2ª Parte-A
decadência de S. Vicente: o triunfo da ruralidade, o retorno ao passado e a
crise de valores
IN ‘ Quando o PAIGC Achou/Redescobriu
S. Vicente’
Com o
tropeção de Portugal em África e a emancipação das suas colónias a seguir à
revolução de Abril, poderia Cabo Verde ter galgado uma onda transformadora sob
os auspícios da liberdade para repensar o seu futuro. De novo, S. Vicente fazia
jus ao mérito de, pela segunda vez, ser a alavanca anímica para o progresso, já
que foi no seu seio que se fermentou a consciência revolucionária no território
e se abriram as portas ao PAIGC para a tomada do poder. No entanto, a sua
vocação para esse desígnio iria, por estranho paradoxo, torná-la vítima a longo
prazo (40 anos) das suas próprias virtudes, em virtude do ostracismo a que a
ilha foi sendo votada, assim como todos os valores que a caracterizavam:
liberalismo, cosmopolitismo, abertura de espírito, inconformismo etc. O regime
instalado em Cabo Verde, embora de cariz justicialista e mesmo messiânico, era
incompatível com uma sociedade de valores livres e liberais, incarnada em S.
Vicente, por razões que serão desenvolvidas mais à frente.
Na
realidade, é o advento do Estado Novo nascido com o 28 de Maio de 1926 e a sua
longevidade de 50 anos, de par com o lento decair da influência e da presença
inglesas, que marcam o fim da ascensão da ilha, iniciada nos meados do século
XIX, representando um rude golpe na economia do arquipélago e numa trajectória
que parecia imparável. O conservadorismo do regime salazarista e a ausência de
perspectivas económicas constituíram o primeiro desencontro da ilha com a
história. Punha-se fim a uma experiência de cerca de um século e meio na ilha
que resultou numa das maiores expansões económicas alguma vez ocorridas no
arquipélago, e o ‘Cabá Carvon’ da década de 40 do século XX engendrou o ‘Cabá
Vapor’, entrava-se num novo ciclo de estagnação económica, uma nova era
caracterizada pela emigração em larga escala (para os que mesmo assim podiam
emigrar). Para a população residente as perspectivas ficavam cada vez mais
sombrias, condenada a uma pobreza irreversível por escassez de trabalho. O
imobilismo do Estado Novo contrastou com o dinamismo francês na vizinha Dakar e
o espanhol nas Canárias, que atempadamente souberam atrair para si o tráfego
marítimo internacional. S. Vicente e Cabo Verde ficariam à espera de mudanças
na Metrópole e de novos ventos que não tardariam a soprar.
O 25 de
Abril e o 5 de Julho constituíram momentos revolucionários nunca dantes vividos
na ilha, em que os mindelenses, liderados pela juventude estudantil e a pequena
burguesia local, participaram efusivamente numa ampla movimentação social só
comparada com as manifestações religiosas que no passado ocorriam. Esses
momentos marcaram o início de uma nova era no arquipélago, uma ruptura com o passado sufocante associado ao Estado
Novo conservador e paternalista. Desta vez, o povo mindelense participara numa
revolução pacífica, foi o principal actor, entregando-se de corpo e alma
inteiros à uma justa causa. O povo da ilha desafiou a sociedade de então,
dançou, cantou ruidosamente com todas as suas energias, manifestou, amou
livremente, enfim, fez tudo o que era proibido, tornara-se proibido proibir.
Nada seria como dantes na ilha. Teoricamente, entrava-se na era das manhãs
radiantes, da total liberdade de expressão de pensamento e de criação, do
progresso material e espiritual, do pão e trabalho para todos, acreditando que
brevemente ver-se-iam águas a correr pelas levadas como prometiam as canções
revolucionárias (a ilha de S. Vicente continua tão seca como em 1975 e a águas
das chuvas torrenciais anuais que erodem os seus solos só tem um destino o mar).
