No passado sábado, em extensa entrevista a um canal de televisão, para além de demonstrar a mesma demagogia dos seus tempos áureos de dirigente da UGT, o Dr. Torres Couto, quando perguntado se acredita que, em Portugal, se venham a verificar convulsões violentas foi peremptório, quando disse que não só acreditava como tinha a certeza...Já é a segunda voz que ouço fazer estes apelos à violência...Claro que me preocupo com o assunto e quando vejo e ouço algumas das manifestações organizadas pela CGTP não deixo de pensar se aquilo não serão meros ensaios para outro tipo de contestação...Também me pergunto se as pessoas tem, ou não, o direito de se manifestarem, o direito de contestarem e, claro, respondo a mim mesmo que sim mas, quando me pergunto "PARA QUÊ?", aí as respostas já não são tão claras e espontâneas. Põe-se, pois, a questão de saber se há alguma bitola que diga às pessoas a partir de que momento é que será lícito recorrer à violência ou seja, quando e em que circunstâncias é que os meios, todos os meios, justificam os fins, todos os fins...Sabem ou não, os actores dessas tragédias urbanas, que depois da sua sua contestação mais ou menos violenta a única coisa que se alcança é a destruição da propriedade publica e privada, os ferimentos, eventualmente, as mortes...Para além do dedo apontado pela comunidade internacional: somos maus pagadores e, aínda por cima, arruaceiros...É que, insistir em barafustar com maior ou menor veemência sobre os impostos, os cortes nos ordenados, a subida do IVA, os despedimentos e tudo o mais, é como chover no molhado: tudo isso, e o mais que há-de vir já está planeado, ajustado com entidades internacionais, numa espécie de carta de intenções ao mais alto nível que compromete o Governo e os Partidos signatários e não signatários, pobres e ricos, brancos e pretos, comunistas e liberais, socialistas e centristas, todos e cada um de nós...Vir para a rua quebrar montras, virar automóveis, agredir policias e incendiar e saquear lojas, porque se acredita que isso poderá levar os poderes instituídos a mudar de rumo, é ofensivo da inteligencia das pessoas: será, sempre, violência gratuita, orquestrada por ódios políticos de alguns sindicalistas enraivecidos por nunca terem passado da cepa torta. Se duvidam, perguntem aos gregos de Atenas o que é que já ganharam com as manifestações os ataques à policia, as greves-gerais...
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