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domingo, 31 de janeiro de 2016

[8862] - JMN À PRESIDENCIA! SIM OU NÃO?!

Em Lisboa para ações de pré-campanha junto da comunidade cabo-verdiana residente em Portugal, tendo em vista as eleições legislativas de 20 de março próximo, Janira Hopffer Almada desdramatizou a "mudança de opinião" de José Maria Neves, que garantiu várias vezes publicamente que não seria candidato às presidenciais deste ano, ainda sem data marcada.

"José Maria Neves, sendo o património que é para a Nação e para a maioria, sempre se mostrou disponível para o povo cabo-verdiano. Conhecendo José Maria Neves como acho que conheço, acredito que nunca deixaria de responder a um apelo da Nação. Acho que há muitos cabo-verdianos, diria muitos mesmo, que anseiam que José Maria Neves seja Presidente da República de Cabo Verde", afirmou.

A candidata a primeiro-ministro pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder desde 2001) comentava à Lusa a possibilidade admitida quinta-feira pelo próprio chefe de Governo de se candidatar contra o atual Presidente Jorge Carlos Fonseca nas próximas presidenciais.

Quinta-feira, aliás, e confrontado pela Lusa sobre a manchete desse dia nesse sentido do semanário A Nação, José Maria Neves admitiu como "provável" a candidatura às presidenciais cabo-verdianas, mas referiu estar ainda a "ponderar".

"Sendo uma ponderação, não estou a dizer que sou candidato. Mas, tendo em conta o calendário político, havendo pessoas à espera de uma decisão minha, terei nos próximos dias que decidir, de uma vez por todas e de forma mais clara, sobre o assunto", disse.

As presidenciais ainda não estão marcadas mas deverão acontecer em setembro ou outubro e se avançar, José Maria Neves, deverá enfrentar o atual Presidente Jorge Carlos Fonseca, apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD, oposição).

José Maria Neves deixará de chefiar o Governo após as legislativas de março, tendo então cumprido três mandatos consecutivos de cinco anos como primeiro-ministro, sempre com maioria absoluta no Parlamento.

 À Lusa, Janira Hopffer Almada defendeu que José Maria Neves é "um dos maiores patrimónios" de Cabo Verde, um político com uma "capacidade extraordinária", reconhecido "nacional e internacionalmente" e que "protagonizou a grande transformação" pela qual o país viveu nos últimos anos.

"Acho que a candidatura de José Maria Neves, a qualquer título, é sempre um ganho para Cabo Verde. É um cidadão com uma capacidade extraordinária, tem uma visão muito ambiciosa para Cabo Verde, mas tem sobretudo demonstrado que está sempre disponível para fazer todos os sacrifícios em prol dos cabo-verdianos e de Cabo Verde", sublinhou.

"Não posso deixar de recordar que a minha geração também foi uma aposta de José Maria Neves. Acreditou e apostou em nós. Fui para o Governo de José Maria Neves com 29 anos, quando quase ninguém apoiava a ideia de ter uma jovem de 29 anos como ministra da Presidência do Conselho de Ministros. Isso demonstra também que ele tem visão e também acredita na juventude", acrescentou.

Durante a estada em Lisboa - regressa na noite de domingo à cidade da Praia - Janira Hopffer Almada vai desdobrar-se em ações de pré-campanha junto das comunidades de cabo-verdianos residentes em Lisboa e arredores, como hoje na Cova da Moura, sábado no Monte da Caparica, Cruz de Pau e Setúbal e, domingo, no Bairro de Outurela e Ameixoeira.

Sábado ao fim da tarde, participou numa "tertúlia" promovida pela Associação Cabo-Verdiana de Lisboa (ACV).

JSD // EL (Texto adaptado)

Lusa/Fim

4 comentários:

  1. Sou de opinião de que o José Maria Neves é um político capaz, mas censuro-o por não ter feito a profunda reforma institucional de que o país precisa. Tenho dúvidas de que o lugar de presidente de república seja o que melhor se ajuste ao seu perfil.

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  2. Concordo que ele possa ser capaz, e muita coisa fez mas sacrificando outras de valor que estavam de pé merecendo esteios para continuarem a sua vida material. Por estas e poor outras é que o seu partido não vai ter muitos votos dos que foram seus adeptos incondicionais.
    Afinal, é assim a vida de uma Partido, subindo e descendo conformo o trabalho de que o dirige.

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  3. Um furriel razoàvel não pode ser automaticamente um sargento e o Zé Maria deixa o lugar de PM sem ter feito um trabalho de excelência. Ocupou o posto dando conta de certos expedientes, nomeadamente na ilha capital, e demonstrou que estava longe de ocupar um lugar para servir todos. Penso que depois de 15 anos atabalhoados deve ser sensato e recolher para permitir que tudo se regenere.

    Eduardo Oliveira

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  4. Um Primeiro, chamado para ocupar um lugar, seja qual for, de transcendente, tem de ser excelente, de ser o primeiro entre os primeiros pelo seu valor intrinseco e, para isso, tem de trabalhar para ultrapassar seus colegas. Ai terà o direito de ser tratado de Sua Excelência.

    Oliveira Santos

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