Mas, como todos sabemos, nada disso se passou, e a festa foi de pouca dura, ou
melhor, foi como a voragem dos festivais de um dia que animam uma população em
desnorte de valores, sem trabalho, nem futuro, em que o que resta de esperança
rima com o eco do passado que se recusa e emoldura-se com afloramentos da
palavra mítica e intraduzível "Sabe" mas que
esconde um certo fatalismo ou mesmo nostalgia: "Passá Sabe", "Sabura", "Depôs de Sabe Morrê Ca Nada", "Soncente Um Vez Era Sabe" ou mesmo, por auto-estima ou auto-consolação a máxima "Soncent
ê sabe...". Passados 40 anos e ainda sob o efeito da ressaca
revolucionária, os sobreviventes "ressaciados" desse período e das
mil promessas enganosas, enxugam as suas lágrimas ante a memória do honroso
passado de que o glorioso Eden Park, hoje em ruinas, é um túmulo simbólico com
este triste epitáfio: "Aqui Jaz
a Capital Cultural de Cabo Verde e a Esperança".
Como já foi referido
com o 25 de Abril, o PAIGC, partido com
pouca implantação e até desconhecido da esmagadora maioria da população
cabo-verdiana (devido provavelmente ao eficaz controlo do sistema do Estado
Novo e ao zelo da PIDE), entra logo em cena, é levado aos píncaros pelos estudantes
e a classe média mindelense e efectua um verdadeiro ‘rally’ político em Cabo
Verde. Ao mesmo tempo marginalizam-se forças autóctones entretanto nascidas com
o 25 de Abril, assim como as figuras consideradas proeminentes no arquipélago,
por serem na época consideradas politicamente ilegítimas (o PAIGC ganhou toda a
legitimidade histórica por ter combatido Portugal na Guiné em nome de Cabo
Verde). Este partido negoceia assim unilateralmente com Portugal a
transferência de poderes, excluindo assim a possibilidade de as outras forças
políticas autóctones terem uma palavra a dizer no processo negocial ou no
desenho do novo país. O PAIGC tornou-se num ápice força dirigente de Cabo
Verde, a luz e o guia do povo e, portanto, auto-legitimado para governar sozinho
tempo indeterminado e redesenhar o novo país à luz dos seus interesse e/ou ideais.
Aparentemente silenciados qualquer oposição ou contestação interna no país, estavam
lançados os dados em Cabo Verde e o seu futuro, pelo bem e pelo mal, ia
depender desta trajectória inicial.
Ao mesmo tempo que a população mindelense festejava
ruidosamente a liberdade conquistada (na realidade era só uma face da moeda), antevia-se
nos bastidores que o programa do PAIGC não se anunciava de todo amigável para a
ilha, nem para Cabo Verde, deixando muita apreensão no ar: nacionalizações (de
que?), restrições, racionamentos, economia centralizada e estatizada, colectivismo, reforma agrária (onde?), partido único
e delito de opinião por quem tivesse ideias contrárias ao poder. Na realidade
não se sabia por onde pegar ‘a ponta’ e não havia uma ideia do país nem programa
económico coerente. Pior, o regime que se pretendeu ter nascido nas matas da
Guiné, forjado na luta de libertação, que envolveu essencialmente camponeses, defendia
constituir a
sua principal base de apoio nos campos (?) de Cabo Verde, ou seja nas ilhas
mais populosas do arquipélago, Santiago, que felizmente para as pretensões do
PAIGC era a sede da capital do país. Nesta
problemática a questão que o PAIGC deverá ter-se colocado terá sido o que fazer
da principal base de apoio político, a ilha de S. Vicente, que deu o maior
contributo para a independência e a instalação do partido no poder, agora que
estava tudo consumado?
Esta opção ideológica
representaria o triunfo da ruralidade, o retorno ao passado, muito marcado
pelas teses revolucionárias em voga no Terceiro Mundo. Em segundo lugar,
pretendia-se uma ruptura total com o passado colonial, extirpando aquilo que
denominavam de sequelas do colonialismo português em Cabo Verde, e por fim
construir um homem novo limpo das mesmas sequelas. Nesta corrida, S. Vicente
estava mal posicionada: a ilha revolucionária que adoptou incondicionalmente o programa
do PAIGC, estaria corrompida espiritualmente, sendo mesma vista por alguns ‘intelectuais’
de circunstância como filha bastarda do colonialismo, aliada do colonialismo
português, um estigma recorrente nalguns meios intelectuais fundamentalistas.
