Parece estar na moda falar-se na melhoria das nossas exportações como principal panaceia para os males da nossa economia...É evidente que exportar é bom pois acrescenta valor à produção nacional, estimula o mercado do trabalho e o tecido empresarial e torna o país conhecido, também, pelo valor e qualidade dos seus produtos o que é um factor de conquista de respeito e confiança que se poderão reflectir a outros níveis das relações intermacionais...Mas, se tudo isto é indiscutivel, perguntar-se-á se, simultâneamente ou até mais importante, não seria - ou não será - uma política global de substituição das importações por bens de produção nacional? É que, segundo as estatísticas, até há pouco tempo nós importávamos 60% do que consumímos sendo os produtos alimentares uma fatia importante, como os combustíveis, alguns cereais, açúcar, e com a vizinha Espanha a inundar os nossos mercados de peixe, frutas e outros produtos frescos...
Cremos bem que uma aposta e um apoio idêntico ao que se faz por essa Europa ,fora aos nossos pequenos e médios produtores agrícolas, com intervenções nos preços dos combustíveis e outras fontes de energia, nos adubos e nas alfaias agrícolas por forma a garantir margens de lucro capazes de estimular a nossa produção a aumentar volumes e qualidade, consolidando, assim, uma politica de diminuição progressiva das importações e não apenas no domínio agrícola, mas também nas pescas e industria transformadora, geradora de importantes mais valias e capaz de participar nos esforços de aumento das exportações...Ou estaremos nós enganados!?

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