mas não sabia nadar... Foi por isso que perguntou ao sapo, nadador imérito,
se não se importava de o transportar nas costas até à margem de lá...
Só que o sapo nadava bem mas não era tolo e logo declinou o convite pois
conhecia bem as manhas dos escorpiões que ferram tudo à sua volta, sem
contemplações. Porem, o manhoso do escorpião, insistiu e garantiu que não
faria mal ao sapo que, embora a contra-gosto, lá o mandou saltar para o
o seu dorso e, amedrontado, começou a nadar para a outra margem.
A meio do percurso, porém, o escorpião espeta uma valente ferroada no
pobre sapo que, já sob os efeitos terríveis do veneno, balbucia o seu espanto
pois, assim, iriam morrer os dois...era incompreensível! Ao que o escorpião,
já com água pelo ferrão, respondeu: - Que queres? É da minha natureza!
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