Páginas

terça-feira, 29 de novembro de 2016

[9955] - OBSCURANTISMO TOTAL...

41 ANOS DE OBSCURANTISMO HISTÓRICO, LINGUÍSTICO E CULTURAL
“Cabo verde é verde no nosso Coração”
“Adeus mãmai/panhá caminhe pa San Vicente, oi, oi/ki Saninclau ka tem lugar pa menina nova”
---
Deixa-te guiar
Nos teus caminhos
Pelas forças dos teus destinos
Pelas forças das naturezas
Que são tua natureza também
Raphael d’Andrade

...oooOooo...
---
Querem pessoa nova em Cauberde, aberta ao mundo, segura de si, sólida no conhecimento de quem é, como é, porque é?
Não é trilhando o caminho que tem vindo a trilhar, no âmbito da Educação, do Ensino Superior, Ciência e da Investigação Científica, da Cultura e História, que Cauberde conseguirá encontrar pessoa nova para o poder ser. Trilha-se um caminho que leva a nada; não se sai do mesmo sítio, na ilusão de que se caminha: não há direção! O abismo, apenas!
Educação, Cultura e História baseados numa mentira, em falsas informações, em falsos factos e omissão da verdade, nunca será sustento, fundamento nem matéria-prima que irá formar gente sólida e confiante; gente amputada de poder olhar além de si próprio, agravado ao facto de não se perceber, não saber quem é, ao limite de não poder garantir mesmo a continuidade de um Estado, impossível encontrar-se como Nação.
O Cauberdiano está em fuga! Em fuga da Terra! Em fuga de si! Cansado de não perceber-se, percebendo que tem gente, ou teve gente, que governou o país e que não presta; não foi e não é gente séria e honesta.
Abandona a Terra, abandona as notícias, abandona a sua História, procuram aderir a outra cultura; preservam a língua apenas que é materna, do berço, mas sem saberem a razão por que a falam! É triste, mas é parte da realidade pura e dura que fui e vou conhecendo ao longo da minha existência terrena, cuja realidade me fui incluindo. Mas depois, não consegue a integração completa. Muitos cauberdianos falham na língua estranha, do país acolhedor. Ficam numa zona sem definição: perdida!
Não pertencem ao novo! Não têm o antigo! Fogem de si!
Quem são? Como são? Porque são? Apenas a língua poderia revelar algo mais; mas nem, neste caso, a língua serve! Ninguém lhes diz quem é, como é, porque é a Língua Crioula.
O Estado de Cabo Verde, interpretado e executado pelo PAICV (Partido Africano para a Independência de Cabo Verde) apenas agravou dramaticamente a situação. Deturpou, confundiu e obscureceu o povo e as sociedades Cauberdianas com a sua política na Educação, na História, Língua e Cultura. Deixou as referidas áreas num autêntico pântano, muito difícil de sair! E moroso de sair. As mentes estão intoxicadas, viciadas por tanta falsa informação e falso facto!
Imperou em Cabo Verde, pelo menos até à data, a falta de idoneidade e a falta de credibilidade científicas.
Em Cauberde, o cauberdiano anda amorfo, desencantado, sem interesse pela própria Terra e por si próprio. Tornou-se acrítico, aceita tudo sem discutir criticamente, sem interrogar. Deixa-se levar pela 1ª cantilena. Além-mar, o Cauberdiano está desligado da realidade cauberdiana no país e no mundo, pouco querendo saber da Terra, de sua História, do estudo da sua Língua, das suas origens.
O que existe na Educação, História e Cultura em Cabo Verde é deformação do espírito da criança e do jovem. Cabo Verde está a criar pessoas impreparadas, ignorantes de si, sem “animus” para o trabalho científico sério e honesto, vazias de conhecimento útil à formação de um são cidadão cauberdiano para servir com honestidade, segurança, certeza, honra e orgulho o seu país.
Em Cabo Verde não há Verdade! Em Cauberde haverá!
Não há verdade social e política! Não há verdade cultural, histórica e científica. Em Cauberde haverá!
A situação é gravíssima e perigosíssima. O Governo, Senhor Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República e a Assembleia Nacional de Cabo Verde devem com a maior brevidade possível agir! Está em perigo a saúde do Estado de Direito Democrático! Está em risco a formação e posterior formulação do espírito de uma digna Nação!
Temos que ter a consciência exata do estado em que nos encontramos e de nos criticarmos, com honestidade e objetividade. Temos que ter a consciência que nada estudou-se, trabalhou-se sobre a Educação, a Língua e a História Cauberdianas.
Temos que ter a consciência do atraso enorme em que nos encontramos no conhecimento, no acesso ao conhecimento e informação científicas, na ciência, no estudo da nossa Língua, da Cultura e da História. Atraso esse que devemos ter a hombridade e a coragem de apontar a inteira responsabilidade desse autêntico desastre civilizacional ao PAICV e, em especial, a má-fé de “certos e determinados” dirigentes e apoiantes das políticas prosseguidas, tais como, e principalmente, o Senhor Professor Doutor Manuel Veiga, ex-ministro da Educação e Cultura e atual professor da Universidade de Cabo Verde, exigindo, deste modo, todas as responsabilidades políticas, administrativas, civis e criminais.
Temos o direito e o incomensurável dever de repor a nossa respeitabilidade, credibilidade e idoneidade como POVO! É urgente!
Cabo Verde continuando com esta atitude arrogante que se arroga em factos falsos e informações falsas sobre si próprio, achando que é o centro do universo da língua crioula e seu fundador e criador, olhando sistematicamente para o seu umbigo, correndo o sério risco de assumir um código escrito - que mais lembra um código de seita religiosa ou de seita criminosa, por falta de rigor científico -, será sempre visto com descrédito, interna e internacionalmente, falta de credibilidade, idoneidade e honestidade científicas; e será motivo de gozo, chacota e risada!
Em vez dessa arrogância ignorante sem limites, Cabo Verde devia ser a cabeça, a cara, o diretor, o primeiro da fila a orientar e a comandar a investigação dos crioulos existentes e falados no mundo, porque a Eles – aos crioulos existentes e falados na Ásia e às pessoas asiáticas - Cabo Verde deve hoje a sua existência como país.
Um cancro que se instalou na sociedade e sociedades de Cabo Verde e k tem k ser removido, eliminado, queimado até sua raiz e todas as possíveis ramificações.
O primeiro passo a executar, antes de tudo o mais, para o início da remoção cancerígena, será a Ação Penal, movida pelo Ministério Público de Cabo Verde, para apreciar a conduta criminosa do Senhor Professor Doutor Manuel Veiga, ex-ministro Educação e Cultura de Cabo Verde.
Todo o cauberdiano tem o direito e o dever de exigir judicialmente ser ressarcido por danos morais e materiais - que não foram nada poucos, enormes, muitos – sofridos ao longo de 41 anos de obscurantismo Histórico, Linguístico e Cultural, protagonizado pelo Senhor Professor Doutor Manuel Veiga, ex-ministro Educação e Cultura de Cabo Verde.
Envidarei todos os meus esforços humanos e todas as minhas forças supra-humanas, para colaborar com as autoridades de Cabo Verde e contribuir para que a Terra minha, dos meus egrégios antepassados, não seja desonrada, entregue a mãos alheias e criminosas.

