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domingo, 9 de outubro de 2016

[9767] - VAMOS FALAR DE VINHOS...(1)


O amigo Valdemar Pereira fez-nos chegar às mãos uns apontamentos sobre vinhos, respingados da Revista Wines, tendentes a esclarecer algumas ideias que, erradamente, se generalizaram sobre esses preciosos néctares, que a Humanidade consome desde tempos imemoriais.
Hoje e nos próximos dias, vamos aqui reproduzir alguns desses esclarecimentos que, possivelmente, ajudarão os nossos visitantes a conhecerem melhor o elixir de Baco...

 01 - O vinho, quanto mais velho melhor!

Uma das frases feitas preferidas de portugueses e não portugueses. Quase todos estão convencidos da razoabilidade da afirmação! Infelizmente, são poucos os vinhos que sabem envelhecer bem e ainda mais raros os que conseguem envelhecer com saúde. A quase totalidade dos vinhos mundiais, espumantes, brancos, rosés e tintos, é feita para ser consumida num curto prazo de tempo. A maioria dos rosados tem um período de vida útil de um ano, os brancos de dois anos, enquanto que nos tintos esse prazo se alarga para um máximo de quatro ou cinco anos. Por outro lado, sabendo que as condições de guarda dos vinhos são raramente razoáveis, não espere demasiado tempo para abrir as suas garrafas. Os poucos vinhos pensados para durar anos, décadas, são vinhos excepcionais... e geralmente muito caros. Mas, claro, nada se compara ao prazer de poder desfrutar de um vinho velho em plena saúde. Se tiver disponibilidade de capital e de espaço de guarda, atreva-se neste desiderato. 

(Continua)

3 comentários:

  1. Uma "carta de vinhos" apetecível e bem explicada. Informa com fundamentação a quem é apreciador de bom vinho e desfaz certos mitos. Aguarda-se a continuação...
    Abraços tintos e brancos.

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  2. Contrapondo à canção do Tordo "Que se passa, / aqui andou mãozinha de reaça..." eu escrevo "Que maroteira, /aqui andou mãozinha do Pereira", o único habitante de Tours que sabe distinguir um Borba de um Reguengos, de um Vidigueira, de um Redondo, de um Portalegre ou de um Cartuxa. Aliás, foi ele o inventor do já célebre ditado "Quando um Borba escorrega pela garganta, todo o cabo-verdiano canta". É por isso que em dia de Borba, a vizinhança dele em Tours tem de chamar os gendarmes para acabar com a barulheira. É que nessas alturas, seja verão ou inverno, vai para a varanda e não só canta mornas como cante alentejano e fado, jusq'à cinq heures du matin, Ufaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, on ne peut pas dormir! Abàs la gorge de Valdêmarrrrrr!!!

    Braça com hic! Borba!! Hiccccc!!!!!
    Djack

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  3. Eu há já muitos anos que passei a preferir quase exclusivamente o vinho do Alentejo.

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