Filinto Silva |
Crioulo de Cabo Verde...
É a pequena-burguesia, outrora de rompantes revolucionários, agora quase sempre reacionária, que procura e acha argumentos para adiar a oficialização da língua cabo-verdiana, não realizando de fato e de jure o Bilinguismo em Cabo Verde. Podem vir trabalhos científicos, as gramáticas estruturais, os dicionários e os thesauri, os alfabetos (com ou sem K), que a reação será sempre dilatória e falaciosa, ora por cautelas sobre a inserção internacional do País, ora por reservas sobre o bairrismo latente e o elitismo macrocéfalo. Tudo isso não pode ser algo inocente e isolado. Não se poderá celebrar os 40 anos da Independência Nacional com esta indignidade de não oficializarmos o Crioulo de Cabo Verde, para que coabite, em paridade e equidade, com a Língua Portuguesa, também nossa (e em nós). Sendo razão da nossa identidade (nossa matriz cultural, diga-se), deverá ser questão da nossa soberania. Ai, esta pequena-burguesia, de engano e engodo, a nos sequestrar a vontade coletiva e a deplorar que se lhe lembre esta pendência. Até quando? (FaceBook)
Caro senhor para a tal Oficialização, que duvido da sua vantagem e oportunidade, é necessário a clarificação das ideias objectivos/propósitos. Este assunto não pode ser tratado de animo leve, tal uma febre ou uma moda. Falando da Independência Nacional se ela tivesse sido melhor preparada estudada e faseada no tempo não teríamos os problemas que existem hoje. Como escrevi a Oficialização pode ser uma arma atómica uma vez desencadeada não voltamos atraz, o facto estará consumado para a felicidade dos fundamentalistas que querem Centralizar o Crioulo. Eu sei que para alguamas pessoas quanto maior for a pressa, menos se pensa no problema e um grupinho leva a água ao seu moínho: temos que conhecer todos os prós e os contras desta aventura. Portanto muito devagar, pois não há pressa, o mundo não acaba amanhã.
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