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quinta-feira, 3 de abril de 2014

[6759] - INICIATIVA - {5}


INICIATIVA

CABO-VERDE,

Para deleite dos autóctones, alimentando algum fervor bairrista e igualmente para sua fortuna, estas 9 ilhas têm aspectos que as diferenciam de forma indelével umas das outras, seja pelas suas gentes de diferentes pronuncias e tonalidades de pele ou pela própria fisionomia geográfica e climática. Esta diversidade, torna o bouquet de oferta turística, potencialmente mais rico.

Este aspecto deverá funcionar como elemento agregador e nunca, ao contrário do que tenho assistido, como elemento de clivagem social e arma de arremesso politico. O arquipélago é pequeno demais para estar em contraciclo com um mundo cada vez mais globalizado, e não tem absolutamente nada a ganhar.

Isto não invalida o facto de haver assimetrias que devem ser contrariadas a todo o custo, mas essa é uma batalha intemporal e sem fim, porque o epicentro sê-lo-á sempre, e em contraponto, a periferia será sempre isso mesmo.

Cada região tem os seus pontos Fortes em oposição aos pontos Fracos, e terá, potencias Oportunidades em contraponto às inevitáveis Ameaças. Esta é uma análise básica do marketing, e que pode ser aplicada em quase tudo. Sendo os factores extrínsecos ou intrínsecos, teremos que tentar contrariar ou melhorar os negativos e potenciar os positivos. No papel tudo é fácil.

No próximo INICIATIVA, vou-vos contar uma história real, passada em Cabo-Verde, num exemplo prático de como, com alguma entrega e utilizando os argumentos e meios adequados, se podem fazer coisas de relevo.
Até breve,

Paulo Azevedo

4 comentários:

  1. Uma visão correcta da realidade humano-geográfica das ilhas. Concordo com todas as observações, inclusivamente sobre a afirmação de que a realidade é quase incontornável no que tange às localizações epicêntricas e periféricas. Infelizmente, assim é, pois no caso de Cabo Verde será obra ciclópica atenuar as diferenças, depois de tudo e mais alguma coisa ter sido concentrado na capital.

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  2. Já por estas bandas as gentes do norte (Porto) apregoam o mesmo em relação a Lisboa. Julgo mesmo, que esta máxima deve-se repetir um pouco por todo o planeta. Se já é difícil contrariar essa força centrifuga numa plataforma continental, imagine-se num arquipélago!
    Não é que eu não entenda as dores de cada um, mas divergências politicas e algum tão natural quanto condenável favorecimento dos poderosos praienses á Praia, á parte e vemos que este é o preambulo, e é sobre ele que temos que trabalhar.

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  3. Azevedo para já não está em causa separatismo algum mas sim Regionalização, Reformas do Estado, Descentralização e a Desburocratização do País. Pelo menos esta é a posição dos membros do Movimento para a Regionalização que se constituíram em Associação. Mas uma coisa é certa a situação do Centralismo como está é insustentável tem que mudar e estamos a fazer todo os esforços para que isto se ocorra no curo e médio prazo.

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    1. Confesso não ter acesso a toda a informação e apesar de amiúde visitar a minha terra e o facto de me tentar manter informado podem não me dar a "real picture", que só é possível a quem vive o quotidiano das ilhas. Por isso, esta análise com visão de helicóptero. As análises á distância, têm normalmente a vantagem do não comprometimento em contraponto com a terrível desvantagem do facto de não se sentir o pulsar da terra. A aplicação prática das teorias, estão para a realidade dos factos, como os treinadores de bancada para os resultados desportivos.
      Prometo aprofundar o conhecimento das bases das vossa propostas...

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