Inicia-se assim a longa marcha rumo ao Centralismo em Cabo Verde polarizado na
Praia, uma opção declaradamente assumida pelos poderes. É
nesta perspectiva que uma ilha como S. Vicente não foi comtemplada com uma
única representação do Estado, e a ‘Praia de Bote’ ficou mais uma vez a ver
navios passar, ao mesmo tempo que a ilha perdia (e continua todos os dias a
perder por inercia) massa crítica, actividade comercial e empresarial, e o
dinheiro deixava de nela circular. A ilha muito participante e confiante no
futuro radiante e próspero prometido em 1975 pela independência, transformou-se
num pares de ano em ilha abandonada, deserta humanamente e culturalmente,
descrente de sim mesma, sem trabalho, onde nada acontece para além de alguns
festivais e o Carnaval inicialmente improvisados, depois institucionalizados.
S. Vicente tornou-se paradoxalmente num problema pós-colonial de Cabo Verde,
não sabendo os poderes o que fazer dele. Esta ilha ficou paradoxalmente refém das
contradições ideológicas insanáveis do regime e da nova ideologia cabo-verdiana.
Mas para o povo alheio ao que se tramava, a vida continuava, na ausência de
mais perspectivas, o ‘Passá Sabe’
tornou-se o leitmotiv e a infindável
farra que se iniciou no 25 de Abril tornou-se parte da decoração. Enquanto
isso, assistiu-se impávido e sereno à descaracterização rampante da linda
cidade e alguns mindelenses ainda embriagados pelas palavras de ordem
revolucionárias, declaram ou apoiam ‘Tud
Pa Tchom’ ao lindo património arquitectónico, caracterizado de ‘Bedjera’. Ainda hoje, enquanto grupos militam para a salvagurada e requalificação do património imaterial e material
da cidade, outros modernizadores e demagogos prometem atirar ‘o Velho’ de Cabo
Verde para o Lixo da História, usam
palavreado modernista, apelidando de pardieiros
imundos, refúgios de drogados ou lixeira degradante da Cidade do
Mindelo, a antiga Casa
Adriana, o Eden Park, e amanhão se nada for fito, talvez Liceu Gil Eanes, o
Fortim e tantos outros edifícos deixados intencionalmente ou por ignorância
cair em ruina.
Um dos leitmotiv do regime implantado em Cabo Verde era
acabar com a miséria endémica que grassava no interior de Cabo Verde, sobretudo
nos campos, com particular acuidade na ilha de Santiago. Todos os recursos e energias
do país foram mobilizados para este combate. Todavia segundo uma absurda tese
económica em voga no Cabo Verde de 1975, e ainda hoje persistente, S. Vicente
não se devia desenvolver mais, tinha que parar no tempo (imaginem!) para que as
outras partes do país chegassem ao seu nível de ‘(sub)desenvolvimento’. O
objectivo desta política “justicialista” seria, segundo os seus mentores,
contrariar o privilégio colonial (?) que alegam ter contemplado S. Vicente,
pelo que esta ilha devia ser ‘punida’ durante décadas. Para fazer justiça reinvestiu-se
na ilha capital e criou-se nela uma nova burguesia nacional, a nova base de apoio
de todos os regimes vigentes no país desde a independência. Este efeito nunca
mais parou, e a tendência de transferir recursos para a nova capital foi
continuamente prosseguida, o que descapitalizou humanamente e economicamente S.