José Gabriel Mariano,
Lisboa, 28/11/016

6 comentários:

  1. Faltam 45, para os 10.000.

    Braça contábil,
    Djack

    ResponderEliminar
  2. Tanto quanto me recordo, no meu tempo, a coladeira dizia :"...Que Saniclau câ ten cumerce pâ mnina nova!..."
    Peço desculpa mas essa coisa do "cauberde" não me convence...
    Braça
    Zito

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nem a mim e não peço desculpa - o que não invalida que até se possa escrever "Kah Bu Vêr De" ou "Qáboover De" ou o que a a cada um apetecer - Mas para mim só servem Cabo Verde, Cabverd ou Cabverde. Nenhuma outra versão me satisfaz.

      Braça como cada um desejar,
      Djack

      Eliminar
    2. Também detesto essa grafia Cauberd. Não sei quem inventou isso.

      Eliminar
  3. Acho que os guineenses é que dizem Cauberde. Mudar o nome de Cabo Verde não me parece boa ideia. O resto do texto é um grande exercício de denúncia. José Mariano está a seguir a pegadas do pai.

    ResponderEliminar
  4. O José Gabriel Mariano parece ter tido agora um assomo de consciência cívica relativamente ao estado em que se encontra a nossa terra. Não o conheço nem antes tinha lido qualquer opinião ou pronunciamento dele sobre os assuntos de Cabo Verde. Portanto, dou-lhe as boas vindas ao terreno da luta. Pelo que vejo, ele utiliza o Crioulo, ou aquilo que alguns querem fazer dele, para denunciar o estado a que chegou a nossa terra, nas mãos de gente manifestamente impreparada e preconceituosa para governar o país.

    ResponderEliminar