Em declarações à Inforpress o presidente da câmara municipal de São Vicente disse estar esperançado numa nova forma de colaboração entre a autarquia e o governo central.
Acreditando que o programa de governação do MpD “é [um programa] de apoio às câmaras”, Augusto Neves disse acreditar que uma relação mais próxima entre autarquia e governo irá melhorar a qualidade de vida dos habitantes da ilha uma vez que vai entregar à edilidade “aquilo que está na lei” como é o caso de taxas e impostos. Augusto Neves recordou ainda que “há muito tempo” que a câmara que dirige não recebe as taxas ecológica, aeroportuária e de turismo.
“São impostos que nos irão ajudar bastante na resolução de diversos problemas da população, será uma relação diferente, daí a nossa grande alegria porque a ilha há muito esperava por este momento”, precisou.
Além disso, nomeou, há ainda o “grande compromisso” da regionalização pelo que câmara e governo irão trabalhar nesse sentido para que São Vicente “siga prosperando” com “desenvolvimento” e “grande progresso”.
Questionado sobre as prioridades que aconselharia ao novo governo em direcção a São Vicente, Neves nomeou “investimentos estruturantes” para dinamizar a economia local e uma “concentração” no problema do desemprego, convencido de que Ulisses Correia e Silva vai dar uma “atenção especial” a São Vicente, ilha, acrescentou, “muito abandonada” pelo governo central na última década.
“Nós necessitamos, neste momento, de uma atenção especial para podermos retomar a economia, aliás o resultado das eleições expressa uma total confiança na gestão de Ulisses Correia e Silva e do MpD”, reforçou.
No entanto, em relação a obras, considerou que a “prioridade das prioridades” nesta nova legislatura “vai directamente para o Porto Grande”, que, sustentou, precisa de uma reestruturação, novos equipamentos e nova visão, com uma direcção simples mas que trabalhe.
“Há que pôr termo a essa história dos ‘clusters’ que é só fachada”, sintetizou.
“Mas atenção”, explicou, “qualquer investimento estruturante” em São Vicente deve ser pensado com o envolvimento das ilhas de Santo Antão e São Nicolau, ou seja, pensar a zona norte de forma integrada.
Perguntado se vai abandonar o discurso de “abandono da ilha” pelo governo central, agora que a chefia do poder passa para as mãos de um governo da sua cor política, Augusto Neves explicou que não necessitará de falar mais deste tema, pois está convencido de que “Ulisses vai cumprir”.
“Na qualidade de presidente de câmara ele passou pelas mesmas dificuldades e lutou pelos mesmos problemas”, acrescentou, e será portador de visão “totalmente diferente” já que passará a olhar para as autarquias como “parceiras do desenvolvimento” do país e não como adversárias.
“Seguirei sempre lutando e exigindo por São Vicente porque essa é a minha missão”, prometeu, ao mesmo tempo que se congratulou com a “grande vitória” que é a promessa do ensino gratuito até ao 12º ano, “um alívio” para a sua câmara que só em propinas vinha desembolsando cerca de dois mil contos/ano.
“Há muito trabalho pela frente, vamos dar tempo a Ulisses Correia e Silva para pensar e executar, para depois as famílias colherem os resultados que esperamos sejam bons”, concluiu Augusto Neves, que revelou disponibilidade para, junto com o MpD, candidatar-se a mais um mandato e “seguir a luta” rumo a uma vida melhor para os sanvicentinos.
(in Expresso das Ilhas)
Hum!... Bem!... Esperemos que sim...
ResponderEliminarBraça à espera,
Djack
No lugar do Edil de S.Vicente, de côr política do futuro PM, pensava a mesma coisa. Aliàs, UCS disse antes e depois de ganhar as legislativas que S.Vicente precisa ser visto com outros olhos.
ResponderEliminarNo entanto, espero que o Senhor Presidente do Município seja mais diligente e com métodos diferentes. Há que procurar uma certa autonomia na forma de agir sem a necessidade de ir "tmà bençom'" antes de praticar actos que não necessitam da ajuda directa das autoridades. Penso que os Serviços Camarários podem (e devem) cumprir com as suas promessas. Sei de alguém que foi recebido por um Vereador que o enviou a um serviço especifico. Já lá vão 7 anos que espera uma resposta de como fazer para entregar um dádiva a crianças necessitadas.
Nem tanto ao mar nem tanto à serra. A proceder assim nem é preciso mudar de Governo porque nada se faz.