Tinha 79 anos, vivia sozinho e às tardinhas, vinha para a Praça do Saldanha, "dizer adeus" a todos quantos passavam, sempre elegante e sorridente...Era a sua maneira de, todos os dias, se ver livre dessa "senhora maldita", que é como ele chamava à solidão e interagir com quem passasse atravez do seu aceno amigo, como quem roubasse, carente, pedacinhos de atenção, um olhar cúmplice e amigo, um aceno de volta, uma réstia daquele calor humano que ele ali ia, diariamente, buscar...Morreu, dizem que serenamente e, estamos certos, deixa por aí uma saudade talvez estranha em tanta gente que o conhecia mas que ele apenas vislumbrava...O Saldanha jamais será a mesma coisa!
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