Da pública á privada ou vice-versa.
Se ficarmos uns á espera dos outros, o resultado é mais que previsível!
O dínamo de uma
sociedade está na sua massa critica e na sua capacidade de se reinventar e
adaptar.
Não há nenhum estudo
científico que comprove que pelo facto de sermos provenientes de uma
determinada latitude, isso nos confira qualquer tipo de capacidade divina de
empreender um qualquer tipo de tarefa de forma superior a outros indivíduos de
outras latitudes.
É evidente que um
Argentino terá, por uma série de factores socioculturais, maiores
probabilidades de vir a ser um bom jogador de futebol que um Islandês, que
porventura poderá desenvolver uma técnica de pesca bem mais apurada.
Contudo, ambos terão
teoricamente a mesma hipótese de um dia serem gestores de uma empresa, assim
tenham acesso às mesmas ferramentas.
Compreendo e aceito o
facto deste acesso, não estar tão democratizado quanto desejável. Creio que neste
particular, e apesar das assimetrias da região, a nação Cabo-Verdiana é das que
mais se destaca na forma como tem conseguido criar recursos humanos com
formação adequada.
Talvez falte olhar para o projecto de uma
forma sistemática e actuar de forma sistémica. Obviamente que para termos uma
sociedade arrumada e suficientemente preparada para atingir determinados
objectivos estratégicos, temos que antes de mais, traçar esses mesmos objectivos.
E aqui há tanto quem
defenda que a responsabilidade é dos estados como quem pelo contrário, aponte a
mesma ao sector privado.
Que uma sociedade com
demasiado estado cristaliza e torna-se dependente, e que essa dependência nunca
augura nada de bom, parece-me evidente.
Assim sendo, o
sucesso de qualquer modelo está na capacidade de construir pontes e na criação
de sinergias entre as diferentes forças. O estado deverá cumprir o seu papel de
regulador, facilitador e patrocinador das bases para aqueles que foram os
objectivos estratégicos traçados.
Depois, como em
qualquer plano, é necessário monitorizar e afinar se for caso disso, porque um
projecto, seja ele qual for, é uma entidade dinâmica. É igualmente fundamental
não perder de vista, quais os factores críticos de sucesso e se estes estão em
linha com o previsto.
Em suma, é necessário
que cada interveniente saiba exactamente, qual a sua função e o resultado que
se espera do exercício da mesma, sendo fundamental que a sua capacidade de
resposta e o grau de cumprimento da tarefa sejam devidamente avaliados.
Se não houver
capacidade autocritica, não há plano que resista.
Um
político que não seja escrutinado ou um profissional que não seja
sistematicamente avaliado através de indicadores de produtividade, tendem a
cometer sempre os mesmos erros e a parar no tempo. Um corre o risco de se
tornar um déspota, o outro, um incompetente.
Até breve,
Paulo Azevedo
Concordo inteiramente com este texto, no qual é abordada uma questão momentosa. Mas penso que certas capacidades, como a da organização e planeamento, têm algo a ver com predisposições genéticas.
ResponderEliminarDiria que dependem mais de fatores socioculturais. Eu não nasci marketeer e até lhe garanto que nem sonhava lá pelos meus 25 anos que um dia seria gestor desta área, a verdade é que a vida e a constante necessidade de melhorar e me adaptar e de acompanhar os meus pares, obviamente acompanhadas de uma vontade intrínseca se encarregaram de me colocar neste ponto. O ambiente sociocultural fez toda a diferença. Para mim, predisposições genéticas ... só para doenças!!!
ResponderEliminarAbraço
Paulo
Mano,
ResponderEliminarGostei e concordo com o que escreveste. Como diz o amigo Adriano, certas capacidades terão uma predisposição genética e uma delas será o dom da palavra e da escrita que tu tens. De quem terás herdado essa capacidade?
bjs
Paula :)