Professor-Doutor Vítor Bento
Durante praticamente todo o dia ouvimos todo o tipo de pessoas dizendo de sua justiça sobre a crise, as medidas "draconianas" do governo para sair dela e fiquei particularmente triste quando ouvi chamar de mentiroso e ladrão ao PM e não só...Sempre pensei que aquelas centenas de pessoas escolhidas a dedo pelos partidos, deviam ser pessoas de bem, educadas, nobres, democratas, que não necessitariam de se ofender mutuamente para fazerem vingar os seus pontos de vista...Estava enganado e, por vezes, uma parte importante daquele mostruário de vaidades comporta-se como meninos mimados, putos malcriados, gente de baixos instintos, baixo nível e baixíssima educação cívica...Convinha, pois, olhar para o reverso da moeda, nas palavras do Prof.-Dr.Vítor Bento:
"A prioridade de Portugal deve ser agora negociar com a UE o aumento dos fundos para financiar a sociedade portuguesa."
"Estamos a falar de 20 a 30 mil milhões de euros que o BCE ou as autoridades europeias devem disponibilizar para que o Estado consiga pagar as suas dívidas às empresas para que estas paguem à Banca"
"Neste momento estamos fora da união monetária, temos um regime mais limitado de acesso ao crédito do que nos anos 80."
"Por isso é importante que as empresas publicas paguem aos bancos, caso contrário, eles conseguirão resolver a situação mas sem disponibilizar dinheiro à economia."
Neste contexto, entende que as medidas adoptadas por Passos Coelho "são suficientes por agora", acrescentando que eram "inevitáveis e insubstituíveis".
"Não tenho duvidas de que foram mediadas tomadas no limite. Duvido que alguém sinta satisfação em anunciar cortes de salários e de subsídios. Só quem não não tem mais nenhuma alternativa."
"A tarefa é árdua já que não se pode desvalorizar a moeda para aumentar as exportações."
Por isso, o economista defende o corte nos subsídios ao sector privado no sentido de "aumentar a competitividade das empresas reduzindo os custos de produção."
"Uma crise que não poderia ser evitada mas podia ter sido muito mais leve. Já em 2005 havia sinais sobre uma situação que se veio a revelar insustentável. O governo anterior vivia num mundo ilusório e não quis ouvir os sinais."
"Neste momento estamos a viver de um crédito a conta-gotas que a Europa nos concede, numa estrada de um só sentido num caminho muito estreito."
Excertos de entrevista à TVI.

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