PRAIA: Governo apresenta projeto para Estatuto Especial da capital
O ministro Antero Veiga anunciou a socialização do projeto do executivo que, em junho próximo, irá dar entrada na Assembleia Nacional para apreciação dos deputados. Reagindo ao anúncio do ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Ulisses Correia e Silva disse esperar para ver, já que o Governo desde há dois anos que vem fazendo a mesma promessa.
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Lendo este Headline pode-se concluir que os badios estão solidários entre eles. Isto é mais um escândalo entre os muitos deste país!
O ministro Antero Veiga faz um jeitinho e responde favoravelmente ao pedido do seu co-ilheu, Ulisses Correia e Silva e Presidente da Praia, que patenteou a ameaça do Estatuto Especial da Praia no projecto do MPD. Querem fazer o bolo e comê-lo, ou como os franceses dizem, querem ‘le beurre et l’argent du beurre’. Para o bem da Praia/Santiago estão todos de acordo, há consenso. Devem fazer parte da Pro-Praia...
Este projecto é de uma leviandade total, de meninos mimados... Deve ser travado pelos Regionalista e pelos mindelenses destemidos. Mas para quê mais estatuto especial para além do que já têm? Querem ter mais dinheiro, mais benesses e sugar até ao tutano o erário público do país! Será uma montagem financeira legal para melhor justificar transferências injustas do Estado para a capital!
NemParis. nem Lisboa têm estatutos especiais... Porque raio é que a Praia tem que ter? E isto não choca os restantes caboverdianos que andam a ser tomados por parvos, nem tão pouco os regionalistas residentes? Bolas, já ninguém se indigna naquela terra? Antes do 25 de Abril havia um punhado de pessoas que se indignavam... Tivemos intelectuais, o Nho Djunga com as suas crónicas humoristas. E agora que estamos em ‘democracia’? God Dam it!!!
Como informaram Irá dar entrada na Assembleia Nacional para apreciação dos deputados já em Junho. Esta gente tem a faca e o queijo. Querem passar isto en douceur para que não esteja eventualmente em debate na Regionalização.
Aparentemente, como sempre somos os únicos a protestar como fizemos no Memorando... O pessoal continua a dormir ou a ver navios passar... É neste assuntos/dossiers que a recém criada Associaçãode Regionalização devia aparecere para definir uma posição, mostra-se útil, pois se não a sua inutilidade torna-se congenita. Protestar nos jornais, facebook etc., só nos restam esses meios!
Se este estatuto for aprovado sem nenhuma reacção, e ainda por cima sem que a Regionalização entre numa nova dinâmica nacional, é uma derrota para os Regionalista. Antecipando o debate sobre a Regionalização levam toda a água ao seu moinho.
E a Cidade Administrativa já não se houve falar? Foi concluída. Quando é que o burocratas se instalam? E a Curadoria para S. Vicente ? E o estado do Liceu velho e de tantas outras escolas?
José F. Lopes
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Como sempre, dizes bem, José: eles têm a faca e o queijo na mão. E com isso farão o que bem lhes apetece, com consensos à sorrelfa entre os dois partidos principais (maioritariamente badios) para decidirem apenas o que for do interesse da "sua"... Praia/Santiago.
Só que a faca e o queijo que eles detêm foram conseguidos à custa do esbulho das ilhas da periferia. Essa gente será capaz, lá no fundo das suas secretas e velhacas congeminações, de acreditar que o ideal seria esvaziar tudo e ter Santiago como a única ilha, vendendo o resto no mercado internacional, talvez apenas aceitando ter uma Boavista para a fruição da areia e do mar. Olhem, há alguns anos já, uma mindelense antiga colega de liceu me disse, face ao artigo que escrevi sobre a macrocefalia da capital, que o importante era Cabo Verde ter uma grande capital. Como eu andava off, desconhecia que ela era uma fervorosa adepta do actual partido do governo. Portanto, "grande capital" talvez no seu íntimo pudesse significar uma etapa para uma transmudação unificante do nosso território.
Têm razão, o nosso povo a tudo assiste impávido e sereno. Fartei-me de vos dizer que a única solução é uma mega manifestação das populações que estão a ser criminosamente marginalizadas e violentadas na sua dignidade. Tanta mansidão até já arrepia. Chega gente gente da minha família amiúde a Portugal e pergunto como vai aquilo na nossa terra. A resposta invariavelmente é: ah, está bem. Claro que está bem para alguns, isso está. Ao fim e ao cabo, tudo continua como no tempo antigo: a nossa burguesia não se queixa porque não sente a agrura da vida.
Espantosa ideia: estatuto especial para a Praia! Já nem vergonha têm na cara.
Adriano M. Lima
Cidade com estatuto, desejar estatuto de cidade ou querer ser cidade-estado? Uma coisa mais ou menos "à la Hamburgo"? Uma coisa mais ou menos "à la Kigali", no Ruanda? Ou, recuando bastante, uma coisa "à la Atenas ou Esparta"? Não me querendo meter onde o meu nariz não foi chamado, parece-me que há mas é delírios a mais, lucubrações a mais e #@?»%& a mais...
