Todo o mundo se lembrará do chamado Apito Dourado, da arbitragem do futebol nacional, essa enorme montanha que pariu uma série de ratinhos amestrados...
Por outro lado, e não sendo os problemas de arbitragem caracteristicos, apenas, do futebol português, interessará levantar um pouco o véu da autêntica chafurdice em que está mergulhada a arbitragem ao mais alto nível das instituições internacionais do futebol: a UEFA e a FIFA.
Quem dedique alguma atenção ao fenómeno futebolístico saberá dos maiores ou menores escandalos de arbitragem ocorridos em jogos internacionais, ao nível das provas oficiais incluindo os campeonatos da Europa e do Mundo. Isto porque, o que na realidade interessa, antes de tudo o mais, aos dirigentes, é que cada campeonato, cada prova, cada jogo, seja um sucesso financeiro.
Se também for um sucesso desportivo, tanto melhor mas, se for necessário alterar a verdade desportiva para isso...que remédio!
Quem não ouviu já falar de um penalty não assinalado, de um golo mal anulado, de um penalty que só o árbitro viu, de uma bola que entrou mas só o árbitro não viu? Tudo isto acontece recorrentemente, desde que haja necessidade de colocar uma equipa fora de combate por não ter gabarito suficiente para garantir receitas, seja ela de clube ou nacional, trate-se das taças ou ligas ou de campeonatos. Efectivamente, clubes ou países ditos de pequena dimensão estarão sempre, à partida, condenados a ficarem pelo caminho a menos que mostrem, os clubes, uma superioridade competitiva difícil de anular ou um desses pequenos países seja sede de um determinado campeonato, o que desde logo lhe garantirá uma presença na final, salvo os casos em que a eliminação subterrânea de outra equipa dê muito nas vistas.
Estamos, não restam dúvidas, na presença de procedimentos irregulares institucionalizados em nome da salvaguarda de receitas provenientes das assistências aos jogos e da venda dos direitos televisivos...Verdade desportiva? Isso é bom é para o D.Quixote!
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