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quarta-feira, 14 de maio de 2014

[6902] - POEIRA DO TEMPO...


…” Em meados do Séc. XVI, a arte da fiação assentou raízes em Cabo Verde. O pano de algodão tingido de anil e fiado nas Ilhas, tornou-se parte da carteira de produtos trocados no comércio de escravos. Os artesãos africanos que foram trazidos para Cabo Verde para fundarem a “indústria da fiação” eram Jalof (Walof), Mandinga, Sininkes, Biafara, Sassos (Susu), Felupes (Fulani), Papeis (Papels) e Banhuns.
António Carreira,  distinto historiador caboverdiano, relata que os melhores fiadores eram do povo Mandingo. Os panos eram tecidos em teares de pedal de banda horizontal estreita”
1766-1776- Os registos da Alfandega da Praia indicam que, apenas neste período de dez anos, cerca de 95.000 peças de panos foram enviadas para a Costa da Guiné como moeda de troca no tráfico de escravos.
….
 Um pano vulgar caboverdiano era chamado de barafula, e foi usado como moeda corrente em Cabo Verde e na costa da Guiné:  uma barra normal de ferro, por exemplo, podia ser trocada por duas barafutas.
1687 (23 de Janeiro) Decreto da Coroa Portuguesa, proíbe a venda a estrangeiros de panos produzidos em Cabo Verde, sob pena de morte.


Pesquisa de A.Mendes


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