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quarta-feira, 12 de março de 2014

[6653] - HISTÓRIA DAS COMUNICAÇÕES-RADIO EM CABO VERDE - {8}

 

 
OS PRIMEIROS RADIOTELEGRAFISTAS EM CABO VERDE
DURANTE A II GRANDE GUERRA

FINAL

- Quando os Britânicos declararam o bloqueio económico aos países ibéricos, o governo de Lisboa resiste tenazmente às imposições do cerco económico, gravemente lesivos dos fornecimentos essenciais à economia portuguesa e das relações comerciais com a Alemanha (que considera mesmo essenciais à manutenção da neutralidade de Portugal), mesmo quando se vê obrigado a aceitar formalmente, os princípios e instrumentos do bloqueio, unilateralmente definidos e impostos por Londres.
- Todas as mercadorias destinadas a Portugal ou delas originárias ficavam sob a fiscalização do consulado Britânico, que montou pela simpatia política, pela concessão de facilidades e pelo suborno, uma vasta rede de informadores, nas alfândegas, nos portos, na polícia marítima, no exército, na marinha, nas empresas de navegação e de transportes terrestres e em todos os portos das colónias.
- Mário Ribeiro o espião capturado na cidade do Mindelo que tinha sido quatro anos antes, furriel radiotelegrafista no Batalhão de Telegrafistas, não era mais do que uma “antena informativa” dessa vasta e complexa rede de espionagem implementada pelos Britânicos e treinada pelos (SOE) que operavam em todo o território português.

- Os radiotelegrafistas formados no exército eram detentores de qualidades técnicas invulgares. Durante a guerra, alguns foram recrutados para as redes de espionagem alemãs e britânicas. No final da guerra, alguns ficaram no exército mas a grande maioria foi para a marinha marcante em Portugal., EUA, Canadá, França e Inglaterra.
- O autor desta narrativa é o filho do 1º.Cabo radiotelegrafista Armindo Carvalho, operador da estação directora do (QG) do comando militar do Mindelo, que teve a notícia do meu nascimento pelo 1º. Cabo radiotelegrafista Liberal, operador na estação em Lisboa (Ajuda) durante a experiência com o receptor/transmissor capturado ao espião…”


TC ManTM- António Maria Viegas de Carvalho
 
 
Nota: - Desejamos expressar os  nossosa agradecimentos à Comissão da História das Transmissões pela cedência do material - texto e fotos - que nos permitiu realizar oito comentários de inegável valor histórico e que suscitaram o interesse dos visitantes deste Blogue, a julgar pelos  numero de visualizações registadas.

Pesquiza de A.Mendes
 

 

2 comentários:

  1. Afinal, agora é que é o fim! Bom artigo, com transmissões e inevitável espionagem pelo meio.

    Braça com auscultadores,
    Djack

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  2. Não sei se é o último texto ou não, mas tudo indica que sim. E, se é mesmo o fim, tenho pena, porque na verdade foi de grande interesse o que foi aqui divulgado. E para mim foi triplo o interesse, primeiro porque sou militar e me interesso pela História da Instituição, segundo porque sou cabo-verdiano nascido no Mindelo, o palco dos acontecimentos narrados, e terceiro porque fiz pesquisas e escrevi sobre o historial das Forças Expedicionárias a Cabo Verde na II GM.
    Portanto, parabéns ao proprietário do blogue e ao autor dos textos publicados.

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