A crise grega já não é a crise grega...Neste momento, como se costuma dizer, estamos todos a ver-nos gregos e os efeitos da nova pedra no sapato da crise - a questão do referendo na Grécia - mais avoluma os riscos do efeito dominó, em que a pandemia económica continuaria a agravar-se a Portugal, à Irlanda, à Espanha, à Itália, à Bélgica e, por aí fora... Dizia-me ontem um amigo que a degradação da economia europeia se assemelha, cada vez mais, ao panorama do pós-guerra de 39-45...Só que, nessa altura, a Europa conseguiu ser ajudada nos seus esforços de recuperação, por um dos aliados que, aliás, havia sido fulcral na derrota das forças do Eixo, os Estados Unidos da América, através do chamado Plano Marshall que, praticamente, inundou a Europa destroçada de bens de consumo, vestuário, ferramentas e utensílios agrícolas, enfim, sobras de uma economia fortíssima e pujante que, rezam as crónicas, foi uma ajuda decisiva.
Mas, isso aconteceu há mais de 60 anos e, entretanto, os paradigmas da economia mundial mudaram radicalmente e de tal forma que, neste momento, um novo Plana Marshall para a Europa viria, talvez, da China!
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