
OS PRIMEIROS RADIOTELEGRAFISTAS EM CABO VERDE
DURANTE A II GRANDE GUERRA
FINAL
- Quando os Britânicos declararam o bloqueio económico aos
países ibéricos, o governo de Lisboa resiste tenazmente às imposições do cerco
económico, gravemente lesivos dos fornecimentos essenciais à economia
portuguesa e das relações comerciais com a Alemanha (que considera mesmo essenciais à manutenção da neutralidade de
Portugal), mesmo quando se vê obrigado a aceitar formalmente, os princípios
e instrumentos do bloqueio, unilateralmente definidos e impostos por Londres.
- Todas as mercadorias destinadas a Portugal ou delas
originárias ficavam sob a fiscalização do consulado Britânico, que montou pela
simpatia política, pela concessão de facilidades e pelo suborno, uma vasta rede
de informadores, nas alfândegas, nos portos, na polícia marítima, no exército,
na marinha, nas empresas de navegação e de transportes terrestres e em todos os
portos das colónias.
- Mário Ribeiro o espião capturado na cidade do Mindelo que
tinha sido quatro anos antes, furriel radiotelegrafista no Batalhão de
Telegrafistas, não era mais do que uma “antena informativa” dessa vasta e
complexa rede de espionagem implementada pelos Britânicos e treinada pelos
(SOE) que operavam em todo o território português.
- Os radiotelegrafistas formados no exército eram detentores
de qualidades técnicas invulgares. Durante a guerra, alguns foram recrutados
para as redes de espionagem alemãs e britânicas. No final da guerra, alguns
ficaram no exército mas a grande maioria foi para a marinha marcante em
Portugal., EUA, Canadá, França e Inglaterra.
- O autor desta narrativa é o filho do 1º.Cabo
radiotelegrafista Armindo Carvalho, operador da estação directora do (QG) do
comando militar do Mindelo, que teve a notícia do meu nascimento pelo 1º. Cabo
radiotelegrafista Liberal, operador na estação em Lisboa (Ajuda) durante a
experiência com o receptor/transmissor capturado ao espião…”

TC ManTM- António Maria
Viegas de Carvalho
Nota: - Desejamos expressar os nossosa agradecimentos à Comissão da História das
Transmissões pela cedência do material - texto e fotos - que nos permitiu realizar oito comentários de inegável valor histórico e que suscitaram o interesse dos visitantes deste Blogue, a julgar pelos numero de visualizações registadas.
Pesquiza de A.Mendes
Pesquiza de A.Mendes
Afinal, agora é que é o fim! Bom artigo, com transmissões e inevitável espionagem pelo meio.
ResponderEliminarBraça com auscultadores,
Djack
Não sei se é o último texto ou não, mas tudo indica que sim. E, se é mesmo o fim, tenho pena, porque na verdade foi de grande interesse o que foi aqui divulgado. E para mim foi triplo o interesse, primeiro porque sou militar e me interesso pela História da Instituição, segundo porque sou cabo-verdiano nascido no Mindelo, o palco dos acontecimentos narrados, e terceiro porque fiz pesquisas e escrevi sobre o historial das Forças Expedicionárias a Cabo Verde na II GM.
ResponderEliminarPortanto, parabéns ao proprietário do blogue e ao autor dos textos publicados.