Vicente e o resto do país, explicando grande parte a situação de decadência que
encontramos na ilha. No preciso momento em que existe um discurso de
recuperação (fruto de inúmeras pressões da sociedade civil para que se implementem
políticas no sentido de travar o declínio de S. Vicente e das outras ilhas)
prossegue a hemorragia humana da ilha e o centralismo inexorável do país: todo
o centro político e económico está situado ou tem tendência a centrar-se na
capital, todos os quadros mais competentes ou recém-formados, todas as
profissões, todos os projectos, as empresas nacionais, todas as iniciativas só
têm um destino, a capital. Este movimento transforma Santiago na única ilha
onde os investimentos são mais viáveis, onde circula capital e dinheiro, onde
há poder de compra, onde se criam empregos, onde há perspectiva de ascensão na
carreira etc. Poucos países no mundo apresentam tais características
concentracionárias. Se isto não resulta de um plano arquitectado, então pode-se
afirmar que os regimes e as elites que governaram o país não têm qualquer noção
e sensibilidade para administra-lo, pelo que nunca farão nada para contrariar
os efeitos perversos da política injusta e absurda a que meteram ombros.
Mas esta
política não foi implantada sem resistências em S. Vicente. Os primeiros sinais
preocupantes de que a economia do principal centro económico do arquipélago
entrava em colapso foram emitidos já em 1977 por uma sindicância de
comerciantes mindelenses e enviada ao regime (que acolheu mal essa
manifestação) pedindo atenção especial para os problemas da ilha. O efeito do fim
da presença contingente militar português e da fuga para fora do país ou da
emigração para a capital de um grande número de funcionários e da então ‘classe
média’ já se fazia duramente na ilha, exigia alternativas. Mas o regime não
tinha nem solução nem políticas específicas para a ilha na mediada em que se
anunciava um ‘comunismo’ entre as ilhas, ou seja equipartição de recurso.
Obviamente que numa visão justicialista do país, não podia haver áreas do país
privilegiadas em termos de investimentos, todavia uma visão estratégica e
responsável do país aconselhava não deixar a principal ilha e economia do país
ir para o “esgoto”. Mas na realidade em vez de políticas de nivelamento do
país, eram as políticas de austeridade, racionamento, colectivismo e
centralismo na Praia ensaiadas pelo regime, que começavam a asfixiar a ilha e
por ricochete o resto de Cabo Verde. Todo o potencial da ilha estava morrendo
de inanição a olhos vistos, sem alternativas possíveis no quadro dos
fundamentos em que se assentava o regime. Exigia-se uma
NEP (nova política económica) tal como Lenine na Rússia nos anos 20 do século
passado. Mesmo a própria Diáspora, que podia ser o maior parceiro do
desenvolvimento do país, foi alienada em 1975, posta de costas viradas ao país.
Iniciou-se a crispação, a revolta na ilha e o início do sentimento de oposição:
nascia em S. Vicente a contestação ao regime e ela se alastrou à Diáspora, já
muito desconfiada. O PAIGC/CV começava a perder irreversivelmente a ‘mão’ em S.
Vicente. Mas a resposta não se fez esperar, uma onda de repressão abateu-se
sobre a ilha, e uma chapa de chumbo sobre o arquipélago. As pessoas começaram a
temer o ‘Partido’. Com o apoio da
oposição fixada na diáspora, mas ainda embrionária, ressurgia das suas cinzas a
oposição e a contestação interna no país.
Mas não
fosse a esperança na Perestroika de Gorbatchev, o fim do Muro de Berlim e a
alternância nascida 1992, o arquipélago estaria, talvez, ainda mergulhado no
sistema de partido único, sem perspectivas de saídas possíveis. Com efeito, com
os sinais de abertura no Mundo e em Cabo Verde, S. Vicente podia de novo
acreditar no futuro na medida em que a abertura, a democracia seria a panaceia,
o remédio para os seus males. Nada mais falso! Hélas, por detrás da Democracia
emergia um novo fenómeno em Cabo Verde, que progredia silenciosamente por
dentro dos partidos, o chamado Fundamentalismo, que eclodiu no início do
milénio.
