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sábado, 28 de fevereiro de 2015

[7827] - "ALEA JACTA EST"...

José Fortes Loipes
VIVA A UTOPIA CABOVERDIANA: Governo aprova medidas para a afirmação da língua cabo-verdiana!

Mais uma medida ILUMINADA no bom sentido, para escangalhar de vez Cabo Verde!
Com estas medidas (não sejamos tolos...), o Governo aprova vias para a instauração do ALUPEK e da oficialização do crioulo, na sua versão badia. Assim, o crioulo não é mais do que uma propaganda política e eleitoralista para satisfazer a maioria da população de Santiago, sobre um assunto na realidade sério, que poderia levar décadas a ser ponderado e a não ser de ânimo leve decidido. Mas, quando o fundamentalista de Santiago, JMN, candidato a PM, foi eleito, já tinha prometido isso ao seu povo... Punha-se, assim,  em marcha, a maior operação de propaganda alguma vez efectuada!
É assim, que um punhado de iluminados fundamentalistas, gente poderosa bem colocada na máquina do poder e do estado, viu uma grande ocasião para mostrar protagonismo e empoleiraram-se nesta nova causa revolucionária: acabar com o uso do português e generalizar por "dá-cá-aquela- palha" o crioulo. Dá-se o 2º assalto ao poder em Cabo Verde, agora através da democracia, naquilo que é essencial: a língua e a cultura. Pois não é de todo linear imaginar que pessoas pretensamente competentes, que viviam exclusivamente da política, de repente estariam na posse de Mestrados e PhD em Crioulo, dirigindo hoje Cátedras em Cabo Verde... Levam este assunto tão sério da maneira mais atabalhoada, numa autêntica maratona corrida contra-o- relógio, indiferentes a todas as críticas...
A minha grande dúvida é que Grupinho de Trabalho, sem experiência profissional e científica para um assunto sério, que exige décadas na investigação e ensino universitários,  se fechará nas suas certezas e tenha a pretensão de conduzir todo o país em mais esta aventura sem retorno. Cabo Verde tornou-se terra de experimentação das mais levianas utopias e mentiras,  herança do esquerdismo utópico da revolução da carochinha.!
Que os ingénuos nacionalistas não tenham ilusões: isto é uma operação de "marketing" político puro!  Aos filho do povo dá-se-lhes o crioulo e os filhos dos donos do Sistema vão poder cultivar o português e outras línguas para poderem estar bem colocados nas universidades estrangeiras de topo e regressarem para ocupar os postos reservados pelos pais.
Mas para além de tudo isto,  será mais uma oportunidade: muito dinheiro e novos tachos para a pseudo-elite sediada na Praia estudar e ensinar o crioulo...
Obviamente, para a implementação do Crioulo haverá a mão estendida, vão ser precisos milhões de dólares, euros ou ienes... Como sempre, haverá  UNESCO, FAO, OUA, PNUD,  para pagar estas leviandades e luxos de desaforados. Mas, Adivinhem quem vai pagar isto tudo, quem vai arcar com tudo!!!


7 comentários:

  1. Mais uma manifestação de força do Governo da "República de Santiago" que, mais uma vez, não ouviralm quem decidiram governar. Se vivêssemos numa democracia, onde os eleitos são escolhidos pelo povo, onde o Governo não vilipendia as leis e não amesquinha o seu Povo, outro galo cantaria
    O que temos não se prima pela honestidade, tira proveito da coisa pública, permite desvios políticos e torna-se diligente na altura dos fins dos mandatos, mesmo sabendo que - de quaquer forma - pode ludibriar a escolha de quem não utilizava convenientemente o seu voto, ontinuando o seu maquiavelismo.
    Precisamos de gente que respeite as leis e acata os desejos pessoais e desbarata o erário pùblico, ignorando a vox populi. Ao povo não foi dado a possibilidade de escolher.

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    1. OPS: -

      Esta é a ùltima parte do comentàrio:

      Precisamos de gente que respeite as leis e não quem acata os desejos pessoais e desbarata o erário pùblico ignorando a vox populi. Ao povo não foi dado a possibilidade de escolher

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  2. Djô: não vale a pena contar com a Unesco, onde os haitianos inventaram o alupek, esta escrita do crioulo que levou um pais de grandes escritores como o Haiti a triplicar o numero de analfabetos em poucos. Hoje a maioria da populaçao precisa de interpetes para responder qulaquer pergunta em lingua franceza. Entrertanto a élite haitiana manda os filhos para os colégios francezes. E é o que vai suceder com a nossa élite com os seus filhos. Esse Zé Maria quer' ficar na historia mas ele não sabe que o julgamento da historia é implacavel.

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  3. O José reage a esta decisão política com palavras certas e de grande pertinência. Elas sintetizam as posições que ao longo dos últimos anos temos vindo a assumir sobre esta delicada matéria. Perante o facto consumado, não podemos fazer mais nada senão esperar para ver em que se vai saldar a aventura de uns poucos que se presumem iluminados pelo toque divino. Para terminar, apenas um apontamento. O Primeiro.Ministro disse que com o crioulo os alunos passarão a ter uma atitude mais afectiva nas aulas. Acho que esta observação tem tanto de espantoso como de leviano. É preciso nada perceber de pedagogia para entender que o ambiente tu-cá-tu-lá estimula a aprendizagem mais do que o de exigência e desafio. E por que é que o digo? É que a presença do português nas aulas representa só por si um factor de expectativa e estímulo, de rigor e imposição, com o ambiente de informalidade deixado for da porta da sala de aula. Com a linguagem da comunicação informal a introduzir-se no espaço do ensino, pergunta-se se não será um problema a promiscuidade que vai criar-se, com um potencial de desagregação e confusão difíceis de prever em todo o seu estendal de consequências.

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  4. É preciso denunciar esta bandalheira que eles estão a programar para gerações futuras. a língua portuguesa era uma garantia de esforço e qualidade mínima. Adieu Cabo Verde

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  5. Continuando: eu até não tenho nada a ganhar ou a perder nesta causa. mas faz-me dó, sentir-me impotente e ver uma terra tão digna que tinha gente com um alto nível moral e intelectual e com tantas esperanças depositadas em 5 de Julho de 1974 mas frustradas, estar a ser conduzido assim para esta desgraça. Cabo Verde e o seu povo tão humilde não mereciam isto.

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