Em entrevista à RCV sobre a Cimeira da regionalização, Camilo Abu-Raya, presidente da Associação para a regionalização de Cabo Verde afirma que é preciso ter em conta as potencialidades de cada ilha e que “o debate da Cimeira sobre a Regionalização deve contar com o envolvimento de toda a sociedade”.
A Associação para a regionalização de Cabo Verde considera que dividir o país em grupos de ilhas, como Barlavento e Sotavento ou Norte e Sul não é boa ideia, tendo em conta os problemas que Cabo Verde enfrenta com a centralização.
A proposta modelo ilha-região como defende a Associação, é a melhor solução para o país, porque segundo o mesmo, “se continuarmos a seguir um modelo como Barlavento, Sotavento, ou regiões Norte e Sul, iremos continuar com o mesmo problema do centralismo”. Abu-Raya explica que a melhor opção é defender a regionalização como ilha-região e não por grupos.
Segundo Abu-Raya, é preciso levar em conta as potencialidades socioeconómicos de cada ilha uma vez que cada ilha, segundo o mesmo, tem capacidade de desenvolver as próprias potencialidades, “portanto, nós achamos que neste projecto, se Santo Antão certificar os seus produtos e desenvolver a sua agricultura e o turismo, esta ilha conseguirá viver com as suas potencialidades. Destacando também as particularidades de São Vicente como turismo, pequenas indústrias e desenvolvimento da pesca, São Vicente não teria necessidade de viver da ajuda externa, quanto mais Santiago, Boavista, ou as outras ilhas uma vez que todas têm condições, destaca.
Para que o processo da regionalização tenha sucesso, o Governo deve ter em conta aspectos como a melhoria no transporte Inter-ilhas e incentivar o sector privado e os emigrantes para que estes se envolvam cada vez mais no desenvolvimento do país, remata Abu-Raya, que diz ainda que os políticos parecem insensíveis aos problemas que Cabo Verde enfrenta neste momento.
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