No próximo ano de 2017 deve-se comemorar o centenário da abertura do Liceu em São Vicente. Estranho que ainda não tenha surgido da parte do Municipio, do Governo ou das Associações, um projecto para comemorar esta data, que merecia reunir em São Vicente toda a geração viva de alunos que passaram pelo Liceu Infante D Henrique e Liceu Gil Eanes. Em 2007 publiquei um artigo sobre o centenário de Baltasar Lopes, de que se serviu o Manuel Veiga, ao tempo Ministro da Cultura, para homenagear todos os Claridosos. Penso que Baltasar Lopes incomoda os partidos e também os inimigos de São Vicente. Infelizmente o Homem continua de pé e com a dignidade viva que todos conhecemos. Merece uma grande estátua na praceta do Liceu Gil Eanes. A homenagem do "Expresso das Ilhas" ao Chiquinho, de Baltasar Lopes e, futuramente à revista Claridade, merece todo o nosso respeito e admiração... Somente, falta ao Expresso das Ilhas lançar uma convocatória para o centenário da criação do primeiro estabelecimento liceal de São Vicente, que marcou a todos os níveis a historia cultural e politica de Cabo Verde. - Luiz Silva
No próximo ano de 2017 deve-se comemorar o centenário da abertura do Liceu em São Vicente, aquilo que foi durante quase um século a verdadeira Universidade de Cabo verde, por onde todos os 'Mohicanos', ou sejam os Homens Velhos em oposição aos Novos, passaram.
ResponderEliminarTemos aqui um teste: em tempos de 'Mudança de Paradigma ' vamos ver se preferem festivais e bailes ao Liceu?
Com a chegada do novo Governo, vou ser optimista e dizer que ainda faltam seis meses para terminar o ano de 2016. Tempo sufciente para colmatar tamanho desleixo paracom o edificio.
ResponderEliminarMas seria melhor não contar exclusivamente com os politicos que fazem muitas promessas mas encontram sempre motivos para o não cumprimento. "Cem anos" não pode ser "sem anos".
É justo o que o Luiz Silva propõe, e por isso esperamos que não caia em saco roto.
ResponderEliminarAntes de mais, Luiz, folgo ver-te insuflado de um novo entusiasmo cívico. Vejo que a visita à nossa querida e saudosa terrinha natal teve esse efeito, além do renovo de alma que sempre colhemos depois de pisarmos o tchom do aeroporto de S. Pedro. Sinto que neste momento gostaria de lá estar, acredita, mas há circunstâncias da minha vida familiar que não me permitem.
ResponderEliminarAcho justo e pertinente o que propões ao Lalela. Baltasar Lopes é um rico e honroso património de que todos nos orgulhamos, e foi por esta razão que me indignei com o artigo do João Lopes Filho no jornal A Nação em que, como quem não quer a coisa, procura beliscar a imagem daquele grande cabo-verdiano, apoucando-a enquanto tenta agigantar a personagem do senhor seu pai, de que o comum dos cabo-verdianos nunca ouviu falar. É claro que a figura do Baltasar Lopes, como bem dizes, incomoda os inimigos da nossa ilha e de tudo o que representa o património histórico-cultural que se lhe associa. Concordo com a inauguração de uma estátua dele na pracinha do Liceu.
Por isso é que a comemoração do centenário do nosso antigo liceu não pode passar em claro. Fazes bem em lançar este apelo, e oxalá a edilidade local assuma o dever de ofício que lhe compete. Sim, ao menos o dever de ofício, já que a sensibilidade cultural e a memória daqueles governantes parecem ter-se delido, levadas pela impetuosa correnteza destes tempos em que os valores do espírito valem menos que os ruidosos e dionisíacos festivais de música e outros do género gustativo.
Braça
Adriano
Se a memória não me atraiçoa, o Liceu Gil Eanes foi o 1º Liceu português a sul dos trópicos. O papel que desempenhou na formação da juventude caboverdeana é merecedor de uma comemoração condigna.
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