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segunda-feira, 6 de junho de 2016

[9287] - O FIM DE OUTRO REGABOFE...

A partir de agora, o teto salarial máximo para gestores públicos caboverdianos fica situado nos 300 mil escudos. O governo pretende racionalizar os gastos e estabelecer uma relação direta entre o salário pago e a produtividade das empresas e dos seus dirigentes. Com esta medida, o Estado vai poupar anualmente 32 milhões de escudos


Ao invés de criar riquezas, Cabo Verde tem vindo a criar ricos nos últimos anos. À sombra do Estado e do partido, uma nova burguesia tem emergido nos últimos anos no setor empresarial público, com salários milionários que não têm em conta a situação do país e da esmagadora maioria do povo caboverdiano. O governo acabou com o regabofe.

O governo de Ulisses Correia e Silva estabeleceu como linha central do seu programa adequar o setor empresarial do Estado à realidade socioeconómica caboverdiana, cortando com as “gorduras” e uniformizando procedimentos. Nesse sentido definiu um teto salarial máximo para os gestores do setor empresarial do Estado, racionalizando os gastos públicos e estabelecendo uma relação direta entre o salário pago e a produtividade das empresas públicas e dos seus dirigentes.

“Após uma profunda análise do governo sobre os salários de gestores públicos caboverdianos, foi decidido que o teto máximo deverá ser à volta dos 300 mil escudos”, disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros. “Com esta medida, o governo poupará, anualmente, cerca de 32 milhões de escudos caboverdianos”, salientou Fernando Elísio Freire.

O porta-voz do Conselho de Ministros sublinhou, ainda, que se trata de uma medida justa e adequada à realidade do país, bem como aos resultados que as empresas públicas têm apresentado nos últimos anos.

Recorde-se que o anterior governo (PAICV) havia definido como teto máximo dos salários dos gestores do setor empresarial do Estado a quantia de 680 mil escudos.

Elísio Freire referiu, ainda, que o governo continuará a pagar os salários em vigor aos gestores que ainda se mantenham em funções, por razão de contratos assinados pelo Estado, mas após a cessação destes o teto salarial máximo não poderá ultrapassar os 300 mil escudos agora definidos.

Redação - Cabo Verde Direto

1 comentário:

  1. Isto de facto, é mesmo sem comentários!! os mais ricos actualmente das ilhas são exactamente: Gestores Públicos! ...Onde já se viu? Caboverduras! Convenhamos! Um autêntico despautério feito em terra pobre e que vive substancialmente da ajuda ao desenvolvimento, generosamente dada por países parceiros, de entre os quais, sobressai a UE.

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