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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

[6583] - PRATO DO DIA...


PATANISCAS DE BACALHAU C/ ARROZ DE FEIJÃO
Facebook - Gostos&Sabores

5 comentários:

  1. Aprovadíssimas, as pataniscas! Venham elas pelo correio expresso, para o almoço de amanhã.

    Braça sem espinhas,
    Djack

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  2. Talvez seja da minha vista...

    O arroz está muito esbranquiçado... S&O o arroz deve ser de tomate, malandrinho de comer à colher!

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  3. Claro que gosto de pataniscas desde que sejam bem feitas. Não aquelas que eu comi na Messe de Oficiais de Évora por volta de 1992, num sábado, ao jantar. Vou explicar. Essa Messe destinava-se principalmente a apoiar os oficiais do antigo Quartel General da Região Militar sediada em Évora. Por conseguinte, funcionava em pleno nos dias úteis. Mas aos fins-de-semana tinha um funcionamento bastante reduzido, mesmo muito reduzido, para apoiar oficiais e suas famílias que eventualmente transitassem por Évora ou a visitassem em turismo.
    Foi o meu caso quando, em Julho de 1992, ali pernoitei de sábado para domingo, a caminho do Algarve, em férias com a minha mulher e as duas filhas. Se a comida nos dias úteis era bastante satisfatória, aos fins-de-semana recorria-se provavelmente a sobras existentes nos depósitos para confecionar as refeições dos hóspedes que o desejassem. Convenhamos que eram em número reduzido os hóspedes aos fins-de-semana naquela Messe, principalmente às refeições, talvez por saberem da precariedade das mesmas.
    Acontece que naquele sábado à noite da ementa do jantar constava: pataniscas com qualquer coisa. Tudo bem, não nos fizemos de esquisitos, até porque patanisca era coisa que não desdenhávamos e de vez em quando a minha mulher as cozinhava em casa. Mas quando chegaram as ditas cujas, notámos que não tinham aquele aspecto a que estávamos habituados. Eram redondas, de tamanho pequeno, e tinham a aparência de algo muito consistente, diferente daquela macieza habitual em que o garfo se espeta sem problemas e a faca entra com a maior das facilidades. Não foi o caso. A minha filha mais velha, ao tentar cortar uma das pataniscas, a iguaria deu um salto com um estalido e voou na direcção da mesa mais próxima. E já não foi com surpresa que vimos mais uma patanisca voar de outra mesa, e a seguir mais outra. O voo de pataniscas mais parecia um jogo de ténis entre as mesas. As risadas misturaram-se e os hóspedes preferiram dar largas à sua boa disposição a verberar a qualidade daquele ingrediente alimentício. Que os dois empregados de mesa, coitados, nenhuma culpa tinham. E lá decidimos sair da sala de jantar e ir comer qualquer coisa num restaurante próximo, até porque a culinária em Évora normalmente é de estalo. Concluí que comer naquela Messe aos fins-de-semana era arriscado, e nunca mais voltei a entrar noutra.

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  4. Bela história patanisco-alentejana-eborense-castrense. Mas quanto a durezas em Évora, vamos andando... Há cerca de 30 anos fui festejar com a minha mulher, uma colega dela e um professor de ambas (personalidade política muito conhecida nos dias de hoje) o final feliz da licenciatura das ditas na universidade local. O sítio do ágape era e ainda é considerado o ex-libris dos restaurantes da cidade. Mandámos vir lebre com amêijoas. Já se sabe que a caça é mais dura que bicharada de aviário. Mas para remate de história (que tempo disponível não há muito aqui de hoje para amanhã) passei alguns dias com dores na queixada (e os restantes também) devido à mastigação esforçada que tive de fazer. É que a lebre era dura que nem um corno e foi cara que nem um raio...

    Braça comestível,
    Djack

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  5. Benditas pataniscas que despertaram a veia narrativa dos nossos dois amigos...
    Mendes, amigo, creio que o arroz de feijão não leva tomate e nem se aconselha, neste caso, que seja malandrinho, para não encharcar as pataniscas e dar cabo do crocante tão apreciado!
    Braça...

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