ResponderEliminarBraça com neurónios no bate-chapas,
Djack
Quando o "pilm" começa a faltar duas coisas aumentam:
ResponderEliminarOs impostos e as tricas!
Esta é (ainda) a fase das tricas...
Conversa da treta!
Benfeita pra mindelenses: Quem mandás emigrá pra Praia como cooperantes!
Não podemos perder de vista que, em Santiago, reside metade da população do país (sem contar com a diáspora). Tudo quanto se faça pela ilha-capital é um investimento em cerca de 50% de votos nas eleiçoes legislativas. É um processo "legal" de compra de votos, com os meios que faltam noutras latitudes do país...
ResponderEliminarCaro Sr. Zito, sou um internauta frequente do seu blog, que acho ser muito interessante e activo, pelas publicações com história do nosso querido Cabo Verde. Por exemplo à dias vi um sobre o navio Ernestina, que gostei muito. Parabens!
ResponderEliminarMas gostaria de informar-lhe o seguinte, sou um internauta Santiaguense ou melhor dizer Praiense e com certeza não devo ser o unico.
Digo-lhe isso porque vejo tambem no seu blogue tambem um certo culto "regionalismo radical" para não dizer outro nome. Isso não dignifica o já bom nome do seu bloque.
É bom que as pessoas saibem diferenciar Santiaguense ou Badio de Governo. Governo esse que é constituido por pessoas de varias latitudes do pais.
Se as pessoas não estiverem satisfeitas com a forma de governar acho correcto que pretestem, revendiquem, revolucionem, etc.
Agora virem distribuir vómitos xenófibos é triste. Isso é ódio racial de pessoas que com as suas frustações pessoais vem botar a culpa toda nos Badios. Dá até a impreesão que os mesmos são carrascos dos Sanvicentinos, deixando-os morrer à fome!
Pela publicação que fizeste no dia anterior "[6928] - A PEDRADA NO CHARCO..." O mesma não se aplica a este caso?!
Ódio racial, religioso, etc não abona em nada o nosso pequeno Cabo Verde, meus amigos. Dificuldades todos estamos a passar. Se estamos descontentes vamos manifestas nas Urnas e não assim.
Abraços
Creio bem que as pessoas que utilizam o espaço deste blogue para exporem as suas ideias não têm nada conra os badius...De resto, badius, sampadjudas ou patchiparloas, são todos caboverdianos, que escolheram viver em conjunto mau grado dispersos por esses dez grãozinhos de terra...Mas, convem que as pessoas entendam que não são todas iguais e que têm direito às suas diferenças e, sobretudo, em discordar dos poderes constituidos,nomeadamente quando é visivel o tratamento diferenciado que, não raro, os governos centralistas costumam usar como cimento do seu próprio poder...Claro que, por vezes, no calor dos protestos existe a tendencia para uma certa generalização mas, posso garantir-lhe que nenhuma das pessoas que escreve no "Arrozcatum" sobre Cabo Verde e os caboverdianos, as atitudes dos politicos e dos governantes, alimenta qualquer sentimento discriminatório entre caboverdianos do norte e do sul...E, alem disso - e veja esta afirmação mais como um lamento do que como uma imbirração - assinam tudo quanto afirmam, de cara lavada e postura vertical!
ResponderEliminarSe aqui houvesse discriminação, o seu comentário não teria sido publicado!
Um abraço de boas-vindas do
Zito Azevedo
Eu não tenho nada contra a ilha de Santiago e as sua gentes, que devem sofrer do Centralismo. Como já escrevi os problemas socias que assolam a ilha decorrem em grande parte do crescimento anárquico, descontrolado.
ResponderEliminarO que está aqui são questões de ordem política e de bom senso. Reivindicar Estatuto Especial é mais acha à fogueira ou mais sarna para se coçarem.
O que eu sugiro à Santiago é que se debrucem sobre a problemática da Regionalização. Agora obter Especialidades à socapa em tempos de crise com a crise larval que há em S Vicente (desemprego, há já quem denuncie fome) é pura provocação em mesmo indecoroso. Não nos esqueçamos Mindelo é uma grande cidade caboverdiana que tem todos os argumentos para ter estatuto especial e nunca ninguém a pediu. Porque carga de ´+agua é que os caboverdianos iam atribuir esta especialidade quando se queixam de todos os males associados ao Centralismo. Isto seria contraditório. Os problemas de Santiago só podem ser resolvidos no quadro de uma ampla reforma política e administrativa de Cabo Verde. Eles tem que acabar com o Centralismo e será um bom começo. Descentralizar melhor gestão Planeamento territorial da Ilha etc etc
O senhor que anonimamente se manifestou tem razão. Nós, os mindelenses, nada temos contra a população de Santiago. O que acontece é que por vezes nos escapa inadvertidamente o termo "badio", mas apenas com intenção de identificar a ilha/população que materializa a política centralista do governo. Quero até crer que os santiguenses terão também as suas razões de queixa, até porque nem tudo o que brilha na Praia é ouro. Acredito que não há qualquer atitude bairrista e muito menos de teor racista nas posições dos regionalistas. Mas foi importante o reparo feito, pois de futuro talvez possamos ter mais cuidado com a expressão para que não se confunde alhos com bugalhos.
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