…” Em meados do Séc.
XVI, a arte da fiação assentou raízes em Cabo Verde. O pano de algodão tingido
de anil e fiado nas Ilhas, tornou-se parte da carteira de produtos trocados no
comércio de escravos. Os artesãos africanos que foram trazidos para Cabo Verde
para fundarem a “indústria da fiação” eram Jalof (Walof), Mandinga, Sininkes,
Biafara, Sassos (Susu), Felupes (Fulani), Papeis (Papels) e Banhuns.
António Carreira, distinto historiador caboverdiano, relata que
os melhores fiadores eram do povo Mandingo. Os panos eram tecidos em teares de
pedal de banda horizontal estreita”
1766-1776- Os registos
da Alfandega da Praia indicam que, apenas neste período de dez anos, cerca de
95.000 peças de panos foram enviadas para a Costa da Guiné como moeda de troca
no tráfico de escravos.
….
Um pano vulgar caboverdiano era chamado de barafula,
e foi usado como moeda corrente em Cabo Verde e na costa da Guiné: uma barra normal de ferro, por exemplo, podia
ser trocada por duas barafutas.
1687 (23 de Janeiro)
Decreto da Coroa Portuguesa, proíbe a venda a estrangeiros de panos produzidos
em Cabo Verde, sob pena de morte.
Pesquisa de A.Mendes
”
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