Eu já conhecia a arte da Dona Lourdes por intermédio da sua filha Fátima, que por acaso honrou este blogue com um belo poema, como é lembrado neste post. A arte fala por si e nem sempre as palavras conseguem estar à altura de qualquer crítica que se faça. São vários os ângulos utilizáveis na apreciação deste género artístico - escultura. Só me permito dizer uma coisa: estas mulheres saídas das mãos da Dona Lourdes falam. Falam da vida das carregadoras do cais, das transportadoras das latas de nove horas, das camponesas, das criadas, enfim, falam das mulheres humildes que arranjavam forças onde não as havia para não abdicarem da vida.
Eu não conhecia esta senhora a Dona Lurdes Vieira até ter visto um programa sobre a sua obra e este filme. Isto é arte plástica de grande qualidade artística. Merece reconhecimento mesmo que póstuma da Cultura Cabo-Verdiana que ficaria mais rica com a conservação deste espólio
Muito me sensibiliza a publicação desta foto da minha mãe aqui no Arrozcatum, o que muito agradeço. Comentando a foto: reparem na expressão da minha mãe em perfeita simbiose com a alegria das dançarinas. Cada uma das suas peças são um filho, um bocado dela mesma e sobretudo um pouco da sua razão de viver. Quando teve que deixar de modelar devido à visão diminuída e à dificuldade de trabalhar o barro por causa da artrose nas mãos, foi com imensa pena que teve que se resignar. As suas peças estão espalhadas um pouco pelo mundo fora, divulgando a cultura cabo-verdiana que, apesar de ter saído de Cabo Verde com 17 anos, soube guardar intacta na sua memória, para 43 anos depois reproduzi-la fielmente nestas figuras. Acho que cumpriu dignamente a sua missão de filha de Cabo Verde.
Eu já conhecia a arte da Dona Lourdes por intermédio da sua filha Fátima, que por acaso honrou este blogue com um belo poema, como é lembrado neste post. A arte fala por si e nem sempre as palavras conseguem estar à altura de qualquer crítica que se faça. São vários os ângulos utilizáveis na apreciação deste género artístico - escultura. Só me permito dizer uma coisa: estas mulheres saídas das mãos da Dona Lourdes falam. Falam da vida das carregadoras do cais, das transportadoras das latas de nove horas, das camponesas, das criadas, enfim, falam das mulheres humildes que arranjavam forças onde não as havia para não abdicarem da vida.
ResponderEliminarHá, sem duvida, um autenticidade notável nestas esculturas, autenticos clones artisticos dos originais...
ResponderEliminarEu não conhecia esta senhora a Dona Lurdes Vieira até ter visto um programa sobre a sua obra e este filme. Isto é arte plástica de grande qualidade artística. Merece reconhecimento mesmo que póstuma da Cultura Cabo-Verdiana que ficaria mais rica com a conservação deste espólio
ResponderEliminarMuito me sensibiliza a publicação desta foto da minha mãe aqui no Arrozcatum, o que muito agradeço. Comentando a foto: reparem na expressão da minha mãe em perfeita simbiose com a alegria das dançarinas. Cada uma das suas peças são um filho, um bocado dela mesma e sobretudo um pouco da sua razão de viver. Quando teve que deixar de modelar devido à visão diminuída e à dificuldade de trabalhar o barro por causa da artrose nas mãos, foi com imensa pena que teve que se resignar. As suas peças estão espalhadas um pouco pelo mundo fora, divulgando a cultura cabo-verdiana que, apesar de ter saído de Cabo Verde com 17 anos, soube guardar intacta na sua memória, para 43 anos depois reproduzi-la fielmente nestas figuras. Acho que cumpriu dignamente a sua missão de filha de Cabo Verde.
ResponderEliminarVida expressa em arte!
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