Com a democracia dos números, tinha
chegado a hora de Santiago, ilha que se considerava até então subjugada,
esquecida, oprimida; a hora da interioridade de Cabo Verde, do outro Cabo Verde
que reclamava o poder. Tenta-se voltar aos Fundamentos de Cabo Verde século XV-XVIII
e consagra-se a Cidade Velha quinhentista em ruinas ao estatuto da quintessência de Cabo Verde, ao
mesmo tempo que se desvaloriza ou se é indiferente em relação a todo o resto do
património espalhado pelas ilhas. Triunfava a maioria dos números, que
curiosamente em Cabo Verde não é a da maioria sociológica, o confronto de duas
realidades bem diferentes no arquipélago. No espaço de uma geração os
Fundamentalismos estavam convencidos de terem realizado uma revolução
sociológica em Cabo Verde, de ter nascido enfim um Homem Novo com raiz fincada
em Santiago, que reclamava ser o Cabo Verde Novo. O crescimento e a ‘Exuberância
Irracional de Santiago’ condenavam preocupantemente o resto de Cabo Verde
a transformar-se em paisagem. Estava-se assim decidido a construir a todo o
custo um utópico e ideológico Estado Nação à imagem da maior ilha do
arquipélago. Nesta perspectiva o primeiro debate sobre a Regionalização no Colóquio/“Atelier” de 9 a 11 de Abril de 2007, que “visava
consensualizar os conceitos em torno da matéria da descentralização,
desconcentração, ou até mesmo regionalização” (5), uma ideia bastante popular na altura, tinha sido na
realidade organizada a contragosto, mas estava destinada a enterrar de vez a
ideia da Regionalização de Cabo Verde.
Silenciava-se tudo, provisoriamente. E os problemas
recomeçavam e pioravam para S. Vicente! (fim)
Poderá ainda a Ilha renascer das suas cinzas
no actual contexto de Cabo Verde? No próximo artigo apresentarei a problemática
Regionalização da França (1980) e mostrarei que o processo desenvolvido neste país fez escola e é de grande interesse para
uma nova organização política e administrativa de Cabo-Verde. Constituirá o
pano de fundo para a defesa de um modelo de Regionalização
que considero mais adaptado à realidade arquipelágica de Cabo Verde, e que
melhor servirá os interesses de S. Vicente e das outras ilhas periféricas. Talvez
S. Vicente poderá levantar-se de novo!
José Fortes
Lopes
1-JOSÉ FORTES LOPES Revisitando a história de Cabo Verde no período que
precede a independência. Secção B -Os condicionalismos
históricos que levaram à instalação do monopartidarismo,http://www.jsn.com.cv/index.php/opiniao/532-jose-fortes-lopes-revisitando-a-historia-de-cabo-verde-no-periodo-que-precede-a-independencia-i-continuacao
2-JOSÉ FORTES LOPES Revisitando a história de Cabo Verde no período que
precede a independência. Secção A - Do Monopartidarismo ao Centralismo http://www.jsn.com.cv/index.php/opiniao/525-jose-fortes-lopes-quando-o-paigc-achou-redescobriu-s-vicente-i
3-JOSÉ FORTES LOPES Quando um filho de S. Nicolau, Baltazar Lopes da Silva, poderia ter
jogado um papel político proeminente no Cabo Verde do pós-25 de Abril e do
pós-Independência.
http://www.jsn.com.cv/index.php/opiniao/84-jose-fortes-lopes-quando-um-filho-de-sao-nicolau-baltazar-lopes-da-silva-poderia-ter-jogado-um-papel-politico-proeminente-no-cabo-verde-do-pos-25-de-abril-e-do-pos-independencia. Jornal de São
Nicolau, 14 Outubro de 2013
4-JOSÉ
FORTES LOPES: Pensando Cabo Verde de outra maneira - Quando as Reformas Democráticas e o Conceito Plural de Cabo Verde deram
razão a Baltazar Lopes da Silva. http://www.jsn.com.cv/index.php/opiniao/93-jose-fortes-lopes-pensando-cabo-verde-de-outra-maneira-quando-as-reformas-democraticas-e-o-conceito-plural-de-cabo-verde-deram-razao-a-baltazar-lopes-da-silva. Jornal de São
Nicolau, 15Outubro de 2013.
5-
LIMA, Adriano, A Regionalização em Cabo Verde: Recentrar o tema na agenda
Nacional. Liberal Online, Fevereiro de 2012
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