Era um jogo de futebol como qualquer outro, não sei se da Liga, se da Taça ou de qualquer outra prova, mas daqueles com duas equipas, quatro árbitros e 150 espectadores, metade dos quais a dormir a sesta.
Estava tudo a correr o pior possível, como é hábito, quando, finalmente, se registou algo digno de registo...
Não se sabe por que razões, plausíveis ou não, o árbitro do jogo (o que usa o apito...) dirigiu-se ao banco de uma das equipas entrando pela respectiva área limitada e dando ordem de expulsão ao treinador de uma das equipas que, por sinal, era (e ainda será, certamente...) brasileiro, não deixando de, no meio da arenga, cuspir uma frase que deixou todos mais encarnados do que o dito cartão: "...nós, aqui, estamos na Europa!"
Infelizmente, esta frase, no contexto em que foi dita, não deixa dúvidas quanto à motivação e, sobretudo, quanto à falta de formação do apitador que se esqueceu que a Europa a que ele se refere já não existe...
Claro que este "chico esperto" para quem o seu bairro, onde ele será a individualidade mais importante é o seu império, esqueceu-se, ou nunca soube, que antes da Europa, muito antes, houve civilizações que moldaram o mundo na Mesopotâmia, no Egipto, na China, no Yucatan, onde se desenvolveram ciências como a matemática, a astronomia, a física, onde se inventou a escrita, que trouxe até nós a história de povos magníficos que construíram coisas magnificas que sobreviveram aos próprios mentores. A Europa, foi um fenómeno de que nos devemos orgulhar, sim senhor, mas não temos que cuspir para a cara de ninguém uma superioridade prenhe de vaidade e, muito menos de um brasileiro, cidadão de um país pertencente ao BIG G, enquanto o seu, senhor árbitro, se arrasta penosamente na cauda dessa Europa que o senhor, decididamente, não conhece!
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