nos seus discursos, foram unânimes em afirmar que e necessário a “Regionalização Politica-Administrativa Descentralizada do pais, baseada em ilhas regiões”.
“A realidade física de Cabo Verde e as actuais exigências da dinâmica do seu desenvolvimento económico e humano, exigem que a sua actual Administração seja levada mais perto das populações. Ou seja, dá-las o poder de acção e de decisão, em todas as esferas do seu próprio desenvolvimento, desde as realidades local, regional, nacional e global”. Eis as razoes evocadas no encontro, que levaram Júlio Correia, Jorge Santos e António Monteiro a concluírem que a regionalização baseada em ilhas regiões é consensual entre todos os Partidos.
A forma realista, transparente e objectiva que decorreu o encontro, surpreendeu todos os presentes, a ponto de proporcionar uma boa participação nos debates, após dos discursos. “Exigimos que a discussão desse tema ‘Regionalização Politica-Administrativa Descentralizada de Cabo Verde, baseada em ilhas regiões’’, seja massificada para que possamos encontrar, em conjunto, o modelo realista, que sirva a todos. Ela não pode ser feita só no seio dos políticos”, apelaram os intervenientes.
Um participante, muito satisfeito com a forma como decorreu o encontro, no fim deixou a seguinte recomendação. “Pensar na regionalização como solução para por fim às disparidades regionais, não tem fundamento. Muitas das disparidades que existem entre as diversas ilhas de Cabo Verde dependem de factores muito fortes que transcendem, em larga escala, o plano de intervenção político e administrativo, por que as ilhas são diferentes. Mas defende o respeito mútuo”.
MN
in. A SEMANA


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Isto é boa notícia! Agora sejamos como São Tomé: ver para crer! A Regionalização não é um fim sem si mesmo, mas um meio paradesenvolvimento e um maior envolvimento da sociedade nesse processo.
Ilha Região? Ok, mas no futuro vamos ter que olhar para as nossas ilhas irmãs e estabelecer uma parceria ou mesmo uma grande região. Neste momento seria uma batalha perdida à partida propor isso aos santantonenses. Se ganharmos a batalha da ideia da Regionalização como um dado adquirido, depois é uma questão de diálogo com as ilhas vizinhas: acabar com as rivalidades e estabelecer em CV um espírito de parceria e não competição malsã.
Abraço
José Fortes Lopes

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