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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

[7512] - O CAMPUS DA POLÉMICA...


POLÉMICA: DEPUTADOS INSISTEM NO CAMPUS DA UNI-CV EM SÃO VICENTE

Deputados do PAICV e do MpD exortam o Governo a renegociar com a China a ideia de financiar o campus universitário público para São Vicente, como medida de combate ao desequilíbrio do país. O debate relança-se após o embaixador da China em Cabo Verde, Su Jian, ter dito a este jornal que a parte cabo-verdiana já definiu que o campus universitário a ser financiado pelo seu país deve ser edificado na Cidade da Praia.

9 comentários:

  1. Quando, há anos, se falou na criação da universidade de CV, sempre pensei que ao menos esse bem iria contemplar S. Vicente, como compensação mínima pelo abandono a que a ilha fora votada em matéria de localização de órgãos de soberania, instituições e infraestruturas estatais. Teria um significado simbólico relativamente à ilha onde nasceu o primeiro liceu do território e onde se forjou a consciência cultural e cívico-política do futuro país. E seria, assim, um acto de serôdia justiça, embora longe de poder ser ressarcidor da regressão económica e social sofrida pela ilha por mero critério político do partido que assumiu o poder. Mas sem dúvida que algum proveito económico resultaria desse investimento institucional ao polarizar um efeito sistémico na economia local. Mas nada disso aconteceu. O critério que presidiu à decisão de mais uma vez favorecer a ilha de Santiago foi simplesmente economicista, baseado no argumento simplicista da demografia, esquecendo-se de que a demografia do país fora ela própria influenciada pelo que já designei por "pecado original", ou seja, a concentração de todo o Estado na Praia e o inevitável efeito centrípeto sobre as outras ilhas, sugando população, quadros e mão-de-obra (massa crítica). De resto, se o argumento da demografia fosse por si só determinante, D. Dinis não teria criado em Coimbra (fora da capital) a primeira universidade portuguesa, o que demonstra que a História é tábua rasa para alguns.
    O que agora move os deputados por S. Vicente é sempre de aplaudir, mas faz lembrar o estertor final de um moribundo. Já nem sequer virá um assomo de piedade para estender um copo de água ao moribundo. Quem se apossou do pote de água vive num mundo surreal de vaidade, presunção e egocentrismo, de onde acabará também por ser despejado, porque quem nem ao morto respeita não merece absolvição dos seus pecados, mormente o “original”.

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  2. Com S. Vicente é pescadinha de rabo na boca não se investe pois a ilha já não é viável. Os chineses fazem fica pé. Imaginem há 40 anos CV era S. Vicente e o resto era paisagem. Hoje esta ilha é inviável. Bravo a Independência

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  3. Foi com alguma satisfação que soube que os Deputados do PAICV e do MpD exortaram o Governo a renegociar com a China a ideia de fi¬nanciar o campus universitário público para São Vicente, como medida de combate ao desequilí¬brio do país. Segundo o jornal a Nação o embai¬xador da China em Cabo Verde, Su Jian, ter dito a este jornal que a parte cabo-verdiana já definiu que o campus universitário a ser financiado pelo seu país deve ser edificado na Cidade da Praia. Esta é mais uma evidência agenda da Transformação da República de Santiago.

    Podemos dizer que os deputados desta vez estiveram bem. Pudera depois de tanta pressão, tinham que começar a reagir, pois como se diz em francês ‘Trop C’est Trop’. Estamos perante da gota de água a mais e o copo já está a transbordar.
    O deputado Novais ‘’Sa¬bendo da vontade manifestada por parte da cooperação chi-nesa de deixar um marco em São Vicente, nós, deputados do PAICV, questionamos o mi¬nistro do Ensino Superior (An¬tónio Correia e Silva) no Parla¬mento e entendemos que o Go¬verno tendia para opção Praia com o argumento de que, sen¬do a cidade com maior número de população, o campus servi¬ria para resolver os problemas estruturais da UNI-CV na capi¬tal do país”, Só que, no entender desse deputado, não só o argumen¬to do número não colhe porque deve-se pensar na mobilidade de estudantes, como Mindelo tem uma história académica e científica que justifica um in¬vestimento estrutural como um campus universitário pú¬blico que acarretaria um triplo efeito.
    Em primeiro lugar, na pers¬pectiva daquele parlamentar, tal aposta teria um efeito sim-bólico de respeitar o legado histórico de uma ilha que con¬tribuiu para a formação da eli¬te intelectual cabo-verdiana, sobretudo a partir da tercei¬ra década do século XX, com a instalação aí do primeiro li¬ceu público de Cabo Verde. Também teria uma componen¬te política na linha de que res¬peitaria a demanda da popula¬ção sanvicentina de uma maior descentralização dos “investi¬mentos estruturantes”.
    Por fim, Novais aponta tam¬bém o efeito económico adve¬niente da movimentação de es¬tudantes, docentes, alojamen¬tos, espaços para congressos internacionais que poderiam movimentar dinheiro na ilha do Monte de Cara. Estribado nesses argumen-tos, aquele deputado tambari¬na afirma que um campus terá maior impacto em São Vicen¬te do que em Santiago, embo¬ra mostre ciente dos problemas infra-estruturais da UNI-CV na cidade da Praia que o projecto financiado pela China ajudará a resolver. “Sabemos dos pro¬blemas, mas os de São Vicente são de longe maiores. Não esta¬mos a defender que a Cidade da Praia não mereça um campus, mas pensamos que o projec-to da China é de tal dimensão que ultrapassa a realidade de Santiago e, sendo assim, se re¬negociarmos com cuidado esse financiamento poderia servir para se construir dois campus: um na Praia e outro em São Vi¬cente”, sugere Novais, retoman¬do uma ideia já avançada no parlamento pelo colega de ban¬cada, Hermes Silva. A teimosia do Campus Universitário por si só pode ser interpretada como uma provocação em pleno debate sobre a Descentralização e a Regionalização. São dezenas de milhões a investir somente em Santiago. Depois dos Millenium Chalenges americanos, da Cidade Administrativa brasileira, barragem, autoestradas etc temos Campus Universitário. São bilhões entupidos em Santiago, enquanto resto de Cabo Verde fica a ‘apitar pitanga’ esperando pelas migalhas que vão sobrando dos banquetes. A cupidez e a ganância associada à ignorância em Cabo Verde já chegaram ao ponto máximo. E muitos mindelenses do sistema acham isso normal!!!!

