O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, sugeriu esta quarta-feira a urgência da Cidade da Praia passar a ter o Estatuto Administrativo Especial, para ajudá-la na resolução dos problemas que a afectam, justamente por ser a capital do país...
(Fonte - Expresso das Ilhas)
Segundo Jorge Carlos Fonseca que falava na abertura do I Fórum Social Municipal promovido pela Câmara Municipal da Praia (CMP) com a duração de dois dias (05 e 06), a autarquia deve ter receitas adicionais, já que por ser capital do país, sedeia instituições representativas de todo o nacional.
“Aproveito para sugerir a urgência de os poderes públicos prosseguirem, com afinco, na afinação de instrumentos que contribuam para o desenvolvimento da cidade e para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes, com a realização da vontade constitucional de dotar a capital de um Estatuto Administrativo Especial”, afirmou.
Para o Presidente da República, por ser uma cidade que alberga um terço da população do país, a Praia tem problemas específicos ligados ao processo de desenvolvimento, de saneamento, de segurança, de habitação, entre outros.
Por isso, considera interessante que a CMP tenha tido a iniciativa de juntar decisores políticos, ONG, universidades e outras instâncias da sociedade civil, para nesse fórum debaterem abertamente os problemas e as perspectivas para a construção de soluções que contribuam para um desenvolvimento “mais harmonioso e mais inclusivo” da cidade.
Para o Chefe de Estado, o debate a nível social justifica-se pelo facto de permitir que os decisores a nível central conheçam as perspectivas municipais e por ser um “importante elemento enformador” das políticas municipais e locais.
De acordo com o mesmo, é “imperioso” que as organizações da sociedade civil tenham voz e participem não apenas na execução de programas, mas também e de acordo com as suas capacidades, na sua concepção e elaboração.
“A definição e concretização de políticas sociais deve, em princípio, responder de uma forma global a necessidade social de uma determinada comunidade em matéria de equipamentos e serviços, contribuir para a prevenção de distorções que os processos de desenvolvimento possam conter e assistir as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade”, considerou.
Sem esquecer a insegurança e o medo que passaram a “fazer parte do quotidiano praiense”, Jorge Carlos Fonseca sublinhou que é preciso construir um país e uma cidade onde as pessoas que nela habitam percebam que as suas atitudes e comportamentos responsáveis são determinantes para o “fortalecimento da cidadania comunitária”.
...«o»...
Fizemos alguns contactos acerca deste pronunciamento do Presidente de Cabo Verde, em que parecem evidentes algumas inflecções politicas...Os comentários que obtivemos, ficam resumidos a duas breves frases:
Não há no Mundo cidade ou capital com Estatuto Especial! Isto é mais um paradoxo cabo-verdiano!
Cadê a Regionalização?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão é novidade para ninguém que sou contra a atribuição de estatuto especial para a Praia nem para qualquer cidade o país, pois não é desta maneira que se resolvem os problemas acima enumerados de que sofrem a capital do país,e que derivam de políticas centralistas e concentracionárias, que estão a prejudicar de que maneira as outras cidades e ilhas do país. Como é possível que a capital concentre um terço da população do país? mercê de transferência forçada de populações do resto do arquipélago deixando a periferia sem massa crítica, ao ponto que a Praia é já um problema ao país, na medida em que a macrocefalia atrofia tudo e todos. Sou da opinião que os problemas da Praia se resolvem sim com descentralização e regionalização e não com este expediente que vai custar a todo o país. Temo que trazer à baila este assunto fora do tema da Regionalização é uma fuga em frente para transformar esta situação num facto consumado.
ResponderEliminarEste post está colocado como anónimo pois estou fora de casa e com dificuldades de computador
José Lopes
.
ResponderEliminarO senhor Presidente da República decidiu trazer a público o que todos os santiaguenses e os seus penduras desejam como rato espera a sua ração de queijo.
Uma vez mais a imaginação trabalhou e suas lentes fomentaram um facto inédito em todo o nosso Planeta que abrirá precedente para mais criações inéditas nas ilhas atlântidas, como por exemplo a já planeada, mas camuflada, República de Santiago.
O senhor PR, que conseguiu criar uma onda de entusiasmo aquando da sua eleição para o lugar de Primeira Magistrado da Nação, acaba de retirar o véu imaginário que se dizia que usava mas que alguns não acreditavam. Pelo que me concerne, eu que lutei por si e depositei o meu voto voluntariamente, sinto-me traído, traído como centenas e centenas de patriotas que acreditaram (ou fingiam acreditar) na sua honestidade de homem incapaz de fazer batota e na sua capacidade de juristas para trazer a harmonia e desenvolver a fraternidade entre a gente das diversas ilhas que viviam ( vivem) na violência da democratura e na incerteza das promessas de deputados impostos que, por isso mesmo, nunca estiveram dispostos a ouvir senão as recomendações dos respectivos partidos. Uma geração inteira; muitos concebidos nos deboches de 1975 já são avós .
Senhor Presidente, uma vez mais soube trazer veneno para a sua zona.
Eduardo Oliveira