INICIATIVA
(Baseado em Factos
Reais)
Decorria o ano de
2007, estava á mesa de um restaurante lisboeta com um distinto clinico,
conversámos sobre variadíssimos temas e sacramentalmente lá veio o tema
recorrente e a que eu faço questão de recorrer, o tema das minhas origens
cabo-verdianas. Palavra puxa palavra, e o distinto clinico sai-se com esta: -
Você é a pessoa ideal para organizar um evento médico em Cabo-Verde!
Havia voltado
a pisar a minha terra, depois de um longo interregno de quase vinte anos, isto
após ter sido literalmente chutado para fora, facto que aquele imberbe menino de
onze anos nunca terá conseguido digerir na totalidade, julgo mesmo que parte da
minha inocência terá ficado para sempre algures entre a Rua da Moeda e S.
Pedro…
Logo voltei
a ver pessoas e lugares que me fizeram viajar no tempo, e foram sentimentos e
sensações suficientemente fortes, que me devolveram parte da crioulidade. Diria que reencontrei
aquele menino de onze anos nas ruas do Mindelo… deambulámos juntos dias e
noites a fio, e consegui redescobrir através do seu olhar sem remorsos, uma
terra que também era, irrevogavelmente,
um bocadinho minha.
Nesse preciso
instante, comecei a planear aquele que seria para mim, o evento dos eventos.
Delineei um plano de
acção e escrupulosamente, fui percorrendo as diversas etapas. Tinha a meu
favor, uma série de argumentos e igualmente a tremenda vantagem de estar a
trabalhar em território geográfico, humano e empresarial, totalmente conhecido.
Paulo Azevedo

Então éramos vizinho da mesma Rua da moeda. Sorry Paulo para o que te aconteceu( naqueles tempos conturbados de orgia política em que os deuses andavam loucos) expulso manu-militari da terra onde que nasceste e tua terra. O tempo virá em que o que aconteceu será condenado e as vítimas ressarcidas.
ResponderEliminarLi o texto do Paulo Azevedo e comunguei do seu sentimento, que tem algo semelhante com o que senti quando regressei a Cabo Verde 40 anos depois de lá ter partido. E, juntando as pontas do fio, eis-me agora a perguntar ao proprietário deste Blogue se o Paulo é seu filho. Se é, os meus parabéns... a ambos. Se não é, mesmo assim os meus parabéns ao Paulo pelos textos de qualidade com que ele nos tem presenteado.
ResponderEliminarÉ verdade, Adriano, o Paulo é o meu mais novo, irmão da Paula, que também é mindelense, ambos nascidos sob os cuidados de Maria Roque olhada, lá de cima, pelo Dr. Miranda, Acabaram por ser, ambos, vítimas inocentes da perseguição movida a pai mas creio que terão vencido o trauma...Nunca lhes perguntei, no entanto, se me perdoaram a deslocalização forçada!
EliminarObrigado Adriano, pelas suas simpáticas palavras, mas ao pé de si, sou um mero aprendiz!!!
EliminarFoi com grande dificuldade que li este texto, embora tenha uma vista bastante razoável. Em fundo azul como o adoptado para o blogue, a cor das letras deve ser ou muito escura ou muito clara, de preferência branca. E estas devem ter uma dimensão satisfatória para a leitura. Caso contrário, pensar-se-á que se trata de conluios com a AUVL (Associação Universal de Vendedores de Lupas) e a AUO (Associação Universal de Oftalmologistas). De qualquer modo, depois do esforço feito, verifiquei que há alguns pontos comuns com a minha história (exceptuando o caso do despejo forçado, estúpido, desnecessário mas compreensível à luz daqueles tempos).
ResponderEliminarBraça saudosa do Mindelo,
Djack
Era a cor do original do autor...Já rectifiquei pois acabou por ficar quase ilegível...
EliminarBraça
Zito
Estes inconvenientes podem ser evitados lançando textos alheios no "bloco de notas" que limpa toda a formatação. É isso que faço sempre, quando se trata de textos alheios destinados ao Pd'B. Claro que depois tenho algum trabalho a recolocar itálicos e negritos, por exemplo. Mas assim os textos do blogue ficam uniformes em aspecto (tamanho de letra, sobretudo). O "Bloco de Notas" é uma ferramenta simples do Windows, cujo ícone é um bloco de notas com argolas no topo e folhas entreabertas. Lança-se lá o texto em causa, ele perde toda a formatação anterior e depois nós reformatamo-lo segundo as necessidades do momento. Tem a vantagem de não perder as letras maiúsculas.
ResponderEliminarBraça explicativa,
Djack
Pbrigado, Djack, vou experimentar...
EliminarBraça com notas,
Zito
Quando eu for grande quero ser como capitão Djack... onde é quele aprende estas coisas?
ResponderEliminarEmboramente, ele leve em vantagem que, Capitania na sê tempe, já táva totalmente no total informatizada!
Querido Paulo de Zito,
ResponderEliminarimagino a dor da partida , se para mim, Cabo Verde por adesão, parece marcante.
Aconselho-te, se permite, coloque no lugar desta as boas lembranças.
Abraços