Cada vez mais os pais se queixam da rebeldia, da agressividade, da inadaptação dos seus filhos adolescentes...Não raro, é neles, pais, que residem as causas dos chamados problemas de crescimento, eufemismo com que se tenta mascarar situações de falta de autoridade, falta de tacto, falta de paciência e outras falhas dos pais...
A relação pais/filhos funciona de forma não muito diferente da de uma sociedade organizada, ou seja, com base em regras fundamentais que não se adaptam às pessoas - antes, todos temos que nos adaptarmos a elas - por isso é que elas são "fundamentais" e é por isso que são "regras"...
Como nas sociedades evoluídas, tem que haver hierarquias, limites, opções, aplauso e sanções e, sobretudo, respeito, que tem que ser reciprocamente aceite, evitando-se, a todo o transe o recurso ao insulto, à promessa de punição não cumprida, à corrupção da vontade - do género dou-te isto se tu fizeres aquilo - pois isso é meio caminho andado para a criança desatar a negociar as suas obrigações...As regras não são negociáveis, e quanto mais se transige hoje, mais problemas estamos a semear para amanhã...É de pequenino que se torce o pepino, é um dos ditados populares mais sábios: na realidade, o pepino grande já não se consegue torcer - quebra! Quebra, da mesma forma que se rompem os laços de respeito/confiança cimentados no laxismo parental e não no seu interesse permanente no desenvolvimento harmónico, pacífico, responsável e honesto dos seus filhos. Os filhos bem encaminhados serão, depois, gratos a seus pais, cujos netos serão o espelho disso mesmo.
Conselho final: não discuta com os seus filhos - DIALOGUE !
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