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  4. Imaginem o que é que um campus universitário pode trazer como animação económica cultural e intelectual à cidade e a toda a ilha de S Vicente. Aveiro antes de 1974 era uma pacata cidade, em 40 anos a universidade mudou a economia de toda a região ao ponto de Aveiro ter ultrapassado áreas concorrentes antes bastante à sua frente.
    Admiro a razão porque no facebook ninguém até agora ninguém comenta o assunto do Campus Universitário chinês em Santiago. Será medo? Ao lado disto, o problema do Liceu Fortim etc, que fizeram correr tanto tinta, não é nada( do ponto de vista económico, pois talvez ainda prefira o Liceu velho recuperado a um campus, que tarde ou cedo nascerá na nossa ilha). Um Campus Universitário são postos de trabalho na construção civil com as obras para a sua edificação, é toda uma dinâmica nova na ilha, empregos em volta do Campus, são jovens estudantes na ilha, consumidores dos produtos da ilha. etc E os defensores do projecto Campus Universitário de Santiago têm a lata de dizer que um campus universitário é inviável em S. Vicente. Pudera depois de terem matado (de morte matada) a ilha vêm com essa história de pescadinha de rabo na boca. Bravo Independência conquistada em S Vicente. Os mindelnses estão de parabéns por terem participado na constituição da república de Santiago. Os grupos fundamentalista da Praia e S. Catarina já nem vergonha na cara têm, fazem a coisas com todo o descaramento, têm a faca e o queijo avançam com a sua agenda descarada e desmascarada: o único objectivo deles é defender os interesses da ilha e sabem que podem contar com a colaboração de muitos mindelenses e nortenhos presos por laços comestíveis. E depois vêm com a treta da conversa fiada da Unidade Nacional, que nunca houve, sempre que criticamos as suas opções e exigimos a Regionalização a verdadeira, não a cozinhada por eles. Mas eu digo-vos uma coisa se o Campus Universitário chinês for na Praia será uma declaração política forte e temos que tomar as devidas consequências. Eles que se amnhem!!!
    Uma decisão acertada Campus Universitário, ou é metade/ metade ou não há nada para ninguém, e é isso que os deputados deveriam ter dito. De resto sou da opinião que uma parte deste investimento deveria beneficiar S Antão na área das ciências agrícola ou agronómicas, no Sal e Boavista com escolas do turismo etc.

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  5. É pena que não apareçam mais opiniões e comentários.

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  6. Um Campus Universitário em S. Vicente ajudaria a resolver, em parte, o problema de desemprego desta Ilha. Vê-se que não há vontade de resolver os problemas da Ilha e os governantes vêm com cantilenas enganar o povo com estatísticas duvidosas. Ou será que pensam puxar ainda mais gente de S. Vicente para a Praia? É a asfixia total. É mais um caçubody a esta ilha e vai ser sempre assim.

    Matrixx

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  7. O programa é fazer de S.Vicente o que fizeram do Fortim d'El Rey até poderem dizer:
    - Viram? S.Vicente jà foi.
    So não podem fazer desaparecer o Porto e o Monte Cara e gomar os feitos dos filhos
    de todas outras ilhas que se instalaram e criaram a Capital Cultural de Cabo Verde.

    Caboverdiano

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  8. Embora as políticas têm sido conduzidas muitas vezes à revelia outras vezes com a ajuda e o beneplácito da população de S. Vicente a da situação que se vive a ilha é quase da inteira responsabilidade da elite incompetente oportunista subserviente mindelense que ajudou a criar a situação. O zé povinho é assim levado ao matadouro. Efectivamente o Campus é a gota de água. Onde param os mindelenses, todos com rabinho entre as pernas, não piam porque todos de uma maneira ou de outra estão comprados pelo sistema para não falaram ou porque são incompetentes.
    Djunga

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  9. Fico desconfiado com esta "actividade" dos deputados cùmplices. Vou mais para uma cena de teatro (so) para poderem dizer depois que defenderam a ideia mas o Governo não quis voltar.
    Os Deputados do PAI e do filho (MpD) foram nomeados e trabalhados como verdadeiros meninos de recado. Nõ foram escolhidos pelo povo de S.Vicente.. Como chega a hora das eleições e estão tremendo, fazem esse "cholofe" para marcar pontos na hierarquia do respectivo partido e procurar um pouco de simpatia popular.
    JMN quer, pode e manda. Como ele disse que é na Praia que se constroi a Cidade Universitària... pronto !!!

    Eduardo Oliveira

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