Abraão Vicente (Foto de Omar Camilo) |
Se é verdade que nos últimos 15 anos fomos alvos de Politicas concertadas de lesa-Ilha - e falo em particular de São Vicente – que deliberadamente esvaziaram a nossa Ilha da sua capacidade endógena, da sua indústria, da sua marinha mercante, dos seus institutos Universitários, do seu Porto grande, e votaram a um desemprego massivo a nossa juventude, porém, a, pior marca que os últimos anos de governação deixam nesta Ilha do Monte Cara, não é o buracão nos bolsos dos seus filhos, mas sim, as feridas na alma , por marginalização política e afronta à sua identidade cultural. Se eu pudesse ensinar a missa ao Vigário, isto é, ao novo Adail da cultura, eu, recomendaria fuga total a toda tentação de recondução dessas políticas de lesa-alma que intentam DEFENIR a cultura em vez de geri-la, de PROTAGONIZÁ-LA em vez de dar espaço aos fazedores, de CRIAR SANTUÁRIOS em vez de beatificar os Santos da Casa. Atrevidamente postulo que: O MINISTRO DA CULTURA É UM PROVEDOR PUBLICO DE UM AMBIENTE INSTITUICONAL, SOCIO- POLITICO, CATALIZADOR DA EXPRESSAO CULTURAL DIVERSIFICADA, DA ALMA PLURAL, DAS VARIAS IDIOSINCRASIAS E MATIZES FOLCÓRICAS E/OU UNIVERSAIS QUE ATRAVESSAM TODOS OS ESTRATOS DE UMA SOCIEDADE. Se for um Pintor, um escritor, um musico, um ator, em suma um artista, ele o é, acessoriamente. As valências artísticas de um Ministro da cultura só são chamadas para o desempenho do cargo se servirem para dar-lhe maior largura de banda espiritual, e, uma visão/ sensibilidade cultural mais abrangente e inclusiva. Mas ao invés, o que temos visto até aqui, na pasta da cultura, são ministros que põe o Ministério ao serviço das suas “fantasias” culturais e intelectuais,e que em vez de prover um espaço plural de manifestação cultural condicionam a sua gestão a uma visão sectária, pouco prismática e muitas vezes censora de expressões culturais com as quais nao se identificam, transformando-se assim emPRODUTORES e DEFINIDORES Culturais e não DEFENSORES da cultura. E neste comenos, embora o novo Ministro, chega dizendo que nao vem para fraccionar, e achamos bem que venha para congregar, somos porem a achar que RUPTURA DRASTICAS são precisas, sim senhor, sobretudo dos PARADIGMAS e das relações comestíveis.
Emmanuel Ribeiro (Foto Daivarela.blogspot.com) |
Tal como comentei noutro espaço, teria sido uma atitude de inteligência política nomear para esta pasta alguém do Barlavento. Não tenho grande fé que este ministro venha a seguir uma linha diferente daquela a que estamos habituados e que se traduz no seguinte entendimento: a cultura cabo-verdiana é santiaguense e o resto é paisagem.
ResponderEliminarEsperança de transformação tenho mas... muito vagamente. Todavia não vou comentar contra quem nem sequer começou as funções, esperando que tenha um programa jà estabelecido.
ResponderEliminarSe houvesse necessidade assinaria por baixo da mensagem, mas lamento que vozes como esta não apareceram quando andamos a gritar e a espernear e muitos (sor)riam.
Tenhamos fé.