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sábado, 21 de junho de 2014

[7061] - EXISTE UMA HISTÓRIA POR CONTAR...

 
VICTOR HUGO RODRIGUES -  Que luta, ou revolução, houve em Cabo Verde?  Na Guiné, sim!  Não venham com tretas ultrapassadas... Em Cabo Verde, o que houve foi carta branca, como disse Aristides Pereira, no seu livro-entrevista, para que os marginais se assumissem como revolucionarios e perseguissem, espancassem, torturassem e expulsassem a camada social mais esclarecida, por exemplo, de S. Vicente, porque os que vinham do "mato" tinham um complexo de inferioridade, em relação às elites responsáveis pelo prestigio que Cabo Verde gozava, com destaque, no campo da cultura. Quantos deles, não foram apelidados de "catchor de dôs pê" e outros insultos, não falando naqueles que foram assassinados?!
(Adaptado de um texto publicado no FaceBook)

2 comentários:

  1. Esta pequena peça não pode passar sem ser comentada.
    O Victor Hugo usa as palavras certas para descrever o que se passou em Cabo Verde. Poucos dias antes do 25 de Abril de 1974, quase que aposto que se Marcelo Caetano tivesse visitado S. Vicente teria sido aplaudido pela multidão nas ruas. Aliás, tal como o foi em Lisboa numa grande manifestação ocorrida pouco tempo antes da revolução de Abril. A maior parte daquela gente na nossa terra não estava nem esclarecida politicamente nem lhe passava pela cabeça que Cabo Verde pudesse ser independente. No entanto, com isto não quero dizer que o Marcelo Caetano e os seus apaniguados estivessem no lado certo da História. Bem pelo contrário, tinham visto passar a História à frente dos seus narizes e nada fizeram para a agarrar.
    Mas não era suposto acontecer que o desvario tomasse repentinamente conta das ruas de S. Vicente. Por isso tem razão o Víctor Hugo quando os classifica de marginais.
    E o pior que pode acontecer é uma turba de marginais solta nas ruas sem qualquer enquadramento ideológico.

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  2. Ainda conservo a esperança de que um dia, um qualquer governo de Cabo Verde, há-de devolver a dignidade à memória das vítimas da Primeira Republica, com um pedido publico de desculpas`aos sobrevidentes e às famílias dos "mortos em